MEC investe R$ 13 mi em cursos de bioeconomia na Amazônia
Programa prevê 6,5 mil vagas até 2026 para capacitar trabalhadores em atividades sustentáveis
247 - O Ministério da Educação (MEC) anunciou investimento de R$ 13 milhões para a oferta de cursos de qualificação profissional voltados à bioeconomia na região amazônica. Os recursos são destinados a instituições estaduais por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e têm execução prevista até dezembro de 2026.
Segundo o MEC, a iniciativa contemplará 6,5 mil trabalhadores de oito estados da Amazônia Legal — Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Tocantins — em mais de 30 cursos. Entre as formações estão açaicultor, agricultor agroflorestal, cafeicultor, condutor de turismo, fruticultor e identificador florestal, entre outras.
Valorização da biodiversidade e geração de renda
Os cursos buscam estimular o uso sustentável dos recursos naturais, transformando a biodiversidade em produtos, serviços e conhecimento, ao mesmo tempo em que fortalecem a economia local. O público-alvo inclui assalariados rurais, mulheres responsáveis por suas famílias, povos indígenas, comunidades quilombolas e populações do campo, das águas e das florestas.
De acordo com o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Marcelo Bregagnoli, o objetivo vai além da capacitação:
“Os cursos têm como objetivo alavancar o potencial econômico da região, fixar populações na área, promover o correto ordenamento da exploração das diversas espécies nativas da região, além de incentivar a agricultura, pecuária e piscicultura como base de sustentação das populações regionais".
Parceria internacional para o desenvolvimento sustentável
A execução dos cursos faz parte de um acordo de cooperação técnica intitulado “Educação profissional para desenvolvimento econômico verde e empregos”, apoiado pela agência alemã Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH e conduzido pela GOPA Worldwide Consultants GmbH.
Com esse investimento, o MEC aposta na educação profissional e tecnológica (EPT) como ferramenta estratégica para o desenvolvimento socioambiental da Amazônia, ao mesmo tempo em que promove novas oportunidades de trabalho e reforça o protagonismo da bioeconomia no futuro da região.