Por Laís Gouveia, de Moscou, para o Brasil 247 — A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, realizou uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (17) na sede do ministério, em Moscou, com jornalistas da América Latina. Durante o encontro, Zakharova abordou questões relacionadas ao conflito entre Rússia e Ucrânia e destacou que o papel de seu país é promover a liberdade na região da Crimeia.
&nbsp;“A questão da Crimeia está resolvida. A população de lá pede a anexação de sua região à Rússia. E não estamos falando de militantes, mas de moradores locais que vivem ali e que têm esse forte sentimento de urgência pela independência da Ucrânia”, afirmou a porta-voz, explicando o que considera o cerne do conflito.
Zakharova também declarou que a União Europeia perdeu sua soberania nos últimos anos e citou a Ucrânia como exemplo. “O conflito começou com uma revolução colorida na Ucrânia e, desde então, o país perdeu sua soberania, passou a servir a interesses externos e seus laços de cooperação enfraqueceram.”
Ao ser questionada sobre o impacto das sanções contra a Rússia, Zakharova enfatizou que o país precisou desenvolver novas dinâmicas comerciais com outras nações — como os países membros do BRICS — e aumentar a produção interna de bens que antes eram importados. “Eles pensaram que as sanções provocariam uma onda de agitação e revolta popular, mas isso não aconteceu. Criamos novas possibilidades; eles calcularam mal.”
A Rússia também implementou outra estratégia em relação às grandes marcas que deixaram o país após as sanções. Alguns nomes venderam suas franquias a empresários russos, como o caso do Macdonald´s, que atualmente é "saboroso e ponto". Em outros casos, empresários criaram marcas selhantes, como o caso da Coca-Cola, que possui diversas versões na Rússia. Em outras palavras, a população continua consumindo &nbsp;produtos bem semelhantes, apenas sob novos nomes.&nbsp;
Próximos passos
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (16) que se reunirá com seu homólogo russo, Vladimir Putin, em Budapeste, Hungria, embora não tenha especificado uma data. O anúncio foi feito em suas redes sociais pouco depois de uma conversa telefônica com o líder russo, que o americano descreveu como “muito produtiva”.
“Putin e eu nos encontraremos em um local acordado em Budapeste para avaliar se podemos colocar fim a esta ‘guerra inglória’ entre Rússia e Ucrânia”, escreveu o presidente dos EUA.
Enquanto as negociações continuam, uma coisa é certa no Kremlin: a questão da região da Crimeia está resolvida.

Laís Gouveia

Maria Zakharova com jornalistas que participaram da coletiva(Photo: Kristina Shilova)Kristina Shilova

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Mundo

Maria Zakharova ao 247: Crimeia não é negociável, pois o povo clama por liberdade e anexação à Rússia

247 – Uma tentativa do Reino Unido, França e Alemanha de restaurar antigas sanções da ONU contra o Irã foi classificada como um ato de duplicidade pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova. As declarações foram feitas em seu canal no Telegram e repercutidas pela agência russa TASS.
Segundo Zakharova, os europeus acionaram de forma irregular o chamado snapback mechanism — procedimento que permitiria restaurar rapidamente as restrições do Conselho de Segurança contra Teerã. “As partes deveriam inicialmente considerar as reivindicações no mecanismo de resolução de disputas. E somente em caso de impasse total levar a questão ao Conselho de Segurança. Contrariando suas próprias alegações, Londres, Paris e Berlim ignoraram essas etapas e submeteram diretamente o documento ao Conselho”, afirmou.
<h2>Zakharova critica “truque ardiloso” e violação da Resolução 2231</h2>
A diplomata acusou os europeus de um “truque ardiloso” para contornar a Resolução 2231 da ONU, que regula o acordo nuclear com o Irã. Para ela, a manobra não apenas fere a legalidade, como também retira dos países europeus o direito de recorrer a mecanismos previstos em tratados internacionais.
“Isso parece uma duplicidade do ponto de vista do direito internacional: se você mesmo viola as regras, então perde o direito de usar os mecanismos nelas previstos. E eles são violadores em série da Resolução 2231”, declarou.
Zakharova ressaltou ainda que, quando determinadas restrições ao Irã expiraram em 18 de outubro de 2023, os europeus responderam impondo sanções próprias, à margem da ONU.
<h2>Rússia e China rejeitam tentativa europeia</h2>
A representante russa afirmou que o movimento dos europeus está ligado ao prazo do acordo nuclear, que expira em 18 de outubro de 2024. Segundo ela, Londres, Paris e Berlim estavam “sem tempo” e tentaram impor sua decisão antes do início da presidência russa no Conselho de Segurança.
Moscou e Pequim se opuseram à iniciativa, alegando que era necessário manter a integridade jurídica da resolução e buscar uma saída diplomática. “A questão não é apenas política, mas a aspiração de preservar a perfeição legal”, disse Zakharova.
Ela relatou que Rússia e China apresentaram, em 26 de setembro, uma última tentativa de manter a legitimidade e estender a Resolução 2231, o que poderia dar tempo para negociações e evitar uma escalada imprevisível. No entanto, os países ocidentais votaram contra.
<h2>“O Ocidente expôs o sistema à erosão”, diz Zakharova</h2>
Ao concluir, Zakharova acusou os europeus de violar dois princípios centrais do direito internacional: pacta sunt servanda (os acordos devem ser cumpridos) e a doutrina das mãos limpas. “O Ocidente expôs o sistema de freios e contrapesos à erosão”, criticou.
A crise revela mais um capítulo da disputa geopolítica em torno do programa nuclear iraniano e da validade do acordo firmado em 2015, abalado pela saída unilateral dos Estados Unidos em 2018 e pela contínua pressão das potências ocidentais.

