Frota militar dos EUA recua no Caribe por causa de furacão em meio à tensão com Venezuela
Navios retornaram à Virgínia após o avanço do furacão Erin, em operação que elevou o temor de uma intervenção militar no governo de Nicolás Maduro
247 - A frota naval dos Estados Unidos, que havia se deslocado recentemente para o Caribe em uma operação contra o narcotráfico, retornou à base em Norfolk, Virgínia, devido ao avanço do furacão Erin. O Grupo Anfíbio de Prontidão Iwo Jima, composto por 4.500 fuzileiros navais e três navios de assalto anfíbio, havia partido há apenas cinco dias de Norfolk. O retorno, segundo o jornal O Globo, ocorreu de forma antecipada por causa dos riscos associados à tempestade, que alcançou a categoria 5 no fim de semana. Ainda não está claro se os navios chegaram a se aproximar da costa venezuelana antes da retirada.
O Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA alertou que o furacão Erin deve atingir áreas da Virgínia e de Maryland com ventos intensos a partir desta quinta-feira (21). A frota, que na terça-feira (19) estava próxima às Bahamas, regressou de forma preventiva para evitar danos.
A operação, sob comando do U.S. Southern Command, mobilizou os navios USS Iwo Jima, USS Fort Lauderdale e USS San Antonio, além de três contratorpedeiros equipados com o sistema Aegis, um submarino de ataque nuclear e aeronaves de patrulha marítima P-8 Poseidon. Segundo especialistas, o aparato representava não apenas uma ação contra cartéis de drogas, como anunciado oficialmente, mas também uma demonstração de força militar incomum para operações desse tipo.
A movimentação militar dos EUA ocorreu após uma diretriz do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ordenou o combate a cartéis estrangeiros de drogas. A medida reacendeu preocupações de uma possível intervenção na Venezuela, país com o qual Washington rompeu relações diplomáticas em 2019.
Na última terça-feira (19), a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, reforçou a posição do governo Donald Trump afirmando que “os EUA usarão toda a força contra o regime de Nicolás Maduro. A porta-voz também acusou o presidente venezuelano de comandar um cartel que envia drogas para o território norte-americano.
O Tesouro dos Estados Unidos incluiu em julho o chamado Cartel de los Soles na lista de organizações terroristas e fixou uma recompensa de US$ 50 milhões pela captura de Maduro, medida que elevou ainda mais a tensão regional.
Em resposta, o governo de Caracas anunciou a mobilização de 4,5 milhões de voluntários, denunciando a presença militar norte-americana como uma provocação. Especialistas em relações internacionais avaliam que, embora a justificativa oficial seja o combate ao tráfico, a ação demonstra a crescente pressão de Washington sobre o governo de Nicolás Maduro.
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