Cuba denuncia bloqueio dos EUA em fórum da ONU
Representantes culturais cubanos alertam em Genebra sobre os efeitos do bloqueio de Washington na vida cultural e educacional da ilha
247 - Durante a 60ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, realizada em Genebra, na Suíça, a União de Escritores e Artistas de Cuba (UNEAC) denunciou os impactos do bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos. A informação foi divulgada pela agência Prensa Latina, que destacou a fala da presidente da entidade representando a vanguarda intelectual e artística do país.
Segundo a reportagem, a dirigente da UNEAC alertou que o cerco norte-americano contra Cuba se intensificou nos últimos anos, prejudicando não apenas os criadores e a produção artística, mas também ameaçando a sustentabilidade do sistema educacional cubano, reconhecido pelo acesso universal e gratuito.
Cultura como resistência e identidade
Apesar das dificuldades impostas pelo bloqueio, a presidente da UNEAC ressaltou que Cuba mantém uma rede sólida de instituições culturais e dispõe de uma estrutura legal dedicada à preservação do patrimônio. Além disso, destacou a existência de mecanismos de apoio estatal à produção cultural, com preços subsidiados que garantem amplo acesso da população às expressões artísticas.
“Nossa oferta cultural é inclusiva e não discrimina com base em sexo, raça, idade, crenças religiosas ou habilidades”, afirmou, ressaltando que o direito de participar da vida cultural — seja como público ou como criador — é um princípio central da política cultural cubana.
Defesa da identidade nacional
Em sua intervenção, a dirigente da UNEAC também enfatizou que a democratização da vida cultural é uma conquista irreversível do povo cubano. Ela defendeu ainda a cultura como componente essencial da vida espiritual da população e instrumento de preservação da identidade nacional.
A denúncia de Cuba na ONU reforça a postura de resistência diante de políticas consideradas hostis, ao mesmo tempo em que busca reconhecimento internacional para os avanços sociais e culturais da ilha, mesmo sob as restrições impostas pelo bloqueio norte-americano.