247 - Os influenciadores digitais Hytalo Santos e Israel Nata Vicente chegaram nesta segunda-feira (14) à marca de um mês de prisão. Segundo o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2025/09/14/prisao-de-hytalo-santos-completa-um-mes-e-grupo-de-combate-ao-crime-organizado-assume-investigacao.ghtml">O Globo</a>, a investigação, que até agosto era conduzida pelas promotorias de Bayeux e João Pessoa, passou a ser centralizada pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado da Paraíba (Gaeco-PB).
Os dois foram detidos em 15 de agosto, em Carapicuíba, na Grande São Paulo, sob acusações de tráfico humano e exploração sexual infantil. No fim do mês, ambos foram transferidos para o presídio do Róger, em João Pessoa, considerado a principal unidade de custódia de presos provisórios do estado. A defesa, chefiada pelo advogado Felipe Cassimiro, declarou ao <a href="https://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2025/09/14/caso-de-hytalo-santos-passa-a-ser-investigado-por-grupo-de-combate-ao-crime-organizado-na-paraiba.ghtml">g1 </a>que “os clientes são inocentes” e que aguarda decisão judicial sobre diversos pedidos de soltura.
<h2>Presídio superlotado e rotina sob custódia</h2>
O Complexo Penitenciário do Róger abriga atualmente cerca de 890 presos, número 27% superior à capacidade máxima de 700, conforme dados da Secretaria de Administração Penitenciária da Paraíba. A unidade, que possui oito pavilhões, dispõe de uma cela específica para detentos LGBTQIA+.
Desde a chegada, Hytalo e Israel estavam em período de reconhecimento, restritos a contatos com advogados. A partir deste domingo, eles poderão receber visitas familiares, até então limitadas apenas ao envio de suplementos. A defesa havia solicitado transferência para a Penitenciária de Tremembé, em São Paulo — conhecida por custodiar figuras públicas —, mas o pedido foi negado pela Justiça.
<h2>Acusações e investigações em andamento</h2>
Hytalo Santos já era investigado pelo Ministério Público da Paraíba desde 2024, em processos que envolvem denúncias de tráfico humano, exploração sexual e “adultização” de adolescentes em conteúdo digital. Ele também foi citado em um vídeo do youtuber Felca, que expôs práticas de exploração infantil em redes sociais, repercutindo amplamente e motivando debates legislativos sobre o tema.
Na decisão que determinou a prisão preventiva, a promotora Ana Maria França, da 2ª Promotoria de Bayeux, argumentou:
<blockquote>“O acusado pratica ‘adultização’ de adolescentes, consistente na indução precoce a comportamentos e performances sexualizadas, empregada como estratégia deliberada de engajamento digital e rentabilização econômica. Ainda que sob aparência de lazer, tal conduta traduz utilização indevida da imagem de menores com finalidade lucrativa”.</blockquote>
De acordo com as investigações, o influenciador mantinha jovens em uma “mansão” sob tutela informal, oferecendo apoio financeiro às famílias em troca da participação nos conteúdos. Um policial militar ouvido pelo Ministério Público do Trabalho relatou que “Hytalo fica com todo o dinheiro dos contratos de publicidade fechados pelos adolescentes e demais integrantes da turma”, acrescentando que os jovens não recebiam qualquer remuneração direta.
As autoridades sustentam que, caso estivesse em liberdade, o influenciador poderia destruir provas e deixar o estado ou até o país. O processo segue em segredo de Justiça.