Redação Brasil 247

Maria Zakharova, porta-voz da chancelaria russa

Zakharova acusa Europa de duplicidade ao tentar restaurar sanções contra o Irã

247 – A Rússia acusou a Ucrânia de ampliar sua ofensiva contra alvos civis e advertiu a União Europeia de que a escalada poderá atingir também seu território. A declaração foi feita pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, em entrevista à agência TASS, após o ataque com drones ao escritório do Caspian Pipeline Consortium (CPC), em Novorossiysk, no Mar Negro.
Zakharova destacou que o ataque não foi apenas contra a Rússia, mas também um recado direto a Bruxelas. “O regime de Kiev está atacando infraestrutura civil, instalações de geração de energia, aeroportos. Este é um sinal para a União Europeia: não deve ser surpresa para eles quando Bankovaya [rua onde fica a presidência ucraniana] começar a aprimorar suas habilidades terroristas cada vez mais, desta vez mirando seus próprios aeródromos, depósitos de petróleo e gasodutos”, declarou.
<h2>Escalada perigosa</h2>
A ofensiva de quarta-feira atingiu a região central de Novorossiysk, próximo ao Hotel Novorossiysk. Dois civis foram mortos e outros 12 ficaram feridos. O ataque também danificou 20 veículos, sete edifícios residenciais – incluindo prédios de vários andares – e o próprio hotel. Diante do cenário, as autoridades locais decretaram estado de emergência.
O Caspian Pipeline Consortium é uma rota estratégica para o transporte de petróleo do Cazaquistão até o porto russo no Mar Negro, de onde segue para diversos países, inclusive da União Europeia. O bombardeio, portanto, atinge em cheio não apenas a Rússia, mas também a segurança energética do bloco europeu.
Com tom crítico e provocativo, Zakharova alertou que, se a UE continuar apoiando Kiev, não poderá alegar surpresa caso sua própria infraestrutura seja atingida.

Maria Zakharova, porta-voz da Chancelaria russa

Zakharova critica Europa após ataque ucraniano ao consórcio do Cáspio

247 – O site RT destacou neste sábado (16) a reação da mídia ocidental ao encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, realizado em Anchorage, no Alasca. Segundo a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, a imprensa mergulhou em uma “histeria que beira a loucura completa” após a recepção de gala oferecida ao líder russo em território norte-americano.
O encontro representou a primeira visita de Putin aos Estados Unidos em mais de uma década e durou cerca de três horas. Putin foi recebido com tapete vermelho no aeroporto e sobrevoo de caças americanos, antes de seguir ao local da cúpula ao lado de Trump, no carro oficial da presidência. Embora nenhuma decisão concreta sobre a guerra na Ucrânia tenha sido anunciada, Trump descreveu a reunião como “calorosa” e afirmou que os dois países estão “bem próximos” de chegar a um entendimento. Putin, por sua vez, avaliou as conversas como “construtivas”.
<h2>A mudança de narrativa</h2>
Zakharova ironizou a transformação do discurso ocidental: “Durante três anos falaram sobre o isolamento da Rússia e hoje viram um tapete vermelho estendido para receber o presidente russo nos EUA”, disse a diplomata.
Os principais veículos da imprensa ocidental apresentaram a cúpula como uma vitória diplomática para Moscou. O Washington Post escreveu que “a cordialidade do encontro provocou choque na Ucrânia e na Europa”, lembrando que, em fevereiro, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky foi recebido na Casa Branca sob críticas duras de Trump, que o acusou de “ingratidão” e de “brincar com a Terceira Guerra Mundial”.
<h2>O incômodo da mídia ocidental</h2>
A rede britânica Sky News relatou surpresa pelo fato de Putin ter falado primeiro na coletiva de imprensa, “como se fosse o anfitrião e não Donald Trump”. Outro repórter do canal havia antecipado que o presidente russo poderia usar “seus poderes de sedução treinados pela KGB” para influenciar o líder americano.
Já a Bloomberg observou que, ao simplesmente convidar Putin para os Estados Unidos e oferecer-lhe audiência, Trump já havia concedido “uma vitória diplomática” a um líder até então considerado isolado. Em outro texto, a agência destacou que a cúpula “mostra o quanto a Europa pouco importa no universo de Trump”, já que nenhum líder europeu foi convidado para Anchorage.
<h2>O peso simbólico da visita</h2>
Para o Politico, o episódio foi descrito como o “triunfo do Alasca” de Putin. A CNN afirmou que “o isolamento de Putin terminou quando seu avião pousou em Anchorage”, acrescentando que o líder russo “voltou do frio”.
O tom das análises revela o incômodo do Ocidente com a quebra da narrativa de isolamento da Rússia, reforçada desde o início da guerra na Ucrânia. O encontro no Alasca, ainda que sem resultados práticos imediatos, foi interpretado como um gesto de reaproximação entre as duas maiores potências nucleares do planeta — e como um duro golpe simbólico nas estratégias de isolamento defendidas por Washington e seus aliados europeus.

