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Chanceler cubano condena pressões e manipulações dos EUA na ONU

Ministro afirma que Washington usa lobby com mentiras para reduzir apoio ao fim do bloqueio contra Cuba

Bruno Rodríguez (Foto: Reprodução (ONU))

247 - O chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, utilizou a rede social X nesta terça-feira (7), para denunciar práticas do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Em sua publicação, afirmou que Washington está promovendo uma campanha de lobby com informações falsas, pressionando países aliados para diminuir o respaldo internacional à resolução da Assembleia Geral da ONU contra o bloqueio econômico imposto à ilha.

De acordo com a agência Prensa Latina, o ministro das Relações Exteriores destacou que tais ações têm objetivos claros. “Ela busca enganar a comunidade internacional e ocultar os graves danos causados às famílias cubanas”, escreveu o diplomata.

Na mensagem, o chanceler cubano responsabilizou diretamente a condução da política externa norte-americana. “O Departamento de Estado dos EUA, seguindo a agenda corrupta de seu Secretário, faz lobby com mentiras e pressiona aliados para reduzir o apoio à resolução da #AGNU contra o bloqueio de #Cuba”, afirmou.

As declarações foram feitas a poucas semanas da votação da resolução 79/7, marcada para os dias 28 e 29 de outubro na Assembleia Geral da ONU. Nessa reunião, Cuba apresentará mais uma atualização sobre a “Necessidade de acabar com o embargo econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba”.

Impactos econômicos do bloqueio

O relatório oficial divulgado recentemente em Havana detalha as consequências do embargo no período de março de 2024 a fevereiro de 2025. Segundo o documento, os prejuízos materiais alcançaram 7,5 bilhões de dólares apenas nesse intervalo.

A política, em vigor há mais de seis décadas e intensificada nos últimos anos, já acumula perdas históricas de US$ 170,6 bilhões a preços atuais. Se comparado ao valor do ouro, o montante ultrapassa os US$ 2,1trilhões. 

Expectativa para a votação

A resolução que Cuba leva anualmente à Assembleia Geral da ONU costuma receber ampla maioria de votos favoráveis, refletindo o isolamento da posição norte-americana sobre o tema. Para o governo de Havana, as recentes pressões de Washington confirmam a estratégia de tentar enfraquecer esse consenso internacional e reduzir o impacto político da votação.

Com o novo relatório em mãos e em meio às acusações do chanceler, a expectativa é de que o debate no final de outubro reforce novamente o peso diplomático do tema na arena internacional.

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