Guilherme Levorato

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Geral

Prisão de Hytalo Santos completa um mês e Gaeco assume caso

247 - Em uma reportagem do programa Profissão Repórter, da TV Globo, exibida na terça-feira (26), vieram à tona novas acusações graves contra o youtuber Hytalo Santos. De acordo com o maquiador Erick Neto, que trabalhou com o influenciador em 2020, Hytalo teria usado remédios para dopar uma adolescente, com o objetivo de fazê-la dormir para que ele e sua equipe pudessem sair sem a presença dela.
A matéria, que deu ampla visibilidade ao caso, detalha que a jovem foi dopada e deixada sozinha em uma casa em São Paulo porque Hytalo não queria que ela participasse de compromissos para os quais não estava autorizada a ir. Segundo o maquiador, a orientação de Hytalo foi explícita: "quando a gente for jantar, coloca uns três Dramin no suco dela, porque aí vai dar um sono nela e, quando ela dormir, a gente sai escondido".
Erick Neto também revelou que a adolescente, que aparecia frequentemente nos vídeos de Hytalo desde criança, era sexualizada nos conteúdos de dança, muitas vezes usando roupas curtas. Segundo o maquiador, a idade da menina era incerta e parecia ser manipulada, com Hytalo alegando que ela gostava de usar as roupas. "Ninguém nunca sabia a idade dela. Uma hora tinha 15, em outra hora tinha 16. A menina claramente com cara de criança [...] Na época, ele já fazia os conteúdos de dança, que a menina já estava sendo sexualizada. A roupa curta. E era um discurso de que ela gostava de usar", afirmou Erick.
A adolescente em questão foi citada pelo youtuber Felca em um vídeo que denunciava a produção de conteúdos com menores de idade nas redes sociais. A defesa de Hytalo Santos, por sua vez, preferiu não se manifestar sobre as acusações, afirmando desconhecer os fatos.
A reportagem do Profissão Repórter também trouxe à tona informações obtidas de que a jovem começou a trabalhar com Hytalo aos 12 anos e foi emancipada aos 16. A emancipação, que concede a um menor entre 16 e 18 anos capacidade civil plena para atos como assinar contratos, teria sido um fator que limitou a atuação do Conselho Tutelar. De acordo com a conselheira Socorro Pires, do Conselho Tutelar de Cajazeiras, a mãe da adolescente nunca se opôs à participação da filha nos vídeos, ao contrário do pai e da família paterna, o que teria dado apoio jurídico ao influenciador.
Atualmente, Hytalo e seu marido, Euro, estão presos e enfrentam processos judiciais por exploração sexual de menores, tráfico humano e trabalho infantil. A maior parte dos vídeos no canal de Hytalo no YouTube, que ele chama de "Turma do Hytalo", envolve adolescentes em cenas de dança com conotação sexual, beijos e conversas sobre relacionamentos e "traições", expondo a vida íntima desses menores para milhões de seguidores.

Laís Gouveia

Maquiador diz que Hytalo Santos dopou menor de idade sem ela saber

247 - O MPT-PB (Ministério Público do Trabalho da Paraíba) solicitou à Justiça o bloqueio de até R$ 20 milhões em bens do influenciador digital Hytalo Santos e do marido dele, Israel Nata Vicente. Ambos estão presos preventivamente e são investigados por exploração sexual infantil, utilização de menores em conteúdos nas redes sociais e tráfico humano. As informações foram publicadas pelo<a href="https://marreta.pcdomanual.com/p/https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2025/08/20/hytalo-santos-marido-mpt-pb.htm"> UOL.</a>
De acordo com o MPT, a medida tem como objetivo garantir futura indenização por dano moral coletivo, além de assegurar reparação e assistência às vítimas. O pedido, feito na noite da última segunda-feira (18) e divulgado nesta quarta-feira (20), abrange cinco veículos de luxo, empresas em nome do casal e outros bens avaliados em cerca de R$ 20 milhões.
O órgão afirmou que existem indícios de ocultação de patrimônio, com “movimentação financeira atípica e manobras de ‘blindagem’, ocultação e dissipação patrimonial” por parte dos investigados.
<h3>Audiência de custódia</h3>
Um vídeo obtido pelo UOL mostra a primeira manifestação do casal após a prisão. Na audiência de custódia realizada no sábado (16), em São Paulo, Hytalo declarou que não sofreu violência no momento da detenção, mas demonstrou surpresa com a situação. 
 “É mais pela questão do que o povo está falando na mídia, né? A gente está aqui sem nem entender o porquê de estar aqui”, afirmou o influenciador diante do juiz.
O advogado Ricardo Mamoru Ueno, que representa os dois, pediu a revogação da prisão preventiva, classificando a medida como “extrema” e sem justificativa. Em caráter alternativo, solicitou que o casal permanecesse preso em São Paulo por causa da proximidade com familiares. A defesa também pleiteou a transferência para o presídio de Tremembé (SP), conhecido por abrigar presos de notoriedade pública, mas os pedidos foram negados.
<h3>Transferência para a Paraíba</h3>
Após passarem pelo sistema penal em Carapicuíba, na Grande São Paulo, os dois foram levados para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros, onde aguardam transferência para a Paraíba. A Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo ainda não informou quando o deslocamento será realizado.
<h3>Investigação</h3>
O caso ganhou repercussão nacional após o Ministério Público reunir vídeos publicados nas redes sociais de Hytalo Santos em que adolescentes aparecem em performances sensuais e até em cenas de beijos. A acusação sustenta que tais práticas configuram exploração e exposição irregular de menores de idade.
Até o momento, a defesa do casal não se manifestou sobre o pedido de bloqueio de bens.

