HOME > Brasil Sustentável

Diretores de Itaipu visitam obras de usina solar flutuante que vai gerar energia limpa no reservatório

Projeto binacional prevê 1 MWp de capacidade instalada e pode servir de modelo para iniciativas semelhantes em outros reservatórios brasileiros

Estrutura está sendo construída na margem paraguaia da empresa e será instalada sobre o espelho d’água do reservatório (Foto: Andrés Zárate/Itaipu Binacional)

247 - Membros da Diretoria Executiva da Itaipu Binacional, dos dois lados da fronteira, acompanharam nesta quinta-feira (4) o avanço das obras da primeira usina solar flutuante no reservatório da hidrelétrica. A iniciativa, que une Brasil e Paraguai, prevê a instalação de dez painéis modulares apoiados em flutuadores interligados, com potência total de 1 MWp (megawatt-pico).

De acordo com informações divulgadas pela própria Itaipu, o projeto segue dentro do cronograma. A expectativa é de que a instalação das placas sobre o espelho d’água tenha início já na próxima semana, dependendo das condições climáticas. Atualmente, as equipes trabalham na montagem dos 1.584 painéis solares bifaciais, que serão fixados em 4.199 flutuadores.

O diretor-geral brasileiro, Enio Verri, destacou que a usina flutuante se soma às ações da entidade no combate às mudanças climáticas. “São benefícios ambientais, sociais e econômicos no contexto da transição energética. A solução que a Itaipu encontrou aqui poderá servir de modelo para a instalação de projetos semelhantes em outros reservatórios brasileiros”, afirmou.

O diretor-geral paraguaio, Justo Zacarías Irún, também ressaltou a relevância do projeto. “Este projeto trará desenvolvimento tecnológico no setor energético, a criação de novos negócios e a otimização dos recursos do reservatório. Estamos satisfeitos com esta iniciativa, que contribuirá para impulsionar a diversificação da matriz energética do nosso país”, disse durante a visita.

Os painéis solares, que serão instalados no lado paraguaio do reservatório, terão capacidade para suprir parcialmente o consumo da própria usina. Trata-se de um projeto piloto que poderá abrir caminho para a expansão desse tipo de tecnologia.

Cada módulo tem potência de 705 watts-pico (Wp), vida útil estimada em 30 anos e certificações internacionais de qualidade, além de resistência a condições ambientais adversas. Paralelamente, seguem em andamento outras frentes de trabalho, incluindo a construção de suportes de alumínio e a instalação de cabos de média tensão que conectarão o sistema flutuante à sala de células.

Carregando anúncios...