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      Bolsonaristas apostam em novas sanções e cogitam até embargo comercial de Trump contra o Brasil após julgamento de Bolsonaro

      Aliados de Bolsonaro aguardam postura do presidente dos EUA: “é ele quem decide”

      Jair Bolsonaro - 24/03/2025 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)
      Otávio Rosso avatar
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      247 - Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro avaliam que a primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deve condená-lo no julgamento marcado para esta terça-feira (2), informa a jornalista Andréia Sadi, do g1.  Nos bastidores, a leitura é de que um pedido de vista do ministro Luiz Fux poderia adiar a decisão, mas não alteraria o resultado final.

      Líderes bolsonaristas já tratam a condenação como certa e, por isso, concentram seus esforços no cenário pós-julgamento. A principal aposta do grupo é de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reforce sanções contra ministros do Supremo por meio da Lei Magnitsky. Atualmente, Alexandre de Moraes já é alvo das medidas, e os aliados de Bolsonaro esperam que outros integrantes da Corte sejam incluídos.

      Nos bastidores, um dos interlocutores do bolsonarismo, que mantém contato com a Casa Branca, afirmou que a decisão do STF já é considerada inevitável: “São favas contadas”. Para ele, a expectativa é de que a aplicação da Magnitsky seja estendida de forma gradual. Especialistas alertam, contudo, que o processo burocrático para ampliar sanções leva tempo e não ocorre de forma imediata.

      A visão de parte da base bolsonarista é que a expansão das medidas seria o “caminho natural” e representaria menor desgaste político. O cálculo inclui ainda uma estratégia de pressão sobre o Congresso brasileiro em torno da pauta da anistia, reforçada recentemente pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

      Embora o núcleo bolsonarista veja nas sanções um trunfo político, há temor de que Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, vá além e adote medidas mais duras contra o Brasil. O receio é de que tarifas adicionais ou até um embargo comercial sejam impostos, prejudicando empresas nacionais e até companhias estrangeiras que mantêm negócios com o país.

      De acordo com os aliados, nada estaria descartado, uma vez que a decisão cabe exclusivamente a Trump. “É ele quem decide”, resumiu um integrante do grupo. Entre as possíveis medidas, estariam restrições a transações financeiras e a proibição de relações comerciais com companhias brasileiras.

      Em meio a esse cenário, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo devem viajar a Washington nesta semana para encontros com integrantes do governo Trump. A missão tem como objetivo discutir os efeitos políticos e econômicos do julgamento do STF e alinhar estratégias com a administração norte-americana.

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