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      Deputado Jorge Solla aciona PGR e acusa Bolsonaro de crime contra soberania por repassar informações a Trump

      Parlamentar pede investigação sobre declarações de Bolsonaro admitindo ter entregado dados estratégicos do Brasil à equipe do presidente dos EUA

      Jorge Solla e Jair Bolsonaro (Foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputados | Alan Santos /PR)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) apresentou nesta sexta-feira (8) uma representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando investigação contra Jair Bolsonaro por possível crime contra a soberania nacional. A iniciativa foi noticiada pela Coluna do Estadão. Segundo Solla, o caso envolve declarações públicas do ex-presidente nas quais ele admitiu ter transmitido informações estratégicas do Brasil à equipe do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

      O parlamentar resgatou uma entrevista concedida por Bolsonaro em março deste ano, na qual o ex-presidente afirmou que os Estados Unidos temiam que o Brasil “vire uma Venezuela” e mencionou acordos com a China envolvendo energia nuclear. Bolsonaro declarou: “Podem ficar tranquilos, já passei para a equipe do Trump isso aí, passei em primeira mão lá atrás”. As declarações foram feitas a jornalistas no Aeroporto de Brasília.

      Solla sustenta que o episódio extrapola o campo da opinião política e pode configurar ato concreto com potencial de desestabilizar o país. “O vazamento de informações ou a solicitação de intervenção, quando partem de um ex-presidente, transcendem a mera opinião política e adquirem o contorno de um ato concreto com potencial desestabilizador”, afirmou o deputado na representação enviada à PGR.

      O parlamentar também destacou que, durante o mandato, Bolsonaro teve acesso a informações altamente sensíveis: “Enquanto exerceu o mandato de Presidente da República, o Noticiado teve acesso irrestrito ao mais elevado nível de informações classificadas do Estado brasileiro, abrangendo segredos de natureza diplomática, militar, de inteligência e de estratégia governamental. Esta posição impunha-lhe, por força do cargo e do juramento prestado, um dever absoluto de sigilo e lealdade para com a Nação”.

      Além desta acusação, Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) no processo sobre a trama golpista de 2022 e cumpre prisão domiciliar por ordem do ministro Alexandre de Moraes. O ex-presidente também é alvo de múltiplos inquéritos. Recentemente, ao anunciar tarifas contra o Brasil, Donald Trump defendeu Bolsonaro e classificou seu julgamento no STF como “caça às bruxas”.

      Essa nova denúncia acrescenta mais um capítulo à série de investigações e processos que cercam Bolsonaro, reforçando o debate sobre a relação entre autoridades brasileiras e governos estrangeiros, especialmente no que diz respeito ao compartilhamento de informações sensíveis e ao dever de proteger a soberania nacional.

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