247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se recusou, nesta quarta-feira (26), a esclarecer se impediria a reunificação da China com Taiwan caso Pequim optasse pelo uso da força. Conforme relatado pela agência Reuters, questionado por um jornalista durante uma reunião ministerial na Casa Branca, Trump desconversou: "Eu nunca comento sobre isso. Eu não quero nunca me colocar nessa posição".
A declaração sinaliza que Trump pode manter a política de "ambiguidade estratégica" tradicional dos EUA, evitando indicar se interviria militarmente na questão.
O atual mandatário estadunidense enfatizou nesta nova gestão que deseja boas relações com a China, especialmente no setor de investimentos. Ainda assim, os EUA seguem armando Taiwan e incentivando movimentos separatistas na ilha, em contradição ao compromisso assumido com Pequim desde 1979, quando Washington reconheceu a República Popular da China como única representante legítima do país.
O governo chinês reforça que Taiwan é uma província inseparável de seu território e que a reunificação nacional é um objetivo histórico inegociável. Pequim mantém a preferência por uma solução pacífica e defende o modelo de "um país, dois sistemas", mas denuncia interferências externas.

Guilherme Paladino

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump 

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Mundo

Trump evita comentar política dos EUA sobre Taiwan e reforça desejo de boas relações com a China

247 - O Comando do Teatro Leste do Exército de Libertação Popular da China (PLA) se manifestou, nesta quarta-feira (12), sobre uma passagem de navios de guerra dos Estados Unidos pelo Estreito de Taiwan, alertando para os riscos de segurança na região, <a href="https://www.globaltimes.cn/page/202502/1328279.shtml">de acordo</a> com reportagem do Global Times. Segundo um comunicado do porta-voz do Comando, o destróier USS Ralph Johnson e o navio de pesquisa oceanográfica USNS Bowditch transitaram pelo estreito entre segunda-feira (10) e quarta-feira (12), sendo monitorados de perto por forças navais e aéreas chinesas.
A movimentação marca a primeira incursão naval americana na área em 2025. Diferentemente de operações anteriores, que costumam durar apenas um dia, esta transição se estendeu por três dias, supostamente devido à presença do navio de pesquisa, que pode ter coletado dados oceanográficos e realizado vigilância submarina na região.
O porta-voz chinês Li Xi condenou a movimentação, afirmando que os Estados Unidos estão "enviando sinais errados" e aumentando os riscos de segurança no Estreito de Taiwan. Ele ressaltou que o Exército chinês permanece em estado de alerta máximo para "salvaguardar a soberania e a estabilidade regional".
Pequim reforça oposição a interferências externas - Em resposta à incursão americana, Zhu Fenglian, porta-voz do Escritório de Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado chinês, reiterou que a questão de Taiwan é um dos "interesses centrais" da China e que Pequim "não permitirá qualquer interferência externa". Ela instou Washington a respeitar o princípio de Uma Só China e a cumprir os três comunicados conjuntos sino-americanos.
O Ministério das Relações Exteriores chinês também reagiu à presença dos navios americanos, declarando que o Estreito de Taiwan é parte do território chinês e que "questões relacionadas à soberania da China não têm relação com a liberdade de navegação".
Mudanças na estratégia de comunicação da China - A resposta chinesa a esta incursão difere das reações anteriores. Enquanto em novembro de 2024 a China descreveu a passagem de um avião de patrulha dos EUA pelo Estreito de Taiwan como "exagero midiático (public hype)", desta vez Pequim evitou o termo e se pronunciou rapidamente, logo após a conclusão da operação americana.
O especialista militar Zhang Junshe afirmou ao Global Times que essa mudança de postura indica que o Comando do Teatro Leste do PLA busca "contrapor narrativas falsas dos EUA" e fornecer informações "claras e transparentes" sobre a situação no Estreito de Taiwan. Ele também destacou que a duração prolongada da operação americana e o uso de um navio de pesquisa oceânica sugerem que os EUA podem estar coletando dados estratégicos sobre as condições marítimas da área.
O Exército chinês, por sua vez, demonstrou prontidão ao divulgar imagens temáticas do Festival das Lanternas, celebrado na China neste dia 12, com a legenda "O aroma dos bolinhos doces é ainda mais fragrante nos postos de combate". A mensagem simboliza que, mesmo durante festividades tradicionais, as tropas chinesas mantêm um alto nível de alerta e estão prontas para agir a qualquer momento, reforçando o compromisso com a segurança do país e a estabilidade do Estreito de Taiwan.

Navio de guerra dos EUA passa pelo Estreito de Taiwan (China)

China reage à incursão de navios dos EUA no Estreito de Taiwan e reforça alerta militar

247 - O Ministério do Comércio da China (MOFCOM) anunciou nesta terça-feira (14) a inclusão de sete empresas dos Estados Unidos na lista de entidades não confiáveis, em resposta à participação dessas companhias na venda de armas para a província de Taiwan, informa <a href="https://www.globaltimes.cn/page/202501/1326884.shtml">reportagem</a> do Global Times. A medida visa proteger a soberania, segurança e os interesses de desenvolvimento do país.
As empresas afetadas pela decisão são Inter-Coastal Electronics, System Studies &amp; Simulation, IronMountain Solutions, Applied Technologies Group, Axient, Anduril Industries e Maritime Tactical Systems. De acordo com o MOFCOM, essas companhias estão proibidas de realizar atividades de importação ou exportação relacionadas à China e não poderão fazer novos investimentos no país. Além disso, executivos seniores dessas empresas terão suas permissões de trabalho e vistos de residência revogados, sendo impedidos de entrar na China. Qualquer solicitação relacionada apresentada por essas empresas também não será aprovada.
A decisão entrou em vigor imediatamente. "As empresas dos EUA participaram da venda de armas para a região de Taiwan e realizaram cooperação técnica militar, prejudicando gravemente a soberania, segurança e os interesses de desenvolvimento da China", afirmou um porta-voz do MOFCOM. O governo chinês também informou que buscará responsabilização legal conforme as leis e regulamentos aplicáveis.
Nos últimos meses, os Estados Unidos intensificaram a venda de armamentos para a província de Taiwan, o que, segundo o governo chinês, viola seriamente o princípio de uma só China e os comunicados conjuntos assinados entre Pequim e Washington. "Essa prática representa uma grave ameaça à paz e à estabilidade no Estreito de Taiwan", destacou o porta-voz.
Apesar das sanções, a China enfatizou que a lista de entidades não confiáveis é aplicada com cautela e se destina apenas a organizações estrangeiras que representem riscos à segurança nacional. "Empresas estrangeiras honestas e que seguem as leis não têm motivo para preocupação", ressaltou o representante do MOFCOM. O governo chinês reiterou seu compromisso em manter um ambiente de negócios estável, justo e previsível para as empresas estrangeiras que atuam de maneira legal no país.

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