HOME > Brasil

Governo do Pará inaugura Canal União com financiamento do BNDES em Belém

Projeto de macrodrenagem beneficia mais de 500 mil pessoas e marca maior programa urbano do BNDES na capital paraense

Helder Barbalho e Aloizio Mercadante (Foto: Rúbio Marra/BNDES)

247 - O governo do Pará inaugurou neste sábado (8) o Canal União, no bairro do Marco, em Belém, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A entrega contou com a presença do governador Helder Barbalho, da vice-governadora Hana Ghassan, do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e da diretora socioambiental do banco, Tereza Campello.

O projeto faz parte de um pacote de obras de infraestrutura urbana financiadas pelo banco, que somam R$ 1,5 bilhão em crédito. O Canal União integra o maior programa de urbanização de favelas e periferias da história do BNDES, contemplando as bacias do Tucunduba e do Murutucu. Ao incluir também as bacias do Tamandaré e Una, os investimentos beneficiarão mais de 500 mil pessoas — cerca de 35% da população de Belém.

Um marco em infraestrutura e saneamento

Belém se tornou o maior canteiro de obras urbanas financiadas pelo BNDES, com ações que incluem sistemas de drenagem, abastecimento de água tratada, esgotamento sanitário, ciclovias, praças, áreas de lazer e outros equipamentos públicos. Ao todo, são 13 canais em processo de macrodrenagem e urbanização, com investimento superior a R$ 847 milhões.

Durante a cerimônia, o governador Helder Barbalho destacou a importância do projeto para a cidade. “De forma conjunta, BNDES, Governo do Pará, Prefeitura, Governo Federal, Casa Civil, todos nós construímos uma estratégia de que as obras seriam para todos que vivem na cidade, para a periferia, que teria investimentos em macrodrenagem, pavimentação de ruas, mobilidade urbana e também em logística receptiva, com aeroporto e hidroviário, e em parques urbanos”, afirmou.

O governador ressaltou ainda os avanços em saneamento. “Dentre todos os investimentos, os mais importantes são os de macrodrenagem, tratamento de esgoto e abastecimento de água. Em dois anos, saímos de 19% de cobertura de tratamento de esgoto para 39% – mais do que dobramos”, disse Barbalho.

"Maior programa da história de Belém", diz Mercadante

Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, as obras representam um marco histórico e social para a capital paraense. “É um legado que vai muito além da COP, vamos cuidar daqueles que mais precisam”, declarou. Segundo ele, “este é o maior programa de investimento em macrodrenagem da história do BNDES e da história de Belém, beneficiando 35% da população da cidade”.

Mercadante destacou que o projeto também tem papel estratégico no enfrentamento à crise climática. “Macrodrenagem é parte da luta contra a mudança do clima, porque os desastres naturais estão cada vez mais intensos. Vimos o que aconteceu ontem em Santa Catarina e no Paraná. Temos o desafio dos desastres, e essa é uma obra estruturante e permanente”, ressaltou.

O presidente do banco reforçou ainda o impacto social do investimento. “As pessoas passam a contar com saneamento, mobilidade e infraestrutura urbana, onde antes havia alagamentos e faltavam serviços essenciais”, afirmou. “Ao proporcionar uma vida mais digna às populações periféricas, o Banco cumpre sua missão histórica de melhorar a vida de gerações de brasileiros, que é também um compromisso do governo do presidente Lula.”

Bacias do Tucunduba e Murutucu

Os projetos das bacias do Tucunduba e do Murutucu vão ampliar o acesso a saneamento, infraestrutura e mobilidade para mais de 300 mil moradores. As intervenções incluem a urbanização e macrodrenagem dos canais Vileta, União, Leal Martins e Timbó, que juntos somam quase 10 quilômetros de extensão e investimento de R$ 173,2 milhões.

As obras envolvem retificação de trechos, revestimento em concreto armado, construção de vias marginais com calçadas, ciclovias, paisagismo e sinalização, além de duas pontes de concreto e dez passarelas metálicas.

Legado da COP30 e pacto federativo

Os investimentos também são considerados parte do legado da COP30, que será sediada em Belém em 2025. O evento internacional impulsionou melhorias estruturais e de serviços públicos na capital, com foco na redução de desigualdades e na adaptação climática.

Para o governo federal, as ações representam um exemplo do novo pacto federativo defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com União, Estado e Município atuando de forma integrada. Essa cooperação, ressaltou o BNDES, já se reflete em mais qualidade de vida para a população da capital paraense.

Artigos Relacionados