<p><b>247 -</b> Os protestos no Equador chegaram nesta quarta-feira (8) ao 17º dia consecutivo, com registros de repressão policial, bloqueios de estradas e mobilizações em diferentes regiões do país. As manifestações, organizadas principalmente pela Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), intensificaram-se após a decisão do governo de eliminar o subsídio ao diesel.</p>
<p>De acordo com informações divulgadas pela Prensa Latina, a Fundação Regional de Assessoria em Direitos Humanos (Inredh) denunciou que houve “forte repressão” na comunidade de San Miguel del Común, no norte de Quito. A entidade afirma que policiais usaram em excesso gás lacrimogêneo e balas de borracha, o que deixou pelo menos uma pessoa ferida, além de outras vítimas levadas a hospitais.</p>
<h3><b>Denúncias de violência policial e resistência indígena</b></h3>
<p>Segundo a Conaie, agentes da polícia entraram na comunidade de forma violenta, lançando bombas de gás inclusive nas proximidades de escolas e residências, ignorando a presença de crianças e idosos. A organização relatou ainda que comunidades da província de Imbabura marcharam em direção à cidade de Ibarra em uma “jornada de resistência e dignidade”.</p>
<p>O Serviço Integrado de Segurança ECU 911 confirmou o fechamento de rodovias em três províncias — Chimborazo, Imbabura e Pichincha — em decorrência das manifestações.</p>
<h3><b>Ataque à comitiva presidencial gera controvérsia</b></h3>
<p>As tensões aumentaram após um episódio na província de Cañar, no sul do país, quando a comitiva do presidente Daniel Noboa foi atacada durante protestos em El Tambo. O governo afirma que cerca de 500 pessoas lançaram pedras contra os veículos oficiais e que havia inclusive marcas de tiros no carro do presidente. A ministra do Meio Ambiente e Energia, Inés Manzano, apresentou denúncia ao Ministério Público, alegando tentativa de assassinato de Noboa.</p>
<p>No entanto, um relatório da Polícia Nacional, revelado pelo jornal <i>El Mercurio</i>, contradiz a versão do Executivo. O documento aponta que não foram encontradas “evidências balísticas” após o ataque, mas sim danos provocados por objetos contundentes, que feriram um policial e três militares.</p>
<h3><b>Conaie rejeita acusações de tentativa de homicídio</b></h3>
<p>A Conaie repudiou as acusações do governo e afirmou que a entrada da comitiva presidencial em uma “zona de resistência” foi uma provocação deliberada. “O Estado deve garantir a segurança do presidente sem expor a população civil ou usar visitas oficiais como provocação política. Essas decisões refletem a postura belicosa do governo Daniel Noboa”, declarou a organização em comunicado.</p>
<p>Segundo a entidade, os veículos oficiais foram apedrejados, mas não alvejados por armas de fogo, como alegado anteriormente pelo Executivo.</p>
<h3><b>Reivindicações além do preço do combustível</b></h3>
<p>Embora a eliminação do subsídio ao diesel tenha sido o estopim, as reivindicações vão além do tema energético. Os manifestantes também exigem melhorias em áreas como saúde, educação e segurança pública, além da redução do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) de 15% para 12%.</p>
<p>De acordo com dados do Ministério do Interior, 117 pessoas foram presas desde o início das manifestações, cinco delas somente no último dia. O impasse segue sem perspectiva de diálogo direto entre o governo e os movimentos sociais, ampliando a incerteza sobre a evolução da crise no país andino.</p>

José Reinaldo

Protestos prosseguem há mais de duas semanas no Equador

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América Latina

Protestos no Equador entram no 17º dia com novos confrontos e bloqueios de estradas

