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Lindbergh chama de "bravata" ameaça de intervenção militar dos EUA

Deputado do PT diz que a "bravata" dos EUA não intimidará as instituições brasileiras

Lindbergh Faria responde à ameaça militar dos EUA sobre a liberdade de expressão, criticando a tentativa de interferir no julgamento de Bolsonaro (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

247 - O líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados, Lindbergh Faria (PT-RJ), reagiu, nesta quarta-feira (10/9), à ameaça do governo dos Estados Unidos de usar forças militares para "proteger a liberdade de expressão" no Brasil, em referência ao julgamento de Jair Bolsonaro (PL). Para Faria, essa declaração é apenas uma "bravata" e não tem a capacidade de intimidar o Brasil e suas instituições. As informações são do Metrópoles

Em um vídeo publicado nas redes sociais, o deputado do PT afirmou que a ameaça dos EUA não passava de uma tentativa de intimidar o Brasil. "Essa bravata da família Bolsonaro não intimida o Brasil, não intimida as nossas instituições. Sigamos o julgamento! É sem anistia", declarou Faria, sublinhando que a tentativa de interferência é mais uma articulação da família do ex-presidente.

Ameaça de intervenção militar

Na terça-feira (9/9), após a retomada do julgamento de Bolsonaro e seus aliados, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, comentou sobre a possibilidade de retaliações contra o Brasil. Questionada sobre a intervenção militar, Leavitt declarou que os EUA poderiam recorrer ao poder econômico e também militar para garantir a "liberdade de expressão", defendendo um dos princípios mais importantes da Constituição americana. "Trump acredita firmemente nisso", afirmou Leavitt.

Reação do governo brasileiro

A declaração de Leavitt gerou uma rápida resposta do governo brasileiro. O Itamaraty se manifestou por meio de uma nota oficial, condenando a ameaça de sanções econômicas ou o uso da força contra o Brasil. "O governo brasileiro condena o uso de sanções econômicas ou ameaças de uso da força contra a nossa democracia. O primeiro passo para proteger a liberdade de expressão é justamente defender a democracia e respeitar a vontade popular expressa nas urnas", informou o Ministério das Relações Exteriores.

Defesa da Soberania Nacional

Além de rebater a tentativa de pressão dos EUA, o governo brasileiro reafirmou seu compromisso com a soberania nacional. "É esse o dever dos três Poderes da República, que não se intimidarão por qualquer forma de atentado à nossa soberania", afirmou o Itamaraty. A nota ainda destacou que o Brasil não se submeterá a interferências externas e que a democracia nacional será preservada diante de qualquer tentativa de manipulação.

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