Juiz que mandou prender Hytalo Santos aponta “fortes indícios” de tráfico de pessoas e exploração de menores
O caso segue sob sigilo judicial e novas diligências devem ser realizadas para aprofundar as investigações
247 - O influenciador digital Hytalo Santos, preso na manhã desta sexta-feira (15) em Carapicuíba (SP), é alvo de uma investigação que apura crimes graves contra crianças e adolescentes. A decisão que determinou sua prisão preventiva foi assinada pelo juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa, do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), e aponta “fortes indícios” de tráfico de pessoas, exploração sexual e outros delitos. As informações são do Metrópoles.
De acordo com o documento, as provas reunidas até o momento no inquérito policial, somadas a depoimentos de testemunhas, indicam a materialidade dos seguintes crimes: tráfico de pessoas; exploração sexual; trabalho infantil e trabalho artístico irregular envolvendo menores; além da produção e divulgação de vídeos constrangendo crianças e adolescentes nas redes sociais.
O magistrado destacou que a prisão de Hytalo e de seu marido, Israel Nata Vicente, conhecido como Euro, é “medida imprescindível” para preservar a instrução processual, proteger provas e evitar que testemunhas sejam intimidadas. Segundo a Justiça, há registros de tentativas de coação, o que “revela clara intenção de inviabilizar a apuração da verdade real e comprometer a efetividade do processo judicial”.
A decisão também menciona a operação de busca e apreensão frustrada na última quarta-feira (13/8), quando agentes foram até o condomínio de luxo no bairro Portal do Sol, em João Pessoa (PB), onde o casal vivia. O imóvel estava vazio, com sinais de abandono repentino.
O juiz ressaltou que a “destruição de documentos, ocultação de aparelhos de armazenamento de dados, retirada de documentos do ambiente que seriam visitados por agentes do Judiciário evidenciam a necessidade de medidas extremas para assegurar a integridade das provas e a regularidade do procedimento investigativo”.
Hytalo Santos, que possui grande presença nas redes sociais, é investigado por manter menores em sua residência e, segundo as apurações, submetê-los a práticas de exploração e adultização. O caso segue sob sigilo judicial e novas diligências devem ser realizadas para aprofundar as investigações.