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Equador propõe base militar estrangeira antidrogas nas Ilhas Galápagos

Presidente Daniel Noboa quer instalar base em Baltra com apoio dos EUA para combater narcotráfico e pesca ilegal

REUTERS/Santiago Arcos (Foto: REUTERS/Santiago Arcos)

247 - O presidente do Equador, Daniel Noboa, anunciou na terça-feira (28) a proposta de instalação de uma base militar estrangeira no arquipélago das Ilhas Galápagos, com o objetivo de reforçar o combate ao narcotráfico e à pesca ilegal na costa do Pacífico.

A informação foi divulgada pelo jornal La Nación, que destacou o alinhamento de Noboa com a política antidrogas dos Estados Unidos, país comandado atualmente pelo presidente Donald Trump.

Durante o anúncio, Noboa afirmou que a escolha da ilha de Baltra tem motivações estratégicas e econômicas. “É preciso deixar bem clara a razão da escolha de Baltra: primeiro, a pesca ilegal; segundo, o narcotráfico; terceiro, o controle do tráfico de combustíveis que parte daquela região. Essa base não só garantirá segurança, mas também trará benefícios à população das Galápagos”, declarou o presidente.

A proposta surge em um contexto de crescente pressão internacional para conter as rotas de drogas que atravessam o Pacífico Sul, onde o Equador tem se tornado um ponto-chave nas operações de tráfico. O país vem enfrentando um aumento significativo da violência associada ao narcotráfico nos últimos anos, o que levou o governo a intensificar a cooperação com Washington.

De acordo com La Nación, os equatorianos decidirão por meio de referendo em 16 de novembro se aceitam ou não permitir a presença de bases militares estrangeiras em seu território. A Constituição do Equador, vigente desde 2008, proíbe explicitamente a instalação de forças estrangeiras permanentes no país.

A proposta de Noboa promete acirrar o debate nacional entre os que defendem a soberania equatoriana e aqueles que veem na parceria com os Estados Unidos uma oportunidade de reforçar a segurança e a infraestrutura do país.

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