Zakharova aponta “histeria que beira a loucura” na mídia ocidental após encontro Trump-Putin

247 - Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova disse que autoridades do país euroasiático demonstraram satisfação com a proposta de "coalizão da vontade" para criar força multinacional como plano de intervenção militar e tratará suas unidades na Ucrânia como alvos legítimos. O relato saiu na agência TASS. 
A diplomata fez o comentário após o gabinete do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmar em comunicado que o quartel-general de uma coalizão com o objetivo de fornecer assistência à Ucrânia ficará sediado em Paris, sob o comando de um general de alta patente. Um ano depois a instituição será transferida para Londres.
"Já declaramos repetidamente que o envio de forças armadas de outros países à Ucrânia, sob qualquer pretexto, seria totalmente inaceitável. Interpretamos isso como preparativos para uma intervenção militar estrangeira. Consideraremos essas supostas 'forças multinacionais' como alvos militares legítimos", disse Zakharova.
Anteriormente, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, criticou as ideias do Ocidente sobre a criação dessa força de assistência à Ucrânia, classificando-as como fantasias de quem "deseja brilhar no palco internacional".

Leonardo Lucena

Rússia tratará forças da 'coalizão da vontade' na Ucrânia como alvo militar, diz Ministério das Relações Exteriores

247 - A Rússia declarou estar acompanhando atentamente os movimentos dos Estados Unidos na área de política comercial, com especial atenção à possível adoção de tarifas que afetem países parceiros do grupo BRICS. A declaração foi feita nesta quarta-feira (9) pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, durante um briefing à imprensa.
“Estamos monitorando de perto as ações dos Estados Unidos no contexto de sua política comercial, incluindo a introdução de novas tarifas contra vários países, em particular, nossos parceiros do BRICS”, afirmou Zakharova, de acordo com a <a href="https://sputnikglobe.com/20250709/russia-is-monitoring-us-actions-in-framework-of-trade-policy-including-possible-tariffs-1122417531.html">Sputnik</a>. A diplomata acrescentou que as tarifas unilaterais impostas por Washington ferem as normas do livre comércio e representam um risco significativo à estabilidade da economia mundial.
A declaração russa foi feita após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizer na terça-feira (8) que os países que fazem parte do grupo Brics receberão uma tarifa de 10% sobre eles "muito em breve". "Qualquer um que faça parte do Brics receberá uma tarifa de 10% muito em breve", disse Trump durante uma reunião com integrantes do gabinete na Casa Branca.
Durante a coletiva, Zakharova também condenou o fornecimento de armas à Ucrânia por parte dos Estados Unidos. Para ela, essas ações contribuem diretamente para o prolongamento da guerra, agravam a instabilidade internacional e colocam em risco a segurança global.
“Temos afirmado repetidamente que o fornecimento de armas ao regime terrorista de Zelensky leva ao prolongamento das hostilidades, literalmente à destruição da Ucrânia e dos ucranianos”, disse. Segundo a porta-voz, esse apoio bélico “aumenta o risco de uma escalada descontrolada do conflito, da proliferação descontrolada de armas e de sua queda nas mãos de terroristas internacionais”.
Zakharova concluiu que tais práticas não contribuem para a construção de soluções pacíficas e apenas agravam a crise em curso no Leste Europeu.

