Díaz-Canel: “A Revolução Cubana está de pé e lutando”
Presidente cubano reafirma autenticidade da Revolução Cubana e apela à mobilização popular
247 - Durante o encerramento da 5ª Sessão Ordinária da Assembleia Nacional do Poder Popular, correspondente à 10ª Legislatura, o presidente de Cuba e primeiro-secretário do Comitê Central do Partido Comunista, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, reafirmou nesta sexta-feira (18) o caráter autêntico e profundamente popular da Revolução Cubana. A declaração foi feita diante dos deputados e da presença do general-de-exército Raúl Castro Ruz, líder histórico da Revolução. As informações são da agência Prensa Latina.
Em um discurso firme, marcado por apelos à resistência e à unidade nacional, Díaz-Canel definiu a sessão como uma genuína expressão da sociedade cubana: “Esta foi uma verdadeira assembleia do povo, porque seus debates foram os debates da sociedade cubana hoje”. Para ele, os posicionamentos dos parlamentares refletiram os enormes desafios enfrentados atualmente, mas também deixaram evidente “a impressionante disposição deste povo para lutar quando as coisas ficam difíceis. Sem pessimismo, sem derrotismo, sem desânimo”, frisou.
Segundo o presidente, a Revolução Cubana continua de pé e resistindo, mesmo diante de adversidades históricas e contemporâneas, graças ao seu enraizamento na luta popular. “Não somos um acidente da história. Somos a consequência lógica de uma história de resistência e rebelião contra o abuso e a injustiça, que tem razões muito profundas para acreditar em sua própria força”, declarou, reforçando a legitimidade do processo revolucionário iniciado em 1959.
Díaz-Canel voltou a denunciar com veemência o bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos, que representa o maior obstáculo ao desenvolvimento nacional. “Rejeito a posição dos inimigos do povo, que elogiam as supostas conquistas do país antes de 1959, mas são incapazes de denunciar o bloqueio do governo americano”, afirmou. A postura hostil do presidente dos EUA, Donald Trump, é responsável por agravar os problemas econômicos do país.
Mesmo diante das restrições impostas, o presidente cubano destacou a necessidade de buscar soluções com criatividade e participação popular. “Todas as soluções dependem inteiramente da nossa capacidade de prever, antecipar os acontecimentos e enfrentá-los com inteligência, esforço e inovação. Mas, acima de tudo, com a participação essencial do povo”, disse.
No discurso, o mandatário também compartilhou impressões sobre suas recentes viagens pelo país, onde disse ter encontrado “sabedoria, resiliência e entusiasmo” nas comunidades, elementos que, segundo ele, comprovam a vitalidade da Revolução e o compromisso do povo com a defesa da dignidade nacional.
A presença de Raúl Castro na sessão reforçou o sentido de continuidade histórica e legitimidade da liderança atual. O discurso de Díaz-Canel consolidou a linha de resistência ativa, baseada no protagonismo popular, como resposta às dificuldades internas e às agressões externas. A mensagem é clara: a Revolução Cubana permanece viva, autêntica e comprometida com a justiça social.