247 - A Justiça de Minas Gerais manteve, durante audiência de custódia, a prisão preventiva do empresário Renê da Silva Nogueira Junior, de 47 anos, acusado de assassinar o gari Laudemir de Souza Fernandes em Belo Horizonte. As informações são da <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/sudeste/mg/remedio-e-registro-fotografico-veja-pedidos-de-empresario-que-matou-gari/">CNN.</a> O crime, ocorrido após uma discussão no trânsito, foi enquadrado como homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e por dificultar a defesa da vítima.
Durante a audiência, o magistrado acatou dois pedidos feitos pela defesa do acusado. O primeiro garante que a unidade prisional forneça atendimento médico e medicamentoso contínuo, já que Renê faz uso de remédio controlado. O segundo proíbe que sejam feitos registros fotográficos do empresário dentro das instalações da prisão, medida que, segundo o juiz, visa preservar a imagem do réu enquanto estiver sob custódia do Estado.
O processo aponta que Renê se irritou com a presença de um caminhão de lixo na via, ameaçou a motorista do veículo e, em seguida, disparou contra Laudemir, que trabalhava no momento e não teve chance de reação. O juiz destacou, na decisão, a periculosidade social e a reiteração delitiva do empresário, que já responde por lesão corporal grave em São Paulo.
O magistrado também mencionou o fato de o acusado ter sido encontrado em uma academia logo após o crime: “Comete um crime desse porte, desse nível, e vai treinar numa academia?”. Segundo ele, esse comportamento reforça a gravidade do caso e a necessidade da prisão preventiva.
Renê possui ainda registros anteriores por agressões e uma morte no Rio de Janeiro. Para a Justiça, o conjunto de elementos demonstra que sua liberdade representa risco à ordem pública.

Laís Gouveia

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Sudeste

Preso, indicado como assassino do Gari Laudemir faz exigências

247 - A Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Minas Gerais instaurou um procedimento disciplinar e um inquérito para investigar a conduta da delegada Ana Paula Balbino Nogueira, após seu marido, o empresário René da Silva Nogueira Júnior, ser preso por matar o gari Laudemir de Souza Fernandes &nbsp;em Belo Horizonte. A informação foi divulgada pelo <a href="https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2025/08/13/quem-e-a-delegada-investigada-pela-policia-de-mg-apos-marido-matar-gari-a-tiros-em-briga-de-transito.ghtml">O Globo.</a>
René teve a prisão convertida em preventiva nesta quarta-feira (13), durante audiência de custódia. Ele é acusado de efetuar os disparos que atingiram o gari no peito, levando-o à morte. Testemunhas reconheceram o autor e forneceram dados da placa do veículo, o que ajudou na localização do suspeito. A polícia também apreendeu uma arma pertencente à delegada, que será periciada para determinar se foi utilizada no crime.
Em depoimento, Ana Paula negou qualquer conhecimento sobre a participação do marido no homicídio. Até o momento, não há elementos que a vinculem diretamente ao caso, e ela segue no exercício de suas funções.
<h3>Carreira e trajetória</h3>
Delegada desde 2013, Ana Paula é conhecida pela atuação na Casa da Mulher Mineira, unidade criada em 2022 para atender mulheres, crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica, familiar e sexual. Formada em Direito pela Faculdade Milton Campos, possui especialização em Direito Público pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) e mestrado profissional em Promoção da Saúde e Prevenção de Violência pela Faculdade de Medicina da UFMG.
Além de atuar na Polícia Civil, é professora, palestrante e autora de obras jurídicas, como o livro Violência Doméstica e Políticas Públicas de Enfrentamento. Já exerceu também o cargo de assessora de Articulação Interinstitucional da corporação junto à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais.
<h3>Dinâmica do crime</h3>
O homicídio ocorreu na manhã de segunda-feira (11), no bairro Vista Alegre, região Oeste da capital mineira. Conforme o boletim de ocorrência, René dirigia um carro da marca BYD quando se deparou com um caminhão de coleta de lixo vindo na direção contrária, em uma rua estreita. Irritado com a situação, teria ameaçado a motorista, dizendo que iria “atirar na cara dela” caso não fosse liberada a passagem.
De acordo com o delegado Matheus Moraes Barros, “todas as testemunhas foram uníssonas ao afirmar que o autor estava muito alterado”. Os garis tentaram acalmá-lo e manobraram o caminhão para abrir espaço. Ainda assim, o empresário teria freado bruscamente, retornado e sacado uma arma. “Ele passou, freou o carro bruscamente, voltou e deu um golpe na arma. O carregador caiu, ele reinseriu o carregador, apontou para a vítima, disparou e foi embora caminhando de forma tranquila, mas com aquele semblante de bravo”, descreveu o delegado.
A vítima foi socorrida e levada a um hospital de Contagem, mas não resistiu.
<h3>Comportamento após o assassinato</h3>
Segundo o delegado Evandro Radaelli, o empresário não demonstrou nervosismo após o crime. “Ele relatou o dia dele, que saiu de casa às 8h07, contou do itinerário na empresa e o do almoço, onde ele retornou à casa dele. Teria trocado de roupa, desceu para passear com os cachorros e depois foi para a academia, onde foi abordado.”
René foi preso na academia de alto padrão, no bairro Estoril, e encaminhado ao sistema prisional. Ele vai responder por homicídio qualificado — por motivo fútil e uso de recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima — e por ameaça.