MP pede bloqueio de R$ 20 milhões em bens de Hytalo Santos e marido

247 - A Câmara dos Deputados deve votar nesta quarta-feira (20) o projeto que cria regras para combater a adultização de crianças e adolescentes nas redes sociais, impondo às plataformas o “dever de cuidado” — obrigação jurídica de prevenir danos a terceiros e permitir responsabilização por omissão.
Na terça-feira, foi aprovado o regime de urgência em votação simbólica, com protestos da oposição pela falta de registro nominal dos votos
<h2>O que muda para as plataformas</h2>
Segundo reportagem do G1, empresas de tecnologia com produtos voltados a menores — ou acessados por eles — deverão adotar mecanismos para prevenir ou mitigar a exposição a conteúdos de:
<ul>
 <li>exploração e abuso sexual 
 
</li>
 <li>violência física, bullying virtual e assédio 
 
</li>
 <li>incentivo à automutilação e a transtornos de saúde mental 
 
</li>
 <li>jogos de azar, tabaco, álcool e drogas 
 
</li>
 <li>publicidade enganosa 
 
</li>
</ul>
Entre as medidas obrigatórias estão:
<ul>
 <li>avaliações de risco e oferta de ferramentas de controle parental 
 
</li>
 <li>remoção imediata, após notificação, de conteúdos ilegais de abuso sexual infantil, mesmo sem ordem judicial 
 
</li>
 <li>barreiras confiáveis de verificação de idade em sites pornográficos 
 
</li>
 <li>proibição de perfis comportamentais de menores para fins publicitários 
 
</li>
 <li>impedimento da venda de “loot boxes” em jogos eletrônicos direcionados a crianças e adolescentes 
 
</li>
 <li>vinculação de perfis de menores às contas de seus responsáveis legais 
 
</li>
</ul>
<h2>Controle parental como padrão</h2>
As plataformas deverão ativar, por padrão, configurações que:
<ul>
 <li>limitem a comunicação de terceiros com crianças e adolescentes 
 
</li>
 <li>evitem o acesso de usuários não autorizados a dados pessoais do público infantojuvenil 
 
</li>
 <li>limitem tempo de uso e recursos que estendam a permanência nos serviços 
 
</li>
 <li>controlem sistemas de recomendação personalizados 
 
</li>
 <li>restrinjam o compartilhamento de geolocalização 
 
</li>
 <li>promovam educação midiática para uso seguro das mídias digitais 
 
</li>
 <li>controlem ferramentas de inteligência artificial que não sejam estritamente necessárias ao funcionamento do serviço 
 
</li>
</ul>
<h2>Penalidades previstas</h2>
O descumprimento poderá gerar sanções cíveis, criminais e administrativas, como:
<ul>
 <li>advertência com prazo para correção 
 
</li>
 <li>multa de até 10% do faturamento ou até R$ 50 milhões por infração 
 
</li>
 <li>suspensão temporária das atividades 
 
</li>
 <li>proibição definitiva de funcionamento no Brasil 
 
</li>
</ul>
Os valores arrecadados serão destinados ao Fundo Nacional para a Criança e o Adolescente.
<h2>Contexto político e social</h2>
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), classificou a proposta como tema central da semana e convocou uma comissão geral para esta quarta-feira a fim de debater o texto. A mobilização ganhou força após a prisão do influenciador Hytalo Santos, investigado por exploração e exposição de menores em vídeos nas redes sociais, caso revelado pelo influenciador Felca no dia 9.