Paulo Emilio

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Rússia diz monitorar ações dos EUA no âmbito da política comercial, incluindo possíveis tarifas contra o BRICS

247 - A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse nesta quarta-feira (11) que os protestos nos Estados Unidos são resultado da profunda crise do governo e da sociedade norte-americana.
"Citamos o atual presidente dos EUA [Donald Trump] porque o país está em uma crise profunda... Esta é uma questão complexa. Eles têm eleições, mas não têm eleições de verdade. As pessoas se odeiam. E isso não é um problema de um grupo específico, nem são 'agentes externos', como sempre insinuam. Não é a mão do Kremlin nem maquinações de Pequim. Este é um problema interno deles", declarou Zakharova à Rádio Sputnik.
No estado da Califórnia (EUA), manifestantes protestam contra o endurecimento de medidas contra imigrantes considerados ilegais pelo governo do presidente norte-americano, Donald Trump.&nbsp;
Em Los Angeles, houve confrontos e carros foram incendiados após a chegada da Guarda Nacional. As forças de segurança usaram gás lacrimogêneo e balas de borracha (com Sputnik).

Protestos nos EUA revelam profunda crise do país, diz Ministério das Relações Exteriores da Rússia

247 – A recusa da Ucrânia em receber os corpos de mais de 6 mil soldados mortos foi classificada como “autogenocídio” pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova. Segundo reportagem publicada neste sábado (8) pela emissora estatal RT, o governo ucraniano não compareceu ao ponto de troca na fronteira com Belarus, onde a Rússia aguardava para entregar os restos mortais dos militares ucranianos como gesto humanitário unilateral.
“Eles não precisam do seu povo, nem mortos, nem vivos”, afirmou Zakharova em seu canal no Telegram. “Não há nação ou grupo étnico no mundo que recuse enterrar seus soldados. Mas existe o regime de Kiev, que professa uma ideologia misantrópica e comete genocídio contra seu próprio povo.”
As negociações entre Rússia e Ucrânia ocorreram em Istambul na última segunda-feira. Ainda de acordo com a RT, o chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky, relatou que a parte ucraniana simplesmente não compareceu quando os primeiros corpos foram levados ao local combinado.
<h3>Críticas severas à postura de Kiev</h3>
O deputado russo Dmitry Belik, membro do Comitê de Assuntos Internacionais da Duma (parlamento russo), sugeriu que o governo do presidente Vladimir Zelensky estaria evitando a repatriação dos corpos para não ter de pagar indenizações às famílias dos mortos. “É assim que, pensando em encher seus próprios bolsos e não dar um centavo a seus cidadãos, o regime de Kiev conduz sua política sangrenta e destrói seu próprio povo”, afirmou.
Ex-analista do Pentágono, Michael Maloof endossou a tese financeira como possível explicação: “Acho que eles estão envergonhados pelos números. Ouvi que os valores a serem pagos às famílias ultrapassariam um bilhão de dólares – e eles não têm esse dinheiro.”
Já o presidente do Comitê de Relações Exteriores do Parlamento russo, Leonid Slutsky, classificou a atitude ucraniana como um exemplo de “cinismo raro” e desrespeito à memória dos próprios soldados caídos. “Numa guerra até o último ucraniano, eles estão exclusivamente focados em manter o poder, mesmo ao custo de verdadeiro sacrilégio”, declarou.
<h3>Justificativa oficial de Kiev</h3>
O governo ucraniano alegou que a recusa se deu porque a data para o recebimento dos corpos ainda não havia sido acordada entre as partes. No entanto, a versão é contestada por Moscou, que alega ter agido de forma unilateral para devolver os restos mortais de milhares de combatentes.
A acusação da Rússia eleva o tom da retórica no contexto de uma guerra que já ultrapassa os dois anos. Desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, a questão das baixas militares tem sido tratada com sensibilidade pelas autoridades ucranianas, que evitam divulgar números exatos.
A polêmica em torno da repatriação dos corpos traz à tona a complexidade moral, política e humana da guerra em curso. Enquanto Moscou busca capitalizar simbolicamente o episódio, Kiev enfrenta pressões internas e internacionais para justificar suas escolhas diante do sofrimento crescente de suas famílias enlutadas.

Maria Zakharova em Nizhny Novgorod
 11/6/2024   

Rússia acusa Ucrânia de autogenocídio ao recusar corpos de soldados mortos

247 - Neste sábado (3), a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, "passou dos limites" ao fazer ameaças à segurança física de veteranos e líderes mundiais que planejam participar do desfile do Dia da Vitória, em