Ministra Luciana Santos visita Orion e Sirius em Campinas e destaca soberania científica do Brasil
Obras do laboratório de biossegurança e do acelerador de partículas avançam com investimentos do Novo PAC
247 - A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos (PCdoB), visitou nesta terça-feira (30) as obras do Orion, o primeiro laboratório de máxima contenção biológica da América Latina, e acompanhou a expansão do Sirius, acelerador de partículas instalado em Campinas (SP). Ambos os projetos fazem parte do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).
Segundo a ministra, a nova infraestrutura é fundamental para reforçar a soberania científica e tecnológica do país e fortalecer a capacidade de resposta diante de futuras emergências sanitárias. “Esse é o governo Lula trabalhando para antecipar-se a possíveis pandemias e garantir soluções que melhorem a vida do povo brasileiro”, afirmou.
Orion: segurança máxima em pesquisa biológica
O Orion será o primeiro laboratório de biossegurança nível 4 (NB4) do mundo a estar conectado diretamente a um acelerador de partículas. A estrutura permitirá o estudo de patógenos com alto potencial de transmissão e capazes de provocar doenças graves. Essa integração com o Sirius representa um marco para a ciência brasileira, colocando o país entre os mais avançados em pesquisa biomédica.
Sirius: expansão estratégica para a ciência
O Sirius, por sua vez, utiliza aceleradores para gerar luz síncrotron, recurso de ponta que permite investigar a composição e a estrutura da matéria em diferentes escalas. A expansão atual prevê o aumento das linhas de luz — novas estações de pesquisa que possibilitam análises em escala nanométrica. Além disso, o projeto será diretamente ligado ao Orion, criando um ambiente integrado de pesquisa científica.
“O aumento das linhas de luz vai possibilitar estudos cada vez mais detalhados da matéria, ampliando as condições de pesquisa e inovação no Brasil”, destacou Luciana Santos.
Apoio do CNPEM e parcerias estratégicas
O diretor-geral do CNPEM, José Roque, ressaltou a relevância da visita ministerial. “Foi muito importante hoje receber a ministra Luciana e sua equipe. Ela veio acompanhar o andamento da fase 2 do Sirius e das obras do Orion, além de conhecer outros projetos relevantes em áreas como energias renováveis, transformação da biomassa, saúde e equipamentos médicos, em parceria com o Ministério da Saúde”, afirmou. Para ele, o apoio do MCTI e do Governo Federal é decisivo para transformar o cenário científico nacional.
Investimentos pelo Novo PAC
Os dois empreendimentos integram o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê investimentos de R$ 12,1 bilhões destinados ao MCTI, com maior volume a partir de 2025. Mais da metade desse valor será aplicada em grandes projetos estruturantes, incluindo o Orion, o Sirius, o novo supercomputador para inteligência artificial e o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), totalizando R$ 6,5 bilhões.
“O Governo do Brasil tem dado à ciência um papel estratégico, compreendendo-a como instrumento para enfrentar os desafios da atualidade e melhorar a vida do povo”, declarou Luciana Santos. Segundo ela, os recursos do PAC vão apoiar iniciativas em saúde, educação, monitoramento de desastres naturais e desenvolvimento industrial com mais tecnologia, além de valorizar o trabalho dos pesquisadores brasileiros.