Brasil

Câmara vota nesta quarta projeto contra adultização de crianças e adolescentes nas redes

Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil
A Justiça de São Paulo negou hoje (19) o pedido feito pelos advogados de defesa do influenciador Hytalo Santos e de seu marido, Israel Natã Vicente, para que eles fossem transferidos do <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2025-08/hytalo-e-marido-sao-transferidos-para-presidio-na-capital-paulista" target="_blank">Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, na capital paulista, onde se encontram detidos</a>, para a Penitenciária de Tremembé, no interior do estado de São Paulo. Além disso, o juiz Helio Narvaez também determinou que ambos sejam transferidos para um estabelecimento prisional na Paraíba.
A defesa de Hytalo e Israel havia entrado com um requerimento na Justiça para que eles fossem levados para a Penitenciária II de Tremembé, conhecida por abrigar condenados famosos como o <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2025-02/defesa-de-robinho-recorre-ao-supremo-e-pede-que-ex-jogador-seja-solto" target="_blank">ex-jogador de futebol Robinho</a> e o <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-09/empresario-thiago-brennand-e-condenado-novamente-por-estupro" target="_blank">empresário Thiago Brennand</a>.
Hytalo e seu marido <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2025-08/influenciador-hytalo-santos-e-preso-em-sao-paulo" target="_blank">estão presos em São Paulo</a> desde a última sexta-feira (15). As prisões foram determinadas pela Justiça da Paraíba após o influenciador Felca <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2025-08/especialistas-alertam-que-criancas-nao-podem-ser-produto-das-redes" target="_blank">denunciar perfis que usam crianças e adolescentes para promover a adultização infantil</a>. Hytalo estava sendo investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por exploração e exposição de menores em conteúdos produzidos para as redes sociais. Ainda há suspeita de abuso sexual e tráfico humano.
Procurada pela Agência Brasil, a Secretaria da Administração Penitenciária informou que, até este momento, ainda não recebeu a notificação para iniciar o processo de transferência dos presos para a Paraíba.
A reportagem também procurou os advogados dos presos, que ainda não se manifestaram sobre a decisão da Justiça.

Leonardo Sobreira

Tá nos Trends

Juiz determina transferência de Hytalo Santos para prisão na Paraíba

247 - O ministro Rogério Schietti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu nesta terça-feira (19) manter a prisão preventiva do influenciador digital paraibano Hytalo Santos e de seu marido, Israel Nata Vicente. O casal é investigado por suspeita de exploração sexual e econômica de menores, além de trabalho infantil irregular. As informações são do <a href="https://g1.globo.com/ultimas-noticias/">g1</a>.&nbsp;
Segundo Schietti, a ordem de prisão expedida pelo Tribunal de Justiça da Paraíba está devidamente fundamentada e baseada em indícios de crimes graves. Entre as acusações, estão a produção e divulgação de conteúdo sexualizado envolvendo adolescentes, o que, de acordo com o ministro, configura um quadro de extrema gravidade.
A defesa havia solicitado a soltura do casal, alegando irregularidades na prisão e sustentando que os depoimentos que serviram de base para a decisão judicial não foram submetidos ao contraditório. Além disso, negou qualquer intenção de fuga por parte dos investigados.
O ministro, no entanto, rejeitou o pedido, afirmando que o STJ só poderia rever prisões ilegais — o que não se aplicaria ao caso. Ele destacou ainda o risco à investigação. “Nesse contexto, que aponta para a exposição reiterada e inadequada de crianças e adolescentes, bem como para a tentativa de destruição de provas relevantes à apuração dos fatos, não é possível constatar a plausibilidade jurídica do pedido de soltura”, escreveu o0 magistrado na decisão, de acordo com a reportagem.
Hytalo Santos e Israel Nata Vicente foram detidos na última sexta-feira (15), em uma residência localizada em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Após a prisão, o casal foi levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, na capital paulista, e deverá ser transferido para a Paraíba, onde o processo segue em sigilo.
Reportagens anteriores revelaram relatos de ex-funcionários que descrevem uma rotina controlada, com festas, jornadas de trabalho intenso e restrições impostas a adolescentes. As acusações contra o casal incluem tráfico de pessoas e exploração sexual infantil, o que amplia a gravidade do processo em andamento.

