Venezuela pede ação da ONU contra envio de navios militares dos EUA ao Caribe
Chanceler Yván Gil cobra garantias de que Washington não usará armas nucleares na região e denuncia “grave ameaça à paz e à segurança regional”
247 - A Missão Permanente da Venezuela na ONU pediu nesta terça-feira (26) que o secretário-geral da organização, António Guterres, intervenha para conter a escalada militar dos Estados Unidos no Caribe, segundo informou o g1. Navios de guerra norte-americanos devem chegar à costa venezuelana no início da próxima semana, em operação anunciada pelo governo de Donald Trump.
O chanceler venezuelano, Yván Gil, afirmou em comunicado que a presença militar norte-americana configura uma “grave ameaça à paz e à segurança regional” e pediu que a ONU ajude a “restabelecer a sensatez” nas relações. Ele também expressou preocupação com o envio de armamentos nucleares para a região.
Reivindicações de Caracas
Ainda de acordo com o g1, no documento entregue à ONU, a Venezuela solicita que os EUA cessem imediatamente o envio de forças militares ao Caribe, incluindo o submarino nuclear USS Newport News; garantias de que Washington não utilizará armas nucleares na América Latina e no Caribe; que a Organização para a Proibição das Armas Nucleares na América Latina e no Caribe (Opanal) convoque consultas urgentes sobre as “ações hostis”; que os países-membros da ONU respeitem o caráter desnuclearizado da região, em apoio à Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que defende a América Latina como uma “zona de paz”.
De acordo com a chancelaria venezuelana, entre os meios deslocados estão o cruzador de mísseis guiados USS Lake Erie e o submarino nuclear USS Newport News. Washington justifica a operação como parte do esforço para combater cartéis de drogas que atuam na rota entre a América do Sul e os EUA.
A missão venezuelana pediu que a ONU monitore a escalada e atue para evitar um agravamento das tensões. Caracas afirma que o aumento da presença militar norte-americana no Caribe ameaça não apenas a Venezuela, mas também a estabilidade de toda a região.
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