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      Brasil acompanha com "preocupação" deslocamento de navios de guerra dos EUA rumo à Venezuela, diz Celso Amorim

      Em audiência no Congresso, assessor internacional do Planalto critica movimentação militar dos EUA e reforça defesa da não intervenção

      Assessor especial da Presidência, Celso Amorim 15/08/2024 (Foto: REUTERS/Andressa Anholete)
      Paulo Emilio avatar
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      247 - Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (20), o assessor especial para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim, manifestou preocupação com a presença de navios de guerra dos Estados Unidos em áreas próximas à Venezuela. 

      Ex-ministro das Relações Exteriores nos dois primeiros mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva, Amorim destacou que a posição do governo brasileiro é contrária a qualquer tipo de intervenção estrangeira em outro país. “Vejo com preocupação o deslocamento de barcos de guerra americanos para a Venezuela. Acho que a não intervenção é fundamental”, afirmou o diplomata, de acordo com O Globo

      Amorim recordou que o Brasil não reconheceu oficialmente a reeleição de Nicolás Maduro, ocorrida há cerca de um ano, uma vez que o governo venezuelano não apresentou provas de vitória contra o opositor Edmundo González. Ainda assim, defendeu a manutenção do diálogo institucional.

      “Quando houve as eleições, tivemos dúvidas, evitamos o cumprimento, mas mantivemos a relação, que é de Estado a Estado”, explicou.“Ter boas relações não é uma escolha, e sim uma imposição da geografia”, ressaltou. 

      Segundo a reportagem, integrantes do governo brasileiro acompanham de perto a movimentação dos navios militares americanos. Apesar de considerarem que a ação tem como alvo principal o governo de Nicolás Maduro, autoridades ressaltam que a Venezuela compartilha mais de 2 mil quilômetros de fronteira com o Brasil, o que torna o tema ainda mais sensível.

      Diante da escalada de tensão diplomática, especialmente após medidas recentes de Washington contra o Brasil — como a aplicação de tarifas de 50%, sanções financeiras a autoridades e críticas ao Judiciário por sua atuação em processos contra Jair Bolsonaro (PL) —, a avaliação no Planalto é de que a situação exige silêncio e prudência por parte do governo Lula.

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