Paulo Emilio

STJ nega pedido de liberdade e mantém prisão do influenciador Hytalo Santos

Bruno Bocchini, repórter da Agência Brasil - O influenciador Hytalo Santos (foto) e seu marido Israel Natã Vicente foram transferidos nesta segunda-feira (18) para o Centro de Detenção Provisória (CDP) 1 de Pinheiros, na Vila Leopoldina, zona oeste da capital paulista. A informação é da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) do Estado de São Paulo.
Hytalo e o marido estavam presos na Cadeia Pública de Carapicuíba, na Grande São Paulo, desde a última sexta-feira (15), em cumprimento de um mandado de prisão preventiva da Justiça da Paraíba.&nbsp;
Eles são investigados pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por exploração e exposição de crianças e adolescentes em conteúdos produzidos para as redes sociais. Ainda há suspeita de abuso sexual e tráfico humano.
"A conduta de Hytalo Santos envolvendo menores é investigada pelo Ministério Público da Paraíba desde o fim de 2023, começando por Cajazeiras, terra natal do influenciador. A instituição apura a exposição de adolescentes em vídeos com conotação sexual e exploração de mão de obra artística infanto-juvenil, para obter lucro", destacou o Ministério Público da Paraíba, em nota.
O caso ganhou repercussão após denúncias do youtuber Felca sobre adultização de crianças e adolescentes.
Por meio de nota, divulgada na última sexta-feira (15), a defesa de Hytalo Santos e Israel Natã Vicente afirmou que ambos são inocentes.

Guilherme Paladino

Hytalo Santos e marido são transferidos para presídio na capital paulista

247 - A investigação conduzida pelo Ministério Público do Trabalho da Paraíba (MPT-PB) e pela Polícia Civil revelou novos detalhes sobre a rotina na casa de Hytalo Santos, influenciador digital preso na última sexta-feira (15). Segundo informações divulgadas pelo Fantástico e repercutidas pelo portal <a href="https://www.metropoles.com/colunas/fabia-oliveira/pais-dos-protegidos-de-hytalo-santos-recebiam-mesada-saiba-valores">Metrópoles, </a>os pais dos adolescentes que viviam com o criador de conteúdo recebiam entre R$ 2 mil e R$ 3 mil mensais, em espécie de mesada, como forma de compensação para permitir que seus filhos permanecessem sob a guarda dele.
Os jovens eram tratados como “protegidos” de Hytalo, mas de acordo com os procuradores, as condições impostas configuravam um regime de exploração. A apuração aponta que eles foram aliciados em diferentes cidades e levados para João Pessoa, onde eram submetidos a trabalho forçado. Após a prisão do influenciador e de seu marido, Israel Natan Vicente, conhecido como Euro, os adolescentes foram devolvidos às famílias.
Apesar da gravidade do caso, conselheiros tutelares afirmaram ao Fantástico que nunca receberam denúncias formais sobre a situação. A maioria dos familiares das vítimas reside em Cajazeiras, no interior da Paraíba, mesma cidade natal de Hytalo.
As instituições envolvidas na investigação destacam que já há provas consistentes da exploração de menores. Para os procuradores, a estratégia de oferecer uma mesada às famílias foi fundamental para viabilizar a permanência dos adolescentes com o influenciador sem levantar suspeitas imediatas.
Hytalo Santos, que acumulava milhares de seguidores nas redes sociais, é acusado de exploração sexual de adolescentes e tráfico de pessoas. Sua prisão, realizada em São Paulo, ganhou grande repercussão nacional. Ao deixar a delegacia, ele chegou a sorrir e acenar para fãs que o aguardavam do lado de fora.
O caso segue em investigação, e as autoridades reforçam a importância de que situações semelhantes sejam denunciadas aos canais oficiais, incluindo o Conselho Tutelar e o Disque 100, serviço de denúncias de violações de direitos humanos.

