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      Luís Arce convoca o povo boliviano à consciência histórica nas eleições de agosto

      Durante celebração do Bicentenário, mandatário defende participação popular e ressalta a luta pela soberania e pelos recursos naturais

      Luís Arce, presidente boliviano, pede unidade para defender a soberania nacional (Foto: Prensa Latina )
      José Reinaldo avatar
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      247 -  Em um apelo contundente à população boliviana, o presidente Luis Arce pediu nesta segunda-feira (4) que o povo vá às urnas no próximo dia 17 com "consciência e memória", ressaltando o caráter histórico e soberano das eleições gerais. As declarações foram feitas durante a cerimônia de entrega das moedas e cédulas comemorativas do Bicentenário da Independência, realizada na capital constitucional do país, Sucre.

      As informações são da agência Prensa Latina, que acompanha os eventos oficiais relacionados às comemorações dos 200 anos da independência da Bolívia.

      “Neste mês, o povo boliviano é chamado a decidir os rumos da nossa nação. As eleições não são um procedimento administrativo; são um ato de soberania popular tão importante quanto aqueles que marcaram a nossa história”, afirmou Arce, destacando a responsabilidade cívica diante do processo eleitoral.

      A duas semanas das eleições, que definirão o futuro político da Bolívia em meio a intensas disputas entre forças populares e setores conservadores, o presidente reforçou o papel do voto como instrumento de construção nacional. “Assim como ontem a espada foi empunhada ou a bandeira foi hasteada, hoje o compromisso se expressa com a consciência, com a memória e com uma visão clara do país que queremos para as gerações futuras”, declarou.

      O discurso foi proferido em meio às celebrações do Bicentenário da independência boliviana, marco histórico celebrado com a apresentação de moedas e notas comemorativas que, segundo Arce, representam não apenas a diversidade cultural e a trajetória histórica do país, mas também um chamado à continuidade da luta por soberania.

      “Essas peças também são um chamado à ação, porque 200 anos após a Independência, o desafio que enfrentamos é o mesmo que encorajou nossos libertadores a permanecerem unidos contra qualquer tentativa de nos dividir”, afirmou o chefe de Estado, ao destacar a importância de proteger os recursos naturais e consolidar os avanços do processo de mudanças iniciado com os governos do Movimento ao Socialismo (MAS).

      Arce sublinhou ainda que a Bolívia deve “defender firmemente nossas riquezas e recursos naturais, nutrir nosso processo de mudança, proteger tudo o que conquistamos até agora e continuar avançando”.

      Desde o início da semana, o presidente está em Sucre participando de uma série de atividades oficiais e eventos culturais que marcam o Bicentenário. A programação também tem caráter diplomático, com a presença de dezenas de delegações estrangeiras.

      A vice-ministra das Comunicações, Gabriela Alcón, informou em coletiva de imprensa que Arce manterá reuniões bilaterais com presidentes recém-eleitos e outras lideranças internacionais. “O presidente manterá reuniões bilaterais com os novos presidentes, bem como com outras delegações de 40 países”, afirmou.

      O vice-presidente David Choquehuanca também terá compromissos diplomáticos relacionados ao fortalecimento das relações bilaterais. Segundo Alcón, estão previstas a chegada de autoridades de alto nível de diversos continentes, entre elas delegações da China, Índia, Angola e Panamá, incluindo vice-presidentes, chanceleres e ministros.

      O evento em Sucre reforça o papel da Bolívia no cenário latino-americano e reafirma o esforço do atual governo em consolidar laços com o Sul Global, em um contexto em que a política internacional ganha peso nas decisões nacionais e regionais.

      As eleições de 17 de agosto se aproximam como um teste decisivo para a continuidade do projeto político liderado por Arce e pelo MAS, diante de uma oposição fragmentada, mas mobilizada. Com seu discurso, o presidente busca mobilizar o voto consciente dos bolivianos, evocando o passado de lutas e projetando um futuro de soberania e integração.

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