Até advogados dos golpistas consideram que prisão de Bolsonaro é irreversível
Histórico de Alexandre de Moraes no STF indica que ele não costuma recuar de decisões, mesmo sob pressão política
247 - Advogados de acusados de envolvimento na tentativa de golpe de Estado no Brasil não veem chances de o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rever a decisão que impôs prisão domiciliar ao presidente dos Estados Unidos, Jair Bolsonaro (PL). Seu histórico mostra que, uma vez oficializadas, suas decisões raramente são revertidas, destaca a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna na Folha de S.Paulo
Não há disposição dos demais membros do STF para impor uma derrota pública a Moraes. De acordo com fontes próximas à Corte, o clima interno é de contenção de danos e solidariedade institucional, sobretudo diante dos ataques promovidos por apoiadores de Bolsonaro e de Trump e até mesmo de pressões vindas do governo dos Estados Unidos.
A avaliação nos bastidores do STF é que o tempo joga contra Bolsonaro. A expectativa é que o julgamento que pode resultar em sua condenação definitiva aconteça até setembro. Diante disso, interlocutores jurídicos acreditam que a prisão domiciliar atual deve ser apenas uma etapa inicial, sendo convertida em regime fechado logo após o veredito do tribunal.
A aposta entre integrantes da defesa de outros réus é que Moraes tenha agido estrategicamente ao antecipar a prisão, preparando o terreno para uma transição mais rápida e eficaz para o cumprimento da pena. "É muito improvável que ele recue agora. Seria incoerente com o que ele construiu até aqui no processo", avalia um advogado que atua na defesa de um dos acusados.
Fontes no tribunal indicam que Alexandre de Moraes não demonstrou sinais de hesitação ou de que esteja inclinado a rever sua decisão.
Enquanto isso, os bolsonaristas prometem manter as mobilizações contra o ministro, que segue determinado a conduzir os processos ligados à trama golpista até sua conclusão.
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