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BHP fecha acordo de US$ 72,5 mi por desastre da Samarco

Multinacional australiana indenizará investidores após processo coletivo ligado ao rompimento da barragem de Mariana em 2015

Destroços da localidade de Bento Rodrigues, que foi destruída por avalanche de lama após rompimento de barragem da Samarco em Mariana (MG) 10/11/2015 (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)

247 - A mineradora anglo-australiana BHP vai desembolsar US$ 72,5 milhões para encerrar uma ação coletiva de investidores relacionada ao rompimento da barragem da Samarco, em Mariana (MG), ocorrido em novembro de 2015. A informação foi divulgada pelo portal Investing.com. O caso, considerado um dos maiores desastres socioambientais da história do Brasil, deixou 19 mortos e devastou comunidades inteiras ao longo da bacia do Rio Doce.

Segundo o Investing.com, o processo foi movido por acionistas da BHP que alegaram ter sofrido perdas financeiras significativas em decorrência do desastre, que envolveu a joint venture da empresa com a Vale. O acordo, anunciado nesta semana, permitirá que a companhia encerre parte das disputas judiciais que se arrastam desde o colapso da barragem de Fundão.

Contexto do desastre

O rompimento da estrutura da Samarco despejou milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração, provocando um impacto ambiental sem precedentes. Além das vítimas fatais e da destruição material, comunidades ribeirinhas foram desestruturadas e a biodiversidade da região sofreu danos profundos, cujas consequências ainda são sentidas dez anos depois.

Apesar de sucessivos acordos e indenizações anunciados desde 2015, organizações sociais e ambientalistas apontam que a reparação completa segue distante da realidade das populações atingidas. Críticos também destacam a lentidão do processo judicial e a postura defensiva das mineradoras envolvidas.

Desdobramentos judiciais

O pagamento de US$ 72,5 milhões pela BHP representa apenas uma fração do montante de ações judiciais e processos de reparação relacionados ao caso. No Brasil, seguem em andamento disputas sobre responsabilidades civis, criminais e ambientais, além da pressão de órgãos públicos e entidades civis por reparações mais amplas.

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