Tarcísio escolheu morrer abraçado com Bolsonaro
Não pode usar o cargo para defender o golpe
O carioca Tarcísio de Freitas foi eleito pela população de São Paulo para governar, não para julgar decisões do STF, sobretudo aquelas corretas, legítimas e com as quais a maioria concorda. Tarcísio extrapola suas funções e abusa de sua autoridade ao desmentir, em público, os gravíssimos crimes contra o estado cometidos por seu aliado e, ao mesmo tempo, desautorizar um julgamento transcorrido com todas as garantias de ampla defesa e uma profusão de provas, com diálogos, imagens e testemunhos contundentes.
O governador não tem o direito de jogar a opinião pública contra a mais alta corte do país que defende a constituição e o regime democrático. O caminho escolhido por Tarcísio coloca em risco seu futuro político. Quem defende o líder de uma intentona que poderia ter gerado uma guerra civil e cujos efeitos ainda nos assolam não está apenas expressando uma opinião, está mostrando que não coloca a democracia acima de tudo e que é conivente com os fanáticos que preconizam destruir os valores republicanos e democráticos dos quais a maioria dos brasileiros não abre mão.
Se ele pretende transformar seu governo em palco de batalha pela absolvição do maior inimigo do Brasil, deve renunciar ao cargo.
Tarcísio escolheu morrer abraçado com Bolsonaro. Os paulistas, não.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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