Gilmar Mendes abre campanha por Rodrigo Pacheco no STF: "nosso candidato"
“O STF é jogo para adultos”, afirma o decano do STF. Crescem especulações sobre aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso
247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes declarou que já tem um nome de preferência para a próxima vaga que for aberta na Corte: o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). “A Corte precisa de pessoas corajosas e preparadas juridicamente. E o senador Pacheco é o nosso candidato. O STF é jogo para adultos”, afirmou o magistrado à coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
A manifestação ocorreu durante um encontro social, na presença do próprio Pacheco, que ouviu a declaração em silêncio. Questionado pela coluna, limitou-se a dizer: “Sou tímido”. O apoio de Gilmar não está condicionado a uma abertura imediata de vaga, e ele ressalta que o defenderia mesmo em uma eventual sucessão mais distante.
Possível mudança na composição do STF
A disputa pela sucessão no Supremo ganhou força em Brasília diante dos rumores de que o ministro Luís Roberto Barroso poderá deixar o tribunal em setembro, ao concluir seu mandato como presidente. Na quarta-feira (13), Edson Fachin foi eleito para comandar a Corte no biênio 2025-2027, com Alexandre de Moraes na vice-presidência.
Com a possível saída de Barroso, outros nomes também são cotados, como o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o controlador-geral da União, Vinicius de Carvalho. Caso Barroso permaneça, a próxima vaga só surgiria em abril de 2028, quando o ministro Luiz Fux completará 75 anos e se aposentará compulsoriamente.
Pressão externa e ataques a ministros
O STF atua sob intensa pressão desde o avanço do bolsonarismo. Ministros da Corte foram alvo de sanções e retaliações vindas dos Estados Unidos, no governo de Donald Trump, que tenta interromper o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado. Barroso, por exemplo, teve seu visto suspenso, medida que também afetou familiares. Seu filho, Bernardo Van Brussel Barroso, que morava em Miami, decidiu não retornar para evitar problemas na imigração.
Em outra ação de grande impacto, o ministro Alexandre de Moraes foi incluído na lista de sanções da Lei Magnitsky, que impede transações com entidades ligadas aos EUA. Do território norte-americano, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) mantém ataques e ameaças a magistrados e seus familiares, alegando estar em “exílio” e reivindicando para si a paternidade das sanções.
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