Aviação brasileira mira 200 milhões de passageiros, diz CEO da Latam
Jerome Cadier, da Latam Airlines Brasil, vê demanda recorde pós-pandemia e projeta avanço de quase 8% no mercado aéreo neste ano
247 - Em entrevista ao podcast Na Sua Cesta, da Exame, o CEO da Latam Airlines Brasil, Jerome Cadier, afirmou que o transporte aéreo no país tem espaço para um novo salto. Ele propôs um marco simbólico: “como temos mais de 200 milhões de habitantes, queremos celebrar 200 milhões de passageiros. Por que não?”.
Ao detalhar a trajetória recente do setor, Cadier retomou dados e tendências. Segundo ele, o número de viajantes no Brasil mais que triplicou em uma década, impulsionado pela expansão nos anos 2000 e pela queda do preço das passagens naquele período. “A gente começou a década com 30 milhões de passageiros e a gente terminou a década com 100 milhões. Então em dez anos o mercado triplicou. O que ninguém lembra é que o preço caiu pela metade. Voar, no começo da década de 2000, era duas vezes mais caro do que foi no final da década de 2000. Então, sim, teve um preço muito mais baixo”, disse.
Na sequência, veio uma etapa de estagnação entre 2010 e o início de 2020, na avaliação do CEO. “O mercado ficou em torno de 100 milhões e 110 milhões de passageiros. O preço foi caindo um pouquinho, muito em função da dinâmica competitiva, porque ali já tinha Avianca, Azul, Gol, Latam. Mas o mercado como um todo não cresceu, refletindo também um pouquinho economicamente o país, que não cresceu”, afirmou.
Cadier também descreveu o impacto da pandemia sobre as operações. “Aí vem a pandemia. A gente, em algum momento, chegou a voar muito pouco. Teve um dia que a gente chegou a não decolar nenhum voo, na parte mais dura da pandemia". Hoje, porém, o cenário é de recuperação e superação dos níveis pré-crise: “a gente já está quase 20% acima do que a gente estava antes da pandemia. A gente está nos melhores níveis de demanda e passageiros, do mercado como um todo, que a gente teve na década de 2010 inteira".
O balanço apresentado por Cadier aponta, portanto, para um setor mais robusto e com perspectiva de expansão contínua. “O mercado voltou e já está um pouco maior, e a expectativa é que neste ano ele cresça em relação ao ano passado — mercado como um todo — praticamente 8%”, concluiu.
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