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      EUA revogam vistos de integrantes do governo brasileiro ligados ao Mais Médicos

      Marco Rubio, chefe da diplomacia dos EUA, citou suposto uso de organização Pan-Americana para driblar sanções a Cuba; Itamaraty ainda não se manifestou

      O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio - 16/07/2025 (Foto: REUTERS/Umit Bektas)
      Guilherme Paladino avatar
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      247 - O governo dos Estados Unidos anunciou, na noite desta quarta-feira (13), a revogação de vistos de funcionários do Ministério da Saúde do Brasil que atuaram durante a implementação do programa Mais Médicos, informa o Metrópoles. A medida foi divulgada pelo secretário de Estado Marco Rubio.

      Foram atingidos pelas sanções Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde, e Alberto Kleiman, diretor da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) para a COP 30, ex-Assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde e ex-diretor de Relações Externas da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). A decisão impede que eles entrem em território norte-americano.

      No Twitter, Rubio classificou o Mais Médicos como um “esquema diplomático inconcebível de missões médicas estrangeiras”, acusando o Brasil e a OPAS de atuarem como intermediários para viabilizar o envio de médicos cubanos ao país e driblar sanções impostas pelos EUA contra Havana.

       “O Departamento de Estado está tomando medidas para revogar vistos e impor restrições a vários funcionários do governo brasileiro e ex-funcionários da OPAS cúmplices do esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano”, escreveu o senador.

      Segundo o comunicado do Departamento de Estado, o governo brasileiro teria usado a OPAS como ponte para efetuar pagamentos a Cuba, em vez de repassar diretamente aos médicos que participaram do programa. Washington afirma que dezenas de profissionais relataram exploração e retenção salarial por parte do governo de Cuba.

      A chancelaria norte-americana também acusa Brasília de ignorar “requisitos constitucionais” internos para viabilizar o convênio, que foi encerrado durante o governo Jair Bolsonaro e retomado na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, desta vez sem a presença de profissionais cubanos.

      Escalada diplomática

      A medida integra uma ofensiva mais ampla dos EUA contra o que Rubio e o Departamento de Estado chamam de “exportação de trabalho forçado” promovida por Havana. Mais cedo, a diplomacia norte-americana havia anunciado a revogação de vistos de autoridades de Cuba, países africanos e de Granada.

      A decisão reacende tensões entre Brasília e Washington, que, em julho, já haviam se agravado com o cancelamento dos vistos de oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em uma tentativa de interferir no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.

      O Itamaraty ainda não se manifestou sobre as novas sanções.

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