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      Cebrapaz repudia 'agressão dos EUA à República Bolivariana': 'passo perigoso rumo à desestabilização regional'

      A entidade criticou "as falsas acusações levantadas contra o presidente Nicolás Maduro"

      Nicolás Maduro (Foto: Miraflores Palace/Handout via Reuters)
      Leonardo Lucena avatar
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      247 - O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) emitiu nesta quinta-feira (21) uma nota para afirmar que a ofensiva militar dos Estados Unidos contra a Venezuela é “uma afronta e agressão à República Bolivariana”. “É também um passo perigoso rumo à desestabilização regional”, afirmou a Cebrapaz.

      Mais de 4.000 militares serão posicionados na região do Caribe, perto da costa venezuelana. O governo Donald Trump alega que a medida é necessária para combater o narcoterrorismo. Os EUA anunciaram uma recompensa de até US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões) por informações que levem à prisão ou condenação do líder venezuelano.

      “Repudiamos de forma categórica a escalada norte-americana e as falsas acusações levantadas contra o presidente Nicolás Maduro, que são ridículos pretextos para justificar ameaças, atos de ingerência e agressão”, continuou a Cebrapaz.

      A entidade denunciou a “violação frontal de princípios basilares do direito internacional: a proibição do uso ou da ameaça do uso da força, a não intervenção em assuntos internos e o respeito à autodeterminação dos povos”.

      “A movimentação de meios bélicos contra um país soberano não é ‘preocupação humanitária’ nem ‘defesa da democracia’, nem ‘combate ao narcotráfico’. É pressão imperialista, contra um governo legítimo”, acrescentou.

      “Ao militarizar o entorno venezuelano, os Estados Unidos tentam redesenhar, pela força, a correlação política no continente, romper a integração e impor agendas alheias aos interesses dos povos. Isso atinge diretamente o Brasil, pela vizinhança amazônica, pelos fluxos migratórios, pelas cadeias energéticas e comerciais e pela segurança de nossas fronteiras”.

      Ainda em seu nota, a Cebrapaz manifestou total “solidariedade ao povo venezuelano e ao seu sistema de governo revolucionário, que tem reiterado estar pronto para se defender com a força da unidade popular, da mobilização cívico-militar e do enraizamento institucional do projeto bolivariano”.

      “A Venezuela não está isolada: conta com a cooperação internacional e com a consciência viva de um povo que não negociará a sua soberania. Exortamos o governo brasileiro a agir à altura de sua responsabilidade histórica e diplomática e condenar publicamente a escalada militar dos EUA no Caribe e defender o respeito irrestrito à soberania venezuelana”, escreveu.

      “A América Latina e o Caribe têm direito a viver sem bases militares dos EUA, sem bloqueios e sem frota armada rondando suas águas. É necessário promover a retirada imediata dos destróieres norte-americanos. Nossa posição é firme e inequívoca: solidariedade irrestrita com a Revolução Bolivariana, com o presidente Nicolás Maduro, paz com soberania para a Venezuela, respeito para a América Latina e o Caribe, fora as ameaças militares”.

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