Delegada de Minas é investigada após marido assasinar gari com sua arma

247 - &nbsp;Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, preso em flagrante por matar a tiros o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, em Belo Horizonte, já tinha passagem pela polícia por outro caso de morte. Em 2011, ele foi acusado de homicídio culposo (sem intenção de matar) após atropelar uma mulher de 50 anos no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.
A informação foi revelada pelo jornal<a href="https://www.otempo.com.br/cidades/2025/8/13/suspeito-de-atirar-em-gari-em-bh-ja-matou-mulher-no-rj-e-tem-extensa-ficha-criminal"> O Tempo</a>, com base no processo que apura a morte do gari na capital mineira. Além do acidente fatal, Renê também responde por outros crimes no Rio de Janeiro, sua cidade natal, incluindo lesão corporal contra uma mulher, extorsão e perseguição. Em um dos episódios, ele foi encaminhado ao Juizado Especial Criminal por agredir uma mulher em Belford Roxo.
Nesta quarta-feira (13), a Justiça mineira converteu a prisão em flagrante do empresário em prisão preventiva, atendendo a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Renê Júnior será transferido do Ceresp Gameleira, onde estava desde a prisão, para um presídio comum no estado.
<h2>O crime em Belo Horizonte</h2>
O assassinato do gari ocorreu na manhã de segunda-feira (11), no bairro Vista Alegre, região Oeste de Belo Horizonte. Testemunhas relataram que houve uma discussão no trânsito entre a motorista de um caminhão de lixo e um motorista de um carro de luxo, um BYD cinza, conduzido por Renê. Segundo o relato, ele desceu do veículo armado e ameaçou a motorista: “Vou atirar na sua cara”.
Laudemir, que trabalhava na coleta, teria tentado acalmar a situação, mas acabou baleado na região do tórax. Mesmo socorrido ao Hospital Santa Rita, em Contagem, não resistiu. Após o disparo, o autor fugiu. Horas depois, foi encontrado malhando em uma academia de alto padrão no bairro Estoril e preso sem resistência.
Conforme o delegado Evandro Radaelli, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a autoria foi confirmada com base em relatos de testemunhas, análise de imagens de câmeras, identificação da placa do veículo e características físicas do suspeito.
“Identificaram a placa do veículo e, com isso, a propriedade. A partir disso, conseguimos confirmar que ele passou pelo local do crime e colhemos depoimentos que confirmaram sua participação”, afirmou Radaelli.
<h2>Histórico e comportamento</h2>
Durante o depoimento à Polícia Civil, Renê negou ter envolvimento no homicídio. Disse que saiu de casa às 8h07 para ir até Betim, onde trabalha, e retornou no fim da tarde. Depois, afirmou ter passeado com os cães e ido à academia. A polícia agora analisa imagens de segurança para confrontar essa versão.
De acordo com o delegado Matheus Moraes, Renê não apresentava sinais de embriaguez ou uso de entorpecentes no momento da prisão. Ele também não possui porte legal de arma, fato que será investigado junto à Polícia Federal.
Segundo a polícia, a esposa de Renê, a delegada Ana Paula Lamego Balbino, não sabia que o marido era suspeito de homicídio até o momento da prisão.
<h2>A vítima: trabalhador e pai de família</h2>
Laudemir de Souza Fernandes era funcionário da empresa Localix Serviços Ambientais. Segundo colegas e familiares, era conhecido por sua postura tranquila, dedicação ao trabalho e apego à família. Ele deixou esposa, uma filha de 15 anos e duas enteadas.
“Ele tentou acalmar a confusão e acabou sendo atingido”, lamentou Ivanildo Gualberto Lopes, sócio-proprietário da Localix. “Agora está nas mãos da Justiça, e nós vamos acompanhar.”
O inquérito segue sob responsabilidade da Polícia Civil. Renê foi formalmente autuado por homicídio duplamente qualificado — por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima — e também por ameaça contra a motorista do caminhão.

Otávio Rosso

Renê da Silva Nogueira Júnior, suspeito de matar a tiros o Gari Laudemir de Souza Fernandes, em Belo Horizonte

Empresário acusado de matar gari em BH já havia respondido por homicídio culposo no RJ

247 - Renê da Silva Nogueira Júnior, 47 anos, suspeito de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, 44, em Belo Horizonte, é formado em Harvard e afirma ter quase três décadas de atuação como executivo em grandes empresas.&nbsp;
Ele foi detido pela Polícia Militar na tarde de segunda-feira (11), enquanto se exercitava em uma academia de alto padrão na região Centro-Sul da capital.
<h3>Perfil profissional</h3>
No LinkedIn, Renê se apresenta como executivo C-Level e declara ter 27 anos de experiência no setor de alimentos e bebidas, com passagens por empresas como Coca-Cola, Vigor, Red Bull e Ambev. Sua formação inclui PUC-Rio, FGV, Ibmec, USP, ESPM e Harvard Business School. Há menos de duas semanas, havia assumido o cargo de diretor de negócios da Fictor Alimentos LTDA, que afirmou repudiar “veementemente” a conduta e manifestou solidariedade à família da vítima.
<h3>Dinâmica do crime</h3>
O crime ocorreu por volta das 9h, no bairro Prado. De acordo com testemunhas, o caminhão de coleta de lixo onde Laudemir trabalhava estava parado para recolher resíduos quando o motorista de um BYD cinza, identificado como Renê, reclamou que o veículo atrapalhava o trânsito. Armado, ele teria ameaçado a condutora do caminhão, dizendo que “iria dar um tiro na cara” dela, recarregado a arma e disparado contra o gari, atingindo-o na região das costelas.
Laudemir foi socorrido ao Hospital Santa Rita, em Contagem, mas morreu em decorrência dos ferimentos. A perícia recolheu no local um cartucho intacto e outro deflagrado, ambos calibre .380. Após o disparo, o suspeito fugiu pela avenida Tereza Cristina e foi localizado horas depois.
(Com informações do portal O Tempo)

Luis Mauro Filho

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