Bolsonaro e a estratégia psicopática da vitimização
Em situações de confronto, psicopatas podem recorrer ao chamado bullying estratégico, como tentam fazer os bolsonaristas
Psicopatas são ágeis em manipular a narrativa emocional, inclusive fingindo-se de vítimas. Aparentam arrependimento ou fragilidade para desviar-se da culpa. Vitimizam-se não apenas para gerar empatia, mas também confusão no interlocutor. Sua estratégia é inverter os papéis, acusando quem os confronta de perseguição ou injustiça. É Jair Bolsonaro esculpido em Carrara.
A coluna buscou os traços do psicopata que se vitimiza quando acuado. Encontramo-los em estudos de Wheeler, Book e Costello, de 2009, sobre percepção de vulnerabilidade; e de Babiak e Hare, de 2006, acerca de bullying e manipulação social.
Quando encurralados, psicopatas não agem como vítimas comuns. Em vez disso, reagem de maneira estratégica: podem, além de se vitimizar, manipular narrativas, usar bullying emocional ou verbal ou alternar entre submissão aparente e intimidação aberta. Essa postura tem base em déficits cognitivo-emocionais e padrões de reforço social que valorizam a dominação e o controle do ambiente.
Em situações de confronto, psicopatas podem recorrer ao chamado bullying estratégico. Intimidam quem os ameaça, como tentam fazer os bolsonaristas com o ministro Alexandre de Moraes, com participação decisiva de Donald Trump. Quando encurralados, a tática frequentemente se intensifica mediante a disseminação do medo – como a aplicação das sanções comerciais americanas e atos persecutórios pessoais, por exemplo, a Lei Magnitsky contra Moraes.
Relatos clínicos de casos extremos mostram que, sob intensa pressão, psicopatas podem oscilar entre a fragilidade emocional fingida e a agressividade descontrolada. Utilizam linguagem ameaçadora e ações imprevisíveis para manter o inimigo inseguro ou submisso, o que não vem dando resultado quando direcionadas ao ministro Alexandre de Moraes e à maioria dos seus pares do Supremo Tribunal Federal. Muito menos ao presidente Lula.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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