Pais que permitiam seus filhos menores na casa de Hytalo Santos recebiam mesada

247 – Ex-funcionários do influenciador digital Hytalo Santos afirmaram ao programa Fantástico, da TV Globo, que era comum ver malas de dinheiro e joias dentro da casa onde ele vivia em Carapicuíba (SP). A denúncia foi revelada no último domingo (18) e ampliou os desdobramentos da prisão de Hytalo e de seu marido, Israel Nata Vicente, ocorrida na sexta-feira (16). As informações foram <a href="https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2025/08/hytalo-santos-recebia-malas-de-dinheiro-e-joias-dizem-ex-funcionarios-a-programa-de-tv.shtml">publicadas pela Folha de S.Paulo</a>.
Segundo a reportagem, dois ex-funcionários relataram, sob anonimato, que presenciaram sacolas e malas cheias de dinheiro no local. Eles também disseram que o ambiente era marcado por sujeira, ausência de privacidade e restrições severas aos menores que viviam sob o controle do influenciador.
<h2>Acusações de exploração e trabalho infantil</h2>
Hytalo Santos é investigado pelo Ministério Público da Paraíba desde dezembro de 2024, acusado de exploração de crianças e adolescentes e de trabalho infantil. O caso ganhou grande repercussão após um vídeo publicado pelo youtuber Felca, no início de agosto, que denunciava a adultização de crianças em conteúdos digitais e citava possíveis casos de exploração sexual.
Na casa do influenciador, segundo o Fantástico, viviam ele, o marido e quatro menores de idade, além de outros integrantes, totalizando 12 pessoas. Os adolescentes não tinham acesso a celulares e, de acordo com os relatos, chegavam a consumir bebidas alcoólicas. Uma adolescente teria engravidado enquanto morava no local. Além disso, escolas da região relataram faltas e atrasos constantes dos jovens.
<h2>Controle rígido e intimidação</h2>
Ex-funcionários disseram ainda que Hytalo mantinha um rígido controle sobre a vida das crianças. Um deles declarou que, se as coisas não acontecessem da forma como o influenciador queria, os jovens eram simplesmente dispensados.
O procurador do trabalho da Paraíba, Flávio Gondim, destacou a gravidade da situação:
<blockquote>&nbsp;“Inquestionável a existência de uma relação de trabalho”, afirmou Gondim, ressaltando que havia, na prática, um reality show dentro da casa, com vídeos monetizados e diversas formas de receita.</blockquote>
As famílias dos jovens recebiam uma espécie de mesada para permitir a participação de seus filhos nos conteúdos gravados com o influenciador.
<h2>Prisão preventiva e destruição de provas</h2>
A Justiça determinou a prisão preventiva de Hytalo Santos e de seu marido, Israel Nata Vicente, destacando que a medida era imprescindível, já que os investigados estariam destruindo provas e intimidando testemunhas para obstruir as investigações.

Redação Brasil 247

Ex-funcionários relatam malas de dinheiro e joias na casa de Hytalo Santos

247 - A Justiça de São Paulo decidiu, neste sábado (16), manter a prisão do influenciador digital Hytalo Santos e de seu marido, Israel Nata Vicente, conhecido como Euro. O casal havia sido detido na sexta-feira (15) em Carapicuíba, na Grande São Paulo, por ordem da 2ª Vara da Comarca de Bayeux, na Paraíba.
De acordo com a <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/sudeste/sp/justica-mantem-prisao-de-hytalo-santos-e-marido-apos-audiencia-de-custodia">CNN Brasil</a>, a audiência de custódia serviu apenas para verificar a ocorrência de eventuais ilegalidades no momento da prisão, o que não foi constatado. Com isso, ambos permanecem presos preventivamente.
<h2>Investigações e acusações</h2>
O caso, que vem sendo conduzido pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), apura suspeitas de crimes graves, como tráfico de pessoas, exploração sexual, trabalho infantil e produção de conteúdos com conotação sexual envolvendo adolescentes.
O juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa, do Tribunal de Justiça da Paraíba, justificou a prisão como “medida imprescindível” para proteger provas, garantir a instrução processual e evitar intimidação de testemunhas. Segundo a decisão, já havia registros de tentativas de coação, além de indícios de destruição e ocultação de documentos durante operações de busca e apreensão.
As investigações tiveram início ainda em 2024, a partir de denúncias de vizinhos de um condomínio de luxo em João Pessoa, onde adolescentes eram vistos em festas com consumo de álcool e comportamento sexualizado. Em outra frente, apura-se um possível esquema de emancipação irregular de menores em troca de presentes e aparelhos eletrônicos.
<h2>Repercussão após vídeo de Felca</h2>
O caso ganhou notoriedade nacional em 6 de agosto, quando o youtuber Felca, que possui mais de 6 milhões de inscritos, publicou um vídeo relatando as acusações contra Hytalo. Desde então, a Justiça determinou o bloqueio das redes sociais do influenciador, a desmonetização de conteúdos e a proibição de contato com os adolescentes mencionados.
O MPT já analisou mais de 50 vídeos e ouviu ao menos 15 depoimentos relacionados à atuação do influenciador.&nbsp;

