Presidente cubano conclama por aumento da produção e ruptura com a inércia econômica
“O princípio que norteia nosso programa de correção de distorções é justamente o fortalecimento da produção interna", afirma Díaz-Canel
247 - O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, conclamou nesta segunda-feira (14) a sociedade e o Parlamento a romperem a inércia produtiva e a concentrarem esforços no aumento da produção nacional, como condição essencial para reorganizar a economia do país. As declarações foram feitas durante uma reunião da Comissão Econômica da Assembleia Nacional do Poder Popular, preparatória à quinta sessão ordinária do Parlamento.
“O princípio que norteia nosso programa de correção de distorções é justamente o fortalecimento da produção interna. Esta estratégia é fundamental, pois contém respostas aos desafios atuais e, com sua implementação participativa, poderemos ajustá-la com base nas experiências territoriais”, afirmou Díaz-Canel, segundo informações da Prensa Latina.
O chefe de Estado fez um apelo aos parlamentares para que modifiquem sua abordagem diante das dificuldades econômicas. “Muitas vezes tentamos resolver os problemas redistribuindo recursos escassos, mas devo dizer com responsabilidade: a atual renda do país é insuficiente até mesmo para adquirir matérias-primas essenciais que permitiriam incrementar a produção nacional”, alertou.
Díaz-Canel insistiu que o caminho da retomada econômica passa pelo fortalecimento da produção local. Segundo ele, isso permitirá ampliar exportações, aumentar o ingresso de divisas, substituir importações, romper com a mentalidade dependente de compras externas e, principalmente, reforçar a defesa da produção nacional como eixo estratégico.
“Se continuarmos apenas distribuindo escassez, sem gerar novas fontes de receita, estaremos presos num ciclo vicioso. Precisamos de esquemas produtivos que não apenas utilizem moeda estrangeira, mas que também a gerem, revertendo esse valor em benefício do país”, destacou o presidente.
Ele também advertiu que esquemas fechados de alocação de moeda — quando não associados ao aumento da geração de divisas — podem perpetuar a escassez de recursos. “Se esses esquemas não forem capazes de reativar a produção e as exportações, e continuar contribuindo com recursos para a conta central do Estado, não haverá dinheiro suficiente para atender outras necessidades do país”, alertou.
O mandatário ainda enfatizou a necessidade de realizar investimentos produtivos mais eficazes e de adotar uma gestão mais estratégica no comércio exterior. Nessa direção, mencionou como oportunidades importantes a ampliação das relações econômicas com a União Econômica Eurasiática e com o grupo BRICS, que vêm ganhando protagonismo no cenário internacional.
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