<p><b>247 -</b> O CEO da Latam Brasil, Jerome Cadier, afirmou nesta segunda-feira (22) que a decisão da companhia de adquirir aeronaves da Embraer representa “o maior movimento estratégico da Latam depois da fusão [entre a LAN e a TAM]”, em 2010. Em entrevista ao <a href="https://valor.globo.com/empresas/noticia/2025/09/22/acordo-com-embraer-e-maior-movimento-desde-a-fusao-entre-lan-e-tam-diz-ceo-da-latam-brasil.ghtml">Valor Econômico</a>, Cadier destacou que o acordo — que prevê até 74 jatos E195-E2, dos quais 24 já confirmados — vai redefinir a malha aérea da empresa nos próximos anos.</p>
<p>Segundo o executivo, a chegada dos novos modelos abre a possibilidade de até 35 novos destinos, a maioria em território brasileiro. Hubs como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza e Porto Alegre estão no radar para receber as primeiras operações. “A gente percebeu o quão bem se encaixava uma aeronave da Embraer na nossa estratégia de malha. É uma aeronave com número de assentos menor que a família A320 e, com isso, conseguimos dar continuidade ao crescimento de rotas”, explicou.</p>
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">Excelente notícia, ministro <a href="https://twitter.com/Silvio_CFilho?ref_src=twsrc%5Etfw">@Silvio_CFilho</a>. A Embraer é uma potência da engenharia nacional. Esta entrega consolida a empresa como uma das maiores fabricantes de aeronaves do mundo e fortalece nossa indústria e nosso setor aéreo. Mais emprego, renda e desenvolvimento para o… <a href="https://t.co/JgNW4xYFjq">https://t.co/JgNW4xYFjq</a></p>&mdash; Lula (@LulaOficial) <a href="https://twitter.com/LulaOficial/status/1970135773446885861?ref_src=twsrc%5Etfw">September 22, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
<p>Cadier afirmou que a Latam se apressa agora para definir as novas rotas em até seis meses, já que a estreia dos E2 na frota está prevista para cerca de um ano. Ele adiantou que as conversas com governos estaduais sobre incentivos de ICMS serão parte essencial do processo.</p>
<p>O CEO também ressaltou que o mercado brasileiro ganhou importância dentro do grupo após o fim da recuperação judicial em 2022. Antes da pandemia, a Latam operava 44 destinos no país; hoje já são 59, com meta de chegar a 70 até o fim de 2025. “A gente conseguiria chegar a mais o menos 70 destinos [com o A320], mas ainda assim forçando”, avaliou.</p>
<h2>Reforma Tributária pode afetar</h2>
<p>Apesar do otimismo, Cadier alertou para o risco da reforma tributária em discussão no Congresso. Segundo ele, a carga de impostos sobre passagens domésticas — atualmente em 9% — pode saltar para algo próximo de 27%, encarecendo tarifas e reduzindo a capacidade de investimento da empresa.</p>
<p>“O quanto a gente vai exercer dessa opção [de 50 aeronaves adicionais] vai depender do quanto a gente vai ser penalizado na aviação pela reforma tributária. [...] A gente não está querendo redução de imposto. Estamos buscando manutenção da carga tributária atual. A reforma deve aumentar entre quatro a cinco vezes o recolhimento de imposto e ela desalinha o Brasil com todos os outros países", disse.</p>
<p>Para Cadier, a escolha do E195-E2 foi “puramente comercial e técnica”, e consolida a Embraer como parceira-chave da Latam em um novo ciclo de expansão.&nbsp;</p>

Guilherme Paladino

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Economia

Compra de jatos da Embraer é "maior movimento desde fusão LAN e TAM", diz CEO da Latam Brasil