Justiça mantém prisão de Hytalo Santos e marido

247 - A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) afirmou nesta sexta-feira (15) que a prisão do influenciador Hytalo Santos foi decretada para impedir a destruição e a ocultação de provas. Ele é investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MP-PB) após acusações de exploração de menores.
De acordo com a parlamentar, embora seja um passo importante, “uma prisão preventiva não pode ser o suficiente” para encerrar um caso que, segundo ela, vem sendo denunciado há anos por organizações da sociedade civil e, recentemente, pelo criador de conteúdo Felca.
“Sim, um influenciador que pratica e lucra com a exploração sexual infantil nas redes sociais precisa ser responsabilizado. Mas também deve se responsabilizar quem permitiu, quem estimulou e quem, além do influenciador, também lucrou com isso. No caso, as próprias redes sociais”, publicou Erika na rede social X.
A parlamentar criticou a omissão das plataformas digitais, que, segundo a deputada, teriam ignorado a atuação criminosa enquanto obtinham ganhos financeiros. Erika afirmou que o combate à exploração sexual infantil não pode se limitar a prender indivíduos isolados, sem enfrentar a estrutura que permite a proliferação desses crimes.&nbsp;
“Nos esquecermos do papel das big techs nesses crimes é permitir que novos exploradores surjam e lucrem. Que outras crianças e adolescentes sejam traumatizadas pela exploração sexual. Se não, o que teremos é um cenário no qual a nossa justiça vai estar sempre correndo atrás de tentar limpar as manchas de sangue, mas sem nunca cuidar da ferida que permanece sangrando”, alertou.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">🚨 O influencer Hytalo Santos foi preso preventivamente hoje para impedir a destruição e ocultação de provas. Isso é importante pra garantir a devida investigação e responsabilização. É um caso de exploração sexual infantil. Mas uma prisão preventiva não pode ser o suficiente…&mdash; ERIKA HILTON (@ErikakHilton) <a href="https://twitter.com/ErikakHilton/status/1956388016651464957?ref_src=twsrc%5Etfw">August 15, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Leonardo Lucena

Sudeste

Erika Hilton sobre Hytalo Santos: ´prisão preventiva não pode ser o suficiente´

247 - O influenciador digital Hytalo Santos, preso na manhã desta sexta-feira (15) em Carapicuíba (SP), é alvo de uma investigação que apura crimes graves contra crianças e adolescentes. A decisão que determinou sua prisão preventiva foi assinada pelo juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa, do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), e aponta “fortes indícios” de tráfico de pessoas, exploração sexual e outros delitos. As informações são do <a href="https://www.metropoles.com/colunas/mirelle-pinheiro/juiz-que-mandou-prender-hytalo-fortes-indicios-de-trafico-humano">Metrópoles.</a>
De acordo com o documento, as provas reunidas até o momento no inquérito policial, somadas a depoimentos de testemunhas, indicam a materialidade dos seguintes crimes: tráfico de pessoas; exploração sexual; trabalho infantil e trabalho artístico irregular envolvendo menores; além da produção e divulgação de vídeos constrangendo crianças e adolescentes nas redes sociais.
O magistrado destacou que a prisão de Hytalo e de seu marido, Israel Nata Vicente, conhecido como Euro, é “medida imprescindível” para preservar a instrução processual, proteger provas e evitar que testemunhas sejam intimidadas. Segundo a Justiça, há registros de tentativas de coação, o que “revela clara intenção de inviabilizar a apuração da verdade real e comprometer a efetividade do processo judicial”.
A decisão também menciona a operação de busca e apreensão frustrada na última quarta-feira (13/8), quando agentes foram até o condomínio de luxo no bairro Portal do Sol, em João Pessoa (PB), onde o casal vivia. O imóvel estava vazio, com sinais de abandono repentino.
O juiz ressaltou que a “destruição de documentos, ocultação de aparelhos de armazenamento de dados, retirada de documentos do ambiente que seriam visitados por agentes do Judiciário evidenciam a necessidade de medidas extremas para assegurar a integridade das provas e a regularidade do procedimento investigativo”.
Hytalo Santos, que possui grande presença nas redes sociais, é investigado por manter menores em sua residência e, segundo as apurações, submetê-los a práticas de exploração e adultização. O caso segue sob sigilo judicial e novas diligências devem ser realizadas para aprofundar as investigações.

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