Itaipu dá início à montagem da usina solar flutuante
Primeiros painéis instalados devem gerar energia ainda este ano e projeto pode alcançar potência equivalente à própria hidrelétrica
247 - A Itaipu Binacional iniciou nesta semana a montagem da sua primeira usina solar flutuante experimental no reservatório da hidrelétrica. A informação foi publicada originalmente pelo Broadcast, do Grupo Estado. A expectativa é que os primeiros megawatts-pico sejam gerados ainda em 2025, consolidando o projeto como um marco na diversificação da matriz energética da empresa.
Segundo o Broadcast, a montagem começou com a instalação de 132 painéis fotovoltaicos sobre a lâmina d’água. Ao todo, serão dez conjuntos, somando 1.584 módulos solares. Com capacidade de 1 megawatt-pico (MWp), a planta terá toda a sua produção destinada ao consumo interno da própria hidrelétrica, mas a energia gerada seria suficiente para abastecer cerca de 650 residências.
Parceria binacional e investimento
A implantação está a cargo de um consórcio formado pela brasileira Sunlution e pela paraguaia Luxacril, vencedor de licitação no valor de US$ 854,5 mil. O sistema será conectado à subestação da margem paraguaia, localizada próxima ao ponto de instalação da usina flutuante.
Em nota, a Itaipu destacou que “os equipamentos têm certificações internacionais de qualidade, vida útil estimada de 30 anos e resistência a condições climáticas adversas”.
Potencial de expansão
Rogério Meneghetti, superintendente de Energias Renováveis da Itaipu, ressaltou que o projeto pode abrir caminho para uma revolução energética. “Se o projeto experimental se mostrar viável, a Itaipu passa a ter a possibilidade de gerar até 14 mil megawatts se ocupar 10% do espelho d’água do reservatório com placas fotovoltaicas. O volume gerado seria equivalente à da própria Itaipu”, explicou.
Já o diretor-geral brasileiro da binacional, Enio Verri, destacou o caráter inovador da iniciativa. “Esta experiência reforça o papel de Itaipu como promotora da inovação no setor elétrico e na transição energética”, afirmou.