<p><b>247 - </b>Em entrevista ao podcast Na Sua Cesta, da Exame, o CEO da Latam Airlines Brasil, Jerome Cadier, afirmou que o transporte aéreo no país tem espaço para um novo salto. Ele propôs um marco simbólico: “como temos mais de 200 milhões de habitantes, queremos celebrar 200 milhões de passageiros. Por que não?”.</p>
<p>Ao detalhar a trajetória recente do setor, Cadier retomou dados e tendências. Segundo ele, o número de viajantes no Brasil mais que triplicou em uma década, impulsionado pela expansão nos anos 2000 e pela queda do preço das passagens naquele período. “A gente começou a década com 30 milhões de passageiros e a gente terminou a década com 100 milhões. Então em dez anos o mercado triplicou. O que ninguém lembra é que o preço caiu pela metade. Voar, no começo da década de 2000, era duas vezes mais caro do que foi no final da década de 2000. Então, sim, teve um preço muito mais baixo”, disse.</p>
<p>Na sequência, veio uma etapa de estagnação entre 2010 e o início de 2020, na avaliação do CEO. “O mercado ficou em torno de 100 milhões e 110 milhões de passageiros. O preço foi caindo um pouquinho, muito em função da dinâmica competitiva, porque ali já tinha Avianca, Azul, Gol, Latam. Mas o mercado como um todo não cresceu, refletindo também um pouquinho economicamente o país, que não cresceu”, afirmou.</p>
<p>Cadier também descreveu o impacto da pandemia sobre as operações. “Aí vem a pandemia. A gente, em algum momento, chegou a voar muito pouco. Teve um dia que a gente chegou a não decolar nenhum voo, na parte mais dura da pandemia". Hoje, porém, o cenário é de recuperação e superação dos níveis pré-crise: “a gente já está quase 20% acima do que a gente estava antes da pandemia. A gente está nos melhores níveis de demanda e passageiros, do mercado como um todo, que a gente teve na década de 2010 inteira".</p>
<p>O balanço apresentado por Cadier aponta, portanto, para um setor mais robusto e com perspectiva de expansão contínua. “O mercado voltou e já está um pouco maior, e a expectativa é que neste ano ele cresça em relação ao ano passado — mercado como um todo — praticamente 8%”, concluiu.</p>
<div class="embed-block"><iframe src="https://www.linkedin.com/embed/feed/update/urn:li:ugcPost:7364255139882237952?compact=1" height="399" width="504" frameborder="0" allowfullscreen="" title="Publicação incorporada"></iframe></div>

Guilherme Levorato

Turismo

Aviação brasileira mira 200 milhões de passageiros, diz CEO da Latam

<p><b>247 –</b> O Brasil será o centro das atenções do setor aéreo global no próximo ano. A Latam Airlines, em parceria com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), anunciou que será a anfitriã da 82ª Reunião Geral Anual (AGM) e da Cúpula Mundial de Transporte Aéreo (WATS), o maior e mais importante evento da aviação mundial, que acontecerá no Rio de Janeiro em junho de 2026. A informação foi antecipada nesta segunda-feira (2) durante a Assembleia Geral de 2025 da IATA, realizada em Nova Délhi, na Índia.</p>
<p>O encontro reunirá cerca de 1.700 executivos de alto escalão de 350 companhias aéreas de todo o mundo, além de representantes de governos, fabricantes — incluindo a brasileira Embraer — e outros atores da cadeia de valor da aviação. Desde 1946, a AGM é realizada anualmente em diferentes partes do mundo, e esta será apenas a segunda vez que o Brasil sediará o evento, 27 anos após sua última edição no país.</p>
<p>A Latam será a anfitriã deste evento. A escolha é um reconhecimento da importância da região, da cidade do Rio de Janeiro e da confiança na aviação sul-americana, destaca a companhia, que há meses vinha articulando a candidatura junto à IATA. O tema foi discutido, inclusive, em audiências com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reuniões com a participação do CEO da Latam, Jerome Cadier.</p>
<h3><b>O que torna esse evento tão relevante</b></h3>
<p>A AGM e a WATS são consideradas o epicentro das decisões estratégicas da aviação global. O evento não apenas debate os temas operacionais, comerciais e geopolíticos mais urgentes do setor, como também serve de palco para anúncios de investimentos, novas alianças e iniciativas regulatórias. A edição de 2026 no Brasil terá ainda maior peso, diante dos desafios enfrentados pela indústria aérea, como transição energética, conectividade regional, sustentabilidade e volatilidade econômica.</p>
<p>Além de discutir o futuro da aviação global, a edição brasileira proporcionará ao país uma visibilidade inédita. O evento atrairá cobertura da imprensa internacional e terá impacto positivo na economia local, especialmente no turismo e na rede de serviços do Rio de Janeiro.</p>
<h3><b>Uma conquista para o Brasil</b></h3>
<p>A escolha do Rio de Janeiro como sede representa um marco para o setor aéreo nacional e reforça o papel estratégico do Brasil na aviação mundial. O retorno da IATA ao país depois de quase três décadas é também simbólico: num momento de reorganização da geopolítica global, o protagonismo de países do Sul Global vem sendo reconhecido por organismos e entidades de relevância internacional.</p>
<p>A expectativa da Latam e da IATA é que a edição de 2026 não apenas eleve o debate sobre os rumos da aviação, mas também aproxime os grandes players do setor das realidades e oportunidades existentes na América Latina, promovendo um ambiente propício à inovação e à integração regional.</p>

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