<p><b>247 -</b> O presidente do Equador, Daniel Noboa, foi alvo de uma tentativa de assassinato nesta terça-feira (7), segundo afirmou o governo equatoriano. O atentado ocorreu na província de Cañar, região central do país, quando a caravana presidencial chegava a um evento público.</p>
<p>De acordo com a ministra de Energia, Inés María Manzano, o veículo em que estava o presidente foi atingido por disparos e pedras lançadas por uma multidão de cerca de 500 pessoas. Noboa não se feriu, e pelo menos cinco pessoas foram presas.</p>
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet" data-media-max-width="560"><p lang="pt" dir="ltr">🇪🇨 O carro do presidente Daniel Noboa, do Equador, foi atacado com pedras e paus ao cruzar um bloqueio numa estrada.<br/><br/>Noboa, que enfrenta uma onda de protestos de povos indígenas contra o aumento do preço do diesel, disse que “não vai permitir que um grupo de vândalos impeça o… <a href="https://t.co/kEGmtA0e2f">pic.twitter.com/kEGmtA0e2f</a></p>&mdash; Eixo Político (@eixopolitico) <a href="https://twitter.com/eixopolitico/status/1975677187744276518?ref_src=twsrc%5Etfw">October 7, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
<blockquote>&nbsp;“Disparar contra o carro do presidente, jogar pedras, danificar patrimônio do Estado — isso é crime. Não vamos permitir isso”, afirmou Manzano, <a href="https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/10/07/daniel-noboa-presidente-do-equador-ataque.ghtml">conforme noticiado pelo portal g1</a>.&nbsp;</blockquote>
<p>A ministra também disse que uma denúncia formal de tentativa de assassinato foi apresentada ao Ministério Público do Equador.</p>
<h2>Governo promete processar envolvidos por terrorismo</h2>
<p>Em nota publicada nas redes sociais, a Presidência do Equador disse que o ataque foi realizado por “desestabilizadores obedecendo ordens de radicalização”, e confirmou que todos os detidos serão processados por terrorismo e tentativa de assassinato.</p>
<blockquote>&nbsp;“Tentaram impedir, pela força, a entrega de uma obra destinada a melhorar a vida de uma comunidade. Mas não conseguiram nos deter: chegaremos a cada rincão do país, onde as famílias precisam de obras e serviços”, afirmou o comunicado oficial.</blockquote>
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet"><p lang="es" dir="ltr">A pesar del ataque de un grupo a la caravana presidencial en Cañar, que se dirigía a anunciar la construcción de la planta de tratamiento en la provincia por USD 4.5 millones que beneficiará a 26.000 habitantes, a entregar el sistema de alcantarillado de Sigsihuayco de USD… <a href="https://t.co/VJQIymtjwf">pic.twitter.com/VJQIymtjwf</a></p>&mdash; Presidencia Ecuador 🇪🇨 (@Presidencia_Ec) <a href="https://twitter.com/Presidencia_Ec/status/1975659377240523162?ref_src=twsrc%5Etfw">October 7, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
<p>A comitiva presidencial seguia para o anúncio da construção de uma planta de tratamento de água, orçada em US$ 4,5 milhões, além da entrega de sistemas de esgoto em Sigsihuayco e Quilloac, que somam US$ 1,7 milhão em investimentos.</p>

Guilherme Paladino

O presidente do Equador, Daniel Noboa, e o veículo oficial que o transportava durante o atentado

Presidente do Equador sofre tentativa de assassinato, diz ministra

<p><b>247 – </b>O governo do Equador confirmou que os Estados Unidos estão analisando locais para instalar unidades do Departamento de Segurança Nacional (DHS, na sigla em inglês) no território equatoriano. A informação foi divulgada pela <b>Sputnik Brasil</b>, que entrevistou especialistas sobre os impactos dessa decisão e o papel que Quito pode desempenhar na estratégia de Washington na América Latina.</p>
<p>Segundo o governo de Daniel Noboa, a secretária de Segurança Nacional dos EUA, Kristi Noem, deverá visitar o país ainda em outubro para “definir já a localização das bases” de sua pasta. Embora o presidente equatoriano aguarde até 16 de novembro, quando será realizado um referendo sobre a autorização de bases militares estrangeiras, o processo de cooperação com os EUA já está em curso.</p>
<h2>Uma novidade fora das fronteiras dos EUA</h2>
<p>A iniciativa não envolve o Pentágono nem o Comando Sul, mas o DHS, órgão criado após os atentados de 11 de setembro de 2001 com o objetivo de coordenar agências de segurança interna dos EUA. Hoje, o departamento reúne 22 instituições, como a Guarda Costeira, o Serviço Secreto, a Imigração e o Controle de Alfândega.</p>
<p>“O diferencial desse tipo de base é que são menores do que as tradicionais, mas funcionam em rede, aproveitando a infraestrutura militar e de segurança local”, explicou à Sputnik a mestre em Estudos Latino-Americanos e pesquisadora do Observatório do Lawfare, Tamara Lajtman. Ela comparou a iniciativa com os chamados <b>Forward Operating Locations (FOLs)</b>, instalados em El Salvador e Curaçao, mas ressaltou que o caso equatoriano tem caráter civil, o que abre um novo precedente.</p>
<h2>Críticas e alertas sobre violações de direitos</h2>
<p>Para o analista político Decio Machado, trata-se de um movimento preocupante. “Esse é um órgão do governo norte-americano que, nas últimas duas décadas, assumiu um poder imenso dentro da estrutura estatal dos EUA”, afirmou.</p>
<p>Segundo ele, o DHS se tornou “a agência de segurança com o maior número de violações aos direitos civis nos EUA”, com acusações de espionagem, interceptação de comunicações e perseguição a lideranças sociais. “Sob o pretexto de combater o narcotráfico, estão sendo implantados mecanismos de controle sobre as dissidências políticas”, alertou.</p>
<p>Machado também sugeriu que o presidente Noboa pode usar essa cooperação para vigiar opositores internos. “Isso seria um experimento, um laboratório para fazer o mesmo em outros países latino-americanos”, afirmou, mencionando ainda a possibilidade de acordos semelhantes com aliados de Washington, como a Argentina.</p>
<h2>O interesse estratégico nas Ilhas Galápagos</h2>
<p>A pesquisadora Tamara Lajtman destacou que não se pode dissociar esse movimento do interesse dos EUA nas Ilhas Galápagos, território equatoriano de importância geopolítica no Oceano Pacífico. Ela lembrou que em março de 2025 o embaixador dos EUA no Equador, Art Brown, visitou o arquipélago e reforçou a necessidade de acordos de segurança, após a permissão inédita para entrada de navios de guerra norte-americanos sob a justificativa de combate ao narcotráfico.</p>
<p>Para Lajtman, a disputa global com a China torna as ilhas ainda mais estratégicas, tanto para “defesa hemisférica” — em torno do Canal do Panamá e do corredor transístmico — quanto para funções ofensivas de vigilância das rotas rumo ao Pacífico Sul. “O que vemos é um projeto de criar um polo de segurança no Pacífico”, concluiu.</p>

Redação Brasil 247

Daniel Noboa em Santa Elena, Equador - 13/4/2025   

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Equador será 'laboratório' dos EUA para expandirem sua segurança nacional na América Latina

<p><b>247 - </b>Após dez dias consecutivos de paralisações em todo o Equador, o movimento indígena prepara novas medidas de pressão contra o governo de Daniel Noboa. A Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) anunciou que suas lideranças se reunirão nesta quinta-feira (2) para avaliar os próximos passos da mobilização nacional.</p>
<p>De acordo com a <b>Telesur</b>, a Conaie declarou que “a resistência do povo continua inabalável” apesar da repressão estatal. O movimento afirma que as reivindicações seguem firmes, enquanto o Executivo insiste em rotular os manifestantes de “terroristas”.</p>
<p><b>Mobilizações seguem apesar da repressão</b></p>
<p>No balanço feito pela Conaie na quarta-feira, a entidade destacou: <i>“Dez dias de greve nacional se passaram, e a resistência do povo continua inabalável. O governo de Daniel Noboa está respondendo com repressão, mas nossas reivindicações permanecem firmes e justas”</i>.</p>
<p>As mobilizações têm ocorrido em diversas províncias, sobretudo na região da Serra Norte, onde comunidades de Imbabura e Pichincha mantêm bloqueios e marchas. Em Quito, estudantes e artistas protestaram em frente à Universidade Central com manifestações culturais, mas foram dispersados pela polícia com bombas de gás.</p>
<p>Segundo a Aliança de Organizações por Direitos Humanos, já foram registrados 92 feridos, 100 detidos e dez desaparecidos desde o início da greve. Entre os desaparecidos estão duas mulheres idosas.</p>
<p><b>Divergências sobre o diálogo</b></p>
<p>Enquanto a Conaie mantém a paralisação, a Federação dos Povos Kichwa da Serra Norte emitiu uma nota propondo “trégua temporária” como gesto de boa fé para iniciar um processo de diálogo com o governo. No entanto, essa decisão gerou críticas internas. Representantes dos povos Kichwa Karanki e Kichwa Otavalo classificaram a posição do presidente da Federação, Mesías Flores, como “arbitrária”, alegando falta de consulta às bases.</p>
<p><b>Reivindicações do movimento</b></p>
<p>Entre os principais pontos exigidos pelo movimento indígena estão:</p>
<p>Revogação do decreto que eliminou o subsídio ao diesel</p>
<p>Redução do Imposto ao Valor Agregado (IVA) de 15% para 12%</p>
<p>Libertação dos manifestantes presos</p>
<p>Fim da expansão da mineração e da exploração petrolífera</p>
<p>Para as organizações sociais, o “verdadeiro terrorismo” não está nas ruas, mas nas políticas econômicas vinculadas ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e na violência do Estado contra os cidadãos mobilizados.</p>
<p>As lideranças indígenas devem definir nas próximas horas a estratégia para os próximos dias de paralisação, enquanto cresce a tensão entre a repressão policial e os setores que buscam um espaço de negociação.</p>

"Dez dias de greve nacional se passaram e a resistência popular continua", anunciou a CONAIE. Foto: @CONAIE_Ecuador

Movimento indígena do Equador define novas ações após dez dias de greve

<p><b>247</b> - A Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) acusou o governo do presidente Daniel Noboa de fazer, propositalmente, corte de eletricidade, sinal de telefone e internet em áreas onde se concentram mobilizações conhecidas como mobilizações como Paro Nacional, contra a crise econômica no país. </p>
<p>A organização acusou o Estado de aplicar um “apagão informativo” como parte da repressão contra os povos mobilizados, após o assassinato, neste domingo (28), do líder indígena Efraín Fuerez. O relato saiu no<a href="https://www.almaplus.tv/noticias/28414/ecuador--denuncian-cortes-de-luz-e-internet-para-silenciar-p"> AlmaPlus</a>. </p>
<p>Na região de El Cajas, a Conaie denunciou que as autoridades desligaram a iluminação pública, bloquearam o acesso às redes sociais e interromperam as comunicações para impedir a divulgação de denúncias sobre a violência estatal.</p>
<p>“No setor de El Cajas, forte repressão contra os povos mobilizados. O Estado apaga as luzes, bloqueia as redes sociais e corta o sinal telefônico para silenciar as denúncias”, afirmou a organização em suas redes sociais.</p>
<h2>Protestos e violência</h2>
<p>Os protestos começaram após decreto presidencial que eliminou o subsídio ao diesel. Por consequência, aumentou o preço do combustível de US$ 1,80 para US$ 2,80 por galão. A Conaie exige a revogação imediata da medida e a libertação de todos os manifestantes detidos.</p>
<p>Enquanto aumentam os protestos no Equador, o país vive com a violência cada vez mais preocupante. Neste fim de semana, o vereador de Durán, Hugo Obando, foi assassinado em um ataque armado, junto com seu segurança, em um caso de execução.</p>
<p>O crime ocorreu menos de uma semana após o assassinato do diretor financeiro da Prefeitura de Durán, Javier Bolaños.</p>
<p>A cidade tem índices alarmantes de homicídios: 145,98 por 100 mil habitantes em 2024 e 103,31 apenas no primeiro semestre de 2025, segundo dados do Observatório Equatoriano de Crime Organizado (OECO).</p>
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet"><p lang="es" dir="ltr">⭕ <a href="https://twitter.com/hashtag/ALERTA?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#ALERTA</a> | En el sector de El Cajas, la represión se intensifica.<br/>La fuerza pública intenta acallar la resistencia apagando las luces, cortando la señal de internet y teléfono.<br/><br/>Quieren incomunicar y aislar a los pueblos.<a href="https://twitter.com/hashtag/ParoNacional2025?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#ParoNacional2025</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/EnUnidad?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#EnUnidad</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/CONAIE?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#CONAIE</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/Ecuador?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Ecuador</a> <a href="https://t.co/lxQBWGeLUO">pic.twitter.com/lxQBWGeLUO</a></p>— CONAIE (@CONAIE_Ecuador) <a href="https://twitter.com/CONAIE_Ecuador/status/1972502248665346249?ref_src=twsrc%5Etfw">September 29, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Leonardo Lucena

Daniel Noboa corta luz e internet para silenciar protestos no Equador, denuncia confederação

<p><b>247 - </b>O presidente do Equador, Daniel Noboa, decreteu um estado de exceção, após protestos populares contra o fim do subsídio governamental ao diesel.</p>
<p>O estado de exceção se aplica a sete das 24 províncias do país. Nesta semana, a administração neoliberal de Noboa decidiu revogar o subsídio ao combustível, o que eleva o custo por litro de 1,80 para 2,80 dólares.</p>
<p>A medida pegou de surpresa os trabalhadores do setor de transportes. Manifestantes decidiram bloquear diferentes estradas para exigir a suspensão do aumento, o que, em mandatos anteriores, também havia gerado descontentamento.</p>
<p>De acordo com o jornalista Oscar Rotundo, do site PIA Global, os aumentos são resultado das políticas neoliberais adotadas durante o governo Noboa.</p>
<p>Em <a href="https://noticiaspia.com/ecuador-resistencia-popular-contra-el-narco-estado-de-noboa/">artigo na terça-feira (16)</a>, o autor resumiu: "Os movimentos sociais e sindicais, junto com os estudantes, representam a resistência aos planos de ajuste que Daniel Noboa pretende impor para consolidar seu narco-estado fraudulento, alinhado à estratégia continental de Marco Rubio e Donald Trump, que buscam desestabilizar a região a fim de garantir o controle dos recursos naturais e a expansão de suas forças militares no continente".&nbsp;</p>

Leonardo Sobreira

Noboa decreta estado de exceção no Equador em meio a protestos por aumento nos combustíveis

<p><b>247 - </b>O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou que o país está disposto a considerar a possibilidade de enviar tropas ao Equador, mais de 15 anos após o governo anterior ter solicitado a retirada das forças norte-americanas. Durante uma coletiva de imprensa em Quito, na quinta-feira, Rubio comentou sobre a crescente aproximação entre os dois países, que tem sido marcada por uma postura mais alinhada com a administração de Daniel Noboa, atual presidente do Equador. “Se eles nos convidarem a retornar, consideraremos isso com muita seriedade, porque é um pedido de um aliado em uma região muito estratégica do mundo”, disse Rubio aos repórteres.</p>
<p>O comentário de Rubio ocorre no contexto de uma reaproximação entre os dois países, que começou nos últimos dois anos com a chegada do presidente Daniel Noboa ao cargo. Ao contrário de seu antecessor, Rafael Correa, que não renovou um acordo que permitia aos EUA o uso da base aérea de Manta em 2009, Noboa tem adotado uma postura mais aberta para fortalecer as relações com os Estados Unidos, especialmente nas questões relacionadas ao narcotráfico e segurança regional.</p>
<p>Atualmente, o presidente Noboa está trabalhando para reformar a constituição do Equador, a fim de possibilitar novamente a presença de bases militares estrangeiras no país. Durante a coletiva, Rubio também anunciou que os Estados Unidos destinarão mais de 13 milhões de dólares ao Equador para ajudar no combate ao narcotráfico e à criminalidade. "O Equador está enfrentando uma ameaça externa como nunca foi enfrentada por qualquer administração anterior", disse Rubio.</p>

Luis Mauro Filho

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio - 16/07/2025

Mundo

Em visita ao Equador, Marco Rubio afirma que EUA estão abertos a enviar tropas ao país

<p><b>Lucas Pordeus León, repórter da Agência Brasil -</b> O chefe da diplomacia dos Estados Unidos (EUA), o secretário de Estado Marco Rubio, viajou ao México nesta terça-feira (2) e, em seguida, vai ao Equador para discutir medidas de combate às drogas em meio às ameaças de invasão militar dos EUA contra a Venezuela.</p>
<p>A Casa Branca acusa o governo da Venezuela de liderar um cartel de drogas e, sob esse argumento, tem mobilizado navios militares na costa do país caribenho. A acusação de que a Venezuela seria um “narcoestado” é rejeitada por especialistas em mercado mundial de drogas.</p>
<p>Em nota, o órgão equivalente ao Ministério das Relações Exteriores dos EUA informou que as visitas desta semana ao México e ao Equador vão tratar das prioridades-chave da Casa Branca, entre elas, as “ameaças narcoterroristas”.</p>
<p>“Isso inclui medidas rápidas e decisivas para desmantelar cartéis, interromper o tráfico de fentanil, acabar com a imigração ilegal, reduzir o déficit comercial, promover a prosperidade econômica e neutralizar atores malignos extraterritoriais”, diz o comunicado.</p>
<p>Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (2), a presidenta do México, Claudia Sheinbaum (ao centro na foto), descartou que a Casa Branca possa intervir diretamente em território mexicano contra os cartéis de drogas do país latino-americano.</p>
<p>“Não aceitamos interferência, violação do nosso território ou subordinação, mas sim colaboração entre nações em igualdade de condições. É isso que colocamos na mesa e foi aceito”, disse a presidenta na tradicional coletiva matinal à imprensa.</p>
<h2>Venezuela</h2>
<p>Já o governo venezuelano diz estar pronto para enfrentar um possível ataque dos EUA. Em coletiva de imprensa à mídia internacional nessa segunda-feira (1º), o presidente Nicolás Maduro afirmou que os EUA mobilizaram oito embarcações de guerra e um submarino nuclear, com 1,2 mil mísseis, apontados contra o país sul-americano.</p>
<p>“É uma ameaça extravagante, injustificável, imoral e absolutamente criminosa e sangrenta", disse Maduro, acrescentando que declarará o país uma “república em armas” caso seja atacada pelos EUA.</p>
<p>O presidente venezuelano argumenta que essa é a maior ameaça ao país dos últimos 100 anos e que o secretário Marco Rubio quer arrastar o governo Donald Trump para uma guerra na América Latina e no Caribe.</p>
<p>“Querem arrastá-lo para um banho de sangue, para que seu sobrenome, Trump, fique manchado de sangue para sempre. Com um massacre contra o povo da Venezuela, com uma guerra terrível contra a América do Sul e o Caribe, porque isso seria uma guerra generalizada em todo o continente”, alertou o chefe do Palácio Miraflores, em Caracas.</p>
<p>No início de agosto, Washington dobrou, para US$ 50 milhões, a recompensa por informações que levem à captura de Maduro, acusando as autoridades venezuelanas de liderarem um cartel de drogas.</p>
<p>Para Maduro, o combate às drogas é apenas um pretexto para mudar o sistema político do país, como Trump tentou fazer no primeiro mandato ao apoiar a autoproclamação do então deputado Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, em 2019.</p>
<p>“As drogas produzidas na América do Sul são originárias da Colômbia, Equador e Peru, e saem principalmente pela costa do Pacífico. Apesar disso, Washington não enviou nenhuma frota para essas águas, revelando um claro padrão duplo”, ponderou o presidente venezuelano.</p>
<p>O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, voltou a criticar qualquer ação militar contra o país vizinho, argumentando que isso arrastaria também a Colômbia para o conflito.</p>
<p>“Na grande pátria de Bolívar não pode haver nada além de soberania nacional; nem no Panamá, nem no Equador, nem na Colômbia, nem na Venezuela deve haver subserviência servil aos estrangeiros. A região deve coordenar sua política antidrogas com os estrangeiros em igualdade de condições”, afirmou em uma rede social.</p>
<h2>Equador</h2>
<p>Após visitar o México, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, segue para o Equador, onde deve se reunir com o presidente Daniel Noboa (à direita no foto) na quinta-feira (4). Noboa lidera um governo que tem se mostrado alinhado com a política da Casa Branca para a América Latina.<br/>
Ele planeja realizar, em dezembro, uma consulta popular para eliminar a proibição de instalar bases militares estrangeiras dentro do território equatoriano.</p>
<p>Devido ao desmantelamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farcs) desde 2016, o tráfico de drogas tem migrado para o Equador, que viu a violência ligada ao narcotráfico explodir nos últimos anos, levando a taxa de homicídios a saltar de 7,8 por 100 mil habitantes, em 2020, para 45,7, em 2023.</p>
<p>Nesse contexto, Noboa tem aumentado a militarização da segurança pública e declarou o país em “conflito armado interno”. Nessa segunda-feira, o governo mudou toda a cúpula militar do país sob a justificativa de fortalecer as Forças Armadas “nesta nova fase da guerra que livra o Equador do crime organizado”.</p>
<h2>Bananas e cocaína</h2>
<p>Sobre a visita do secretário Rubio ao Equador, Maduro questionou por que os EUA escolheram o Equador como parceiro no combate ao narcotráfico na região, uma vez que os relatórios sobre drogas da <a href="https://www.unodc.org/documents/data-and-analysis/cocaine/Global_cocaine_report_2023.pdf" target="_blank">Organização das Nações Unidas (ONU)</a> e da União Europeia (UE) apontam o país como uma das principais rotas mundiais da cocaína.</p>
<p>O presidente da Venezuela associou Daniel Noboa ao tráfico de drogas, uma vez que o pai do presidente equatoriano, o empresário Álvaro Noboa, é dono da maior empresa de exportação de bananas do país.</p>
<p>Apreensões de cocaína em carregamento de bananas do Equador têm sido comuns. A polícia do Equador, inclusive, estimou que cerca de 70% da cocaína contrabandeada é introduzida em carregamentos de banana, segundo informou a Reuters.</p>
<p>“As empresas de Daniel Noboa, que é uma família exportadora de bananas, foram encontradas traficando drogas para a Europa. Metem cocaína nas bananas. Ah, isso não é dito. Por que se calam? Para que sejam governadores subordinados, títeres dos interesses do império estadunidense”, acusou Maduro à imprensa nessa segunda, em Miraflores.</p>
<p>Por sua vez, Noboa adotou um programa de governo inspirado em El Salvador de “mão dura” contra o crime e o narcotráfico, tendo sido reeleito em abril deste ano para um mandato de quatro anos à frente do país sul-americano.</p>

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio

Secretário de Trump, Marco Rubio viaja ao México e Equador enquanto ameaça Venezuela

<p><b>247 - </b>O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu em Brasília, na segunda-feira (18), o presidente do Equador, Daniel Noboa Azín, em visita oficial que marcou a retomada das relações bilaterais no mais alto nível após quase duas décadas. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou declaração conjunta dos presidentes nesta quarta-feira (20).</p>
<h2>Comércio e integração econômica</h2>
<p>Durante o encontro, Lula e Noboa reafirmaram o interesse em fortalecer a integração econômica, eliminando barreiras comerciais e modernizando o Acordo de Complementação Econômica nº 59. Também celebraram a entrada em vigor do Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI), considerado um marco para dar mais segurança e previsibilidade às relações empresariais.</p>
<p>O presidente brasileiro anunciou ainda a reabertura do mercado nacional para a banana equatoriana, começando pela versão desidratada e avançando para a in natura até o fim do ano. Lula também ressaltou a expectativa de retomar as importações de camarão do Equador, ao mesmo tempo em que defendeu a ampliação do mercado equatoriano para produtos brasileiros, como a carne suína.</p>
<h2>Segurança e combate ao crime organizado</h2>
<p>Os dois líderes concordaram em intensificar ações conjuntas contra o crime organizado transnacional, incluindo narcotráfico, tráfico de armas, contrabando de pessoas e crimes ambientais. Como parte desse esforço, Brasil e Equador anunciaram a instalação de adidâncias policiais em Brasília e Quito ainda este ano, medida que deve agilizar o intercâmbio de inteligência e o planejamento de operações conjuntas.</p>
<h2>Cooperação ambiental e climática</h2>
<p>A proteção da Amazônia foi um dos pontos centrais da reunião. Os presidentes manifestaram preocupação com o avanço do desmatamento, do tráfico de fauna e flora e da mineração ilegal. Reforçaram o compromisso de atuar no âmbito da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e de chegar à COP30, que será realizada em Belém do Pará, com uma posição conjunta sobre clima e financiamento florestal.</p>
<p>Brasil e Equador também apoiaram o lançamento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), iniciativa que busca mobilizar recursos de longo prazo para a conservação das florestas.</p>
<h2>Acordos assinados e novas áreas de cooperação</h2>
<p>Os dois países assinaram memorandos de entendimento em áreas estratégicas como:</p>
<ul>
  <li>combate à fome e à pobreza;</li>
  <li>cooperação em inteligência artificial;</li>
  <li>agricultura familiar e desenvolvimento agrário.</li>
</ul>
<p>Além disso, foi anunciada a ampliação da parceria em saúde pública, biotecnologia, cibersegurança, transformação digital e educação, com destaque para o intercâmbio de diplomatas entre o Instituto Rio Branco e a Academia Diplomática do Equador.</p>
<h2>Integração regional e cenário internacional</h2>
<p>Lula e Noboa reafirmaram o compromisso com a integração latino-americana, especialmente no âmbito da CELAC, e manifestaram apoio à realização da X Cúpula das Américas, marcada para dezembro de 2025, na República Dominicana. Ambos defenderam a reforma do Conselho de Segurança da ONU, com maior participação de países da América Latina e Caribe, e expressaram preocupação com as crescentes tensões geopolíticas globais.</p>
<p>Ao final do encontro, Lula parabenizou Noboa pela vitória eleitoral em abril deste ano, e o presidente equatoriano agradeceu a solidariedade do Brasil em doações humanitárias e pelo acolhimento durante sua estadia em Brasília.</p>

Guilherme Levorato

Brasil e Equador reforçam laços com acordos em comércio, segurança e meio ambiente

<p><b>247 -</b> O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta segunda-feira (18), no Palácio do Planalto, o presidente do Equador, Daniel Noboa Azin, em visita oficial que marca a reaproximação das relações entre os dois países após um hiato de quase 18 anos desde a última vez em que um mandatário equatoriano esteve no Brasil.</p>
<p>Durante o encontro, Brasil e Equador assinaram memorandos de entendimento em áreas estratégicas como combate à fome e à pobreza, inteligência artificial e capacitação de profissionais em infraestruturas de computação de alto desempenho. Também foram firmadas cooperações em políticas públicas de agricultura familiar, desenvolvimento rural sustentável, transição agroecológica, abastecimento alimentar, produção orgânica e redução do desperdício.</p>
<p>“É uma oportunidade para reaproximar dois países amigos”, afirmou Lula, ao lado de Noboa. O presidente equatoriano reforçou a necessidade de superar divisões: “As discussões ideológicas são página virada. Precisamos procurar soluções para as pessoas”, disse.</p>
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">Iniciamos uma semana de muito trabalho e com muita disposição. Hoje recebemos no Palácio do Planalto o presidente do Equador, Daniel Noboa.<br/><br/>Esta visita supre um hiato de quase dezoito anos desde a última vez em que um mandatário equatoriano esteve no Brasil. É uma oportunidade… <a href="https://t.co/UOp1fgOsky">pic.twitter.com/UOp1fgOsky</a></p>&mdash; Lula (@LulaOficial) <a href="https://twitter.com/LulaOficial/status/1957505593855381828?ref_src=twsrc%5Etfw">August 18, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
<h2>Transição energética e Amazônia</h2>
<p>Lula destacou que Brasil e Equador possuem matrizes elétricas quase totalmente renováveis e compartilham o bioma amazônico. Ele mencionou a COP30, que será realizada em Belém, como momento crucial para apresentar soluções globais: “Dentro de poucos meses, a Amazônia será o epicentro das soluções para o planeta”. O presidente brasileiro agradeceu ainda o apoio de Noboa ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre, iniciativa que o Brasil pretende lançar para beneficiar os países membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica.</p>
<h2>América Latina como potência</h2>
<p>Noboa defendeu que os países da região têm condições de se consolidar como uma potência global. “É importante vermos a América Latina como uma região única e temos uma oportunidade de ouro para torná-la uma potência. Uma potência na área de justiça e de dignidade, e oferecer aos nossos filhos uma vida melhor, assim como aos nossos netos e assim por diante. E são esses assuntos que nos unem aqui", afirmou.</p>
<h2>Cooperação em segurança pública</h2>
<p>Outro ponto central do encontro foi o combate às organizações criminosas. Lula anunciou que o Brasil reabrirá a adidância da Polícia Federal em Quito e ampliará a cooperação com o Equador. “Só conseguiremos deter as redes criminosas que se espalharam pela América do Sul agindo juntos”, destacou.</p>
<h2>Comércio bilateral</h2>
<p>O presidente brasileiro também defendeu maior equilíbrio nas trocas comerciais entre os dois países. Em 2024, a corrente de comércio alcançou US$ 1,1 bilhão, com superávit de US$ 850 milhões para o Brasil. “Estamos dispostos a trabalhar por um comércio mais equilibrado, reduzindo barreiras a produtos equatorianos”, disse Lula.</p>
<p>Atualmente, as exportações brasileiras para o Equador incluem papel e cartão, automóveis de passageiros, trigo e calçados. Já as importações do país vizinho são compostas principalmente por chumbo, sucata de metais, pescados, artigos de confeitaria e produtos plásticos.</p>

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião restrita com o Presidente da República do Equador, Daniel Noboa. Palácio do Planalto

Lula e Noboa defendem reaproximação Brasil-Equador e firmam acordos em energia, agricultura e combate ao crime

<p><b>247 -</b> O presidente do Equador, Daniel Noboa, elogiou, nesta segunda-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela calorosa recepção, destacou a cooperação no tema da segurança e projetou um futuro de prosperidade nos laços bilaterais, durante sua visita oficial à Brasília-DF.&nbsp;</p>
<p>"Um problema que não se pode combater sozinho", disse Noboa, citando práticas como tráfico de drogas. "Isso prejudica a nossa juventude e os nossos povos", disse o presidente equatoriano em coletiva de imprensa, após a assinatura de atos.</p>
<p>"Vamos fazer tudo no nosso alcance para aumentar o volume de comércio com o Brasil e de intercâmbio de informação e conseguir, de uma vez por todas, a integração da rota entre o Brasil e os portos de Guyaquil e Manta, por ferrovia, rodovia ou hidrovia", disse, ao defender uma "visão de unidade" entre os países vizinhos.&nbsp;</p>
<p>"É importante vermos a América Latina como uma região única, e transformá-la numa potência", disse. "Esses assuntos nos unem aqui. As discussões ideológicas são página virada".&nbsp;</p>
<p>O presidente Lula afirmou que as divergências políticas não podem impedir nosso objetivo maior. Ele também fez questão de destacar as convergências entre os dois países, em especial na área ambiental. “Compartilhamos a missão de cuidar dos nossos habitantes”.&nbsp;</p>
<p>Lula também defendeu a necessidade de união no combate à criminalidade, destacando ações que já são conduzidas e prometendo fazer "muito mais". O presidente ainda defenceu ampliar o comércio entre as duas nações.&nbsp;</p>

Brasília (DF), 18/08/2025 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Equador, Daniel Noboa, durante cerimônia de assinatura de atos e declaração à imprensa, no Palácio do Planalto

Noboa, presidente do Equador, defende rota comercial do Brasil até portos do país

<p><b>247 - </b>Em Brasília, após receber o presidente do Equador, Daniel Noboa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (18) que o combate ao crime organizado na região não exige “classificar organizações criminosas como terroristas nem violar a soberania alheia”.&nbsp;</p>
<p>No pronunciamento, Lula também defendeu a regulação das plataformas digitais, ao alertar que “nossas sociedades estarão sob constante ameaça sem regulação das big techs”.&nbsp;</p>
<h2>Cooperação policial na amazônia</h2>
<p>Lula vinculou a mensagem a iniciativas recentes de integração transfronteiriça. “Em junho, o Brasil inaugurou em Manaus o Centro Internacional de Cooperação Policial da Amazônia, que vai fortalecer a coordenação no combate a ilícitos nessa região”, disse. O centro — oficialmente chamado de Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI Amazônia) — iniciou as atividades em 17 de junho, coordenado pela Polícia Federal, com foco em crimes transnacionais e possibilidade de integração de agentes dos países amazônicos.</p>
<p>Ao enfatizar a necessidade de atuação conjunta, Lula declarou: “Só conseguiremos combater as redes criminosas que se espalharam pela América do Sul agindo juntos”. O Brasil tem sustentado, em linha com sua legislação, que ampliar o rótulo de terrorismo a facções do crime organizado não é a via adequada. Por outro lado, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou que o Pentágono prepare opções para o uso de força militar contra cartéis de drogas na América Latina e classificou organizações criminosas como terroristas.</p>
<h2>Recado a trump e defesa da soberania</h2>
<p>Num recado direto ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Lula afirmou: “Não é preciso classificar organizações criminosas como terroristas nem violar a soberania alheia para combater o crime organizado”. O governo brasileiro já havia rechaçado, em maio, uma sondagem da administração Trump para rotular facções brasileiras como terroristas, sob o argumento de que tal mudança não se ajusta ao marco legal nacional e poderia produzir efeitos contraproducentes.</p>
<h2>Big techs e combate ao crime na esfera digital</h2>
<p>O presidente também levou o debate para o ambiente online: “As redes digitais não devem ser terras sem lei, em que é possível atentar impunemente contra a democracia, incitar o ódio e a violência. Erradicar a exploração sexual de crianças e adolescentes é uma imposição moral e uma obrigação do poder público”. Ao tratar da regulação de plataformas, Lula reiterou que a resposta às ameaças digitais demanda marcos regulatórios e coordenação entre Estados, tema que deve seguir na pauta regional.</p>

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