Itaú demite mil funcionários após monitorar home office
Banco alega incompatibilidade de registros, enquanto sindicato denuncia arbitrariedade
247 - Cerca de mil trabalhadores do Itaú Unibanco foram demitidos nesta segunda-feira (8), segundo estimativa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, informou a Folha de S.Paulo. As dispensas atingiram diferentes setores e tiveram como justificativa divergências entre a marcação de ponto e a atividade registrada nas plataformas de trabalho durante o regime de home office.
Em nota enviada à Folha, o banco afirmou que os desligamentos ocorreram após “uma revisão criteriosa de condutas relacionadas ao trabalho remoto e registro de jornada”. O Itaú declarou ainda que, em determinados casos, foram detectados “padrões incompatíveis com nossos princípios de confiança, que são inegociáveis para o banco”. A instituição sustentou que as decisões visam “preservar nossa cultura e a relação de confiança que construímos com clientes, colaboradores e a sociedade”.
Monitoramento de atividades digitais
A apuração do jornal revelou que o Itaú acompanha a produtividade de seus funcionários a partir da atividade nos computadores e softwares internos. São monitorados dados como quantidade de cliques, abas abertas, inclusão de tarefas no sistema e abertura de chamados. Ao cruzar essas informações com a jornada registrada no ponto eletrônico, o banco teria identificado discrepâncias que resultaram em demissões sem justa causa e, em alguns casos, advertências.
O Itaú conta atualmente com cerca de 100 mil funcionários, muitos deles em regime híbrido. Em qualquer modalidade, todos precisam registrar entrada e saída no ponto eletrônico.
Contestação dos trabalhadores
Nas redes sociais, empregados afetados contestaram a narrativa do banco, afirmando que tinham boas avaliações de desempenho e até promoções recentes. O Sindicato dos Bancários repudiou as demissões e classificou a medida como inaceitável.
“É inaceitável que uma instituição que registra lucros bilionários promova demissões em massa sob a justificativa de ‘produtividade’. Os avanços tecnológicos e os ganhos decorrentes da digitalização poderiam ser revertidos em melhores condições de trabalho e em emprego decente. No entanto, enquanto os trabalhadores são sacrificados, os acionistas seguem acumulando ganhos recordes”, declarou a entidade em nota.
O sindicato ainda denunciou a falta de diálogo: “O sindicato seguirá cobrando do Itaú responsabilidade social, diálogo e compromisso com os trabalhadores e vai intensificar os protestos contra as demissões.”Cerca de mil trabalhadores do Itaú Unibanco foram demitidos nesta segunda-feira (8), segundo estimativa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, informou a Folha de S.Paulo. As dispensas atingiram diferentes setores e tiveram como justificativa divergências entre a marcação de ponto e a atividade registrada nas plataformas de trabalho durante o regime de home office.
Em nota enviada à Folha, o banco afirmou que os desligamentos ocorreram após “uma revisão criteriosa de condutas relacionadas ao trabalho remoto e registro de jornada”. O Itaú declarou ainda que, em determinados casos, foram detectados “padrões incompatíveis com nossos princípios de confiança, que são inegociáveis para o banco”. A instituição sustentou que as decisões visam “preservar nossa cultura e a relação de confiança que construímos com clientes, colaboradores e a sociedade”.
Monitoramento de atividades digitais
A apuração do jornal revelou que o Itaú acompanha a produtividade de seus funcionários a partir da atividade nos computadores e softwares internos. São monitorados dados como quantidade de cliques, abas abertas, inclusão de tarefas no sistema e abertura de chamados. Ao cruzar essas informações com a jornada registrada no ponto eletrônico, o banco teria identificado discrepâncias que resultaram em demissões sem justa causa e, em alguns casos, advertências.
O Itaú conta atualmente com cerca de 100 mil funcionários, muitos deles em regime híbrido. Em qualquer modalidade, todos precisam registrar entrada e saída no ponto eletrônico.
Contestação dos trabalhadores
Nas redes sociais, empregados afetados contestaram a narrativa do banco, afirmando que tinham boas avaliações de desempenho e até promoções recentes. O Sindicato dos Bancários repudiou as demissões e classificou a medida como inaceitável.
“É inaceitável que uma instituição que registra lucros bilionários promova demissões em massa sob a justificativa de ‘produtividade’. Os avanços tecnológicos e os ganhos decorrentes da digitalização poderiam ser revertidos em melhores condições de trabalho e em emprego decente. No entanto, enquanto os trabalhadores são sacrificados, os acionistas seguem acumulando ganhos recordes”, declarou a entidade em nota.
O sindicato ainda denunciou a falta de diálogo: “O sindicato seguirá cobrando do Itaú responsabilidade social, diálogo e compromisso com os trabalhadores e vai intensificar os protestos contra as demissões.”