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Bolsonaro não deve comparecer ao julgamento no STF

Defesa alega fragilidade de saúde

Jair Bolsonaro (Foto: Reuters/Adriano Machado)

247 - Jair Bolsonaro seguirá em casa nesta terça-feira (9), data em que o Supremo Tribunal Federal (STF) retoma o julgamento que envolve ele e sete aliados acusados de participação em uma trama golpista.

Segundo o jornal O Globo, a defesa de Bolsonaro não fez pedido para que ele acompanhe presencialmente as sessões no STF. Em vez disso, os advogados solicitaram autorização para que o ex-mandatário compareça a uma consulta médica apenas no domingo (14), dois dias após a provável conclusão do julgamento. Fontes próximas revelam que tanto médicos quanto familiares e apoiadores políticos recomendaram que Bolsonaro evite o ambiente do tribunal, considerado desgastante.

Quadro de saúde delicado

Nos dias que antecederam o julgamento, Bolsonaro apresentou episódios de soluços intensos, vômitos e falta de ar, sintomas relacionados a uma esofagite provocada por um procedimento cirúrgico realizado no abdômen em abril. Pessoas próximas relataram ainda momentos de choro e instabilidade emocional.

De acordo com o médico Cláudio Birolini, integrante da equipe que acompanha Bolsonaro, exames recentes apontaram a necessidade de retirada de lesões na pele, que deverão ser submetidas a análise anátomo-patológica. 

Procedimentos anteriores

Esta é a segunda vez, em pouco mais de um mês, que Bolsonaro solicita liberação do cárcere para tratar da saúde. No mês passado, ele foi autorizado a realizar uma bateria de exames em hospital. Após os procedimentos, um boletim médico confirmou persistência de esofagite e gastrite, além da presença de uma “imagem residual” relacionada a infecções pulmonares recentes.

Defesa reforça fragilidade emocional

O advogado Paulo Amador Bueno destacou que a condição clínica de Bolsonaro não lhe permitiria suportar o ambiente de julgamento no Supremo. “O ex-presidente (Jair Bolsonaro) tem uma saúde extremamente fragilizada hoje. Estive com ele, ele tem crises de soluço muito fortes, é até aflitivo. A orientação médica é de que ele permaneça em casa porque aqui (no STF) é muito estressante tanto do ponto de vista físico quanto emocional. É uma situação bastante delicada, são muitas horas de julgamento”, declarou o defensor na semana passada.

Assim, a defesa argumenta que a ausência de Bolsonaro no STF não configura manobra processual, mas sim necessidade médica diante de seu estado de saúde debilitado.

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