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Coalizão para a Alimentação Escolar projeta atender 150 milhões de crianças até 2030

Meta global foi reforçada em cúpula realizada em Fortaleza com delegações de 80 países

2ª Cúpula Global da Coalizão para a Alimentação Escolar (Foto: Angelo Miguel/MEC)

247 - A 2ª Cúpula Global da Coalizão para a Alimentação Escolar, encerrada na sexta-feira (19) em Fortaleza (CE), reuniu representantes de 80 países e mais de 1,5 mil participantes para debater políticas de combate à fome e fortalecimento da educação. Segundo informações da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), o encontro foi promovido pelo Governo do Brasil em parceria com o Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU.

O evento teve como principal resultado a Declaração Final da Cúpula, que estabeleceu a meta de garantir refeições escolares a mais de 150 milhões de crianças até 2030. Entre os representantes do Brasil, participaram o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB).

Alimentação como direito e aprendizado

O ministro Camilo Santana destacou a relevância do debate para enfrentar a fome e melhorar a qualidade da educação: “O coração fica cheio de esperança quando conseguimos juntar pessoas de todo canto, de países tão distintos, para reforçar que comida boa na mesa dos estudantes também é qualidade de aprendizagem e enfrentamento da fome em todo o mundo”.

Apoio internacional e cooperação

O documento aprovado reforça a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, criada sob liderança brasileira durante a presidência do G20. Também destacou a importância do apoio de instituições financeiras internacionais, com foco em investimentos em educação, nutrição e capital humano.

Além disso, a Coalizão seguirá articulando governos e redes regionais, como a Rede de Alimentação Escolar Sustentável (RAES), para manter o tema nas principais agendas multilaterais, incluindo União Africana, G7, G20, Assembleia da ONU e COP31. Os próximos encontros já estão marcados: uma Reunião Ministerial da Força-Tarefa em 2026 e a 3ª Cúpula Global em 2027.

Brasil como referência mundial

Durante a cúpula, foi apresentado o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), considerado uma das maiores políticas do tipo no mundo. Atualmente, o programa atende cerca de 40 milhões de estudantes em 150 mil escolas, oferecendo 50 milhões de refeições por dia e movimentando R$ 5,5 bilhões anuais.

A experiência brasileira foi determinante para retirar o país do Mapa da Fome e é compartilhada internacionalmente desde 2018 por meio da RAES, em parceria com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

Origem da coalizão

Criada em 2021, em meio à pandemia de covid-19, a Coalizão para a Alimentação Escolar surgiu de uma iniciativa conjunta de 46 governos e 44 parceiros, com liderança da Finlândia e da França. O grupo reforça que políticas de alimentação escolar contribuem para múltiplos objetivos globais: combate à fome, promoção da saúde, igualdade de gênero, transformação de sistemas agroalimentares e ações contra as mudanças climáticas.

A Cúpula de Fortaleza consolidou o papel do Brasil como protagonista na pauta da segurança alimentar e da educação, evidenciando que políticas integradas são essenciais para garantir direitos básicos e promover desenvolvimento social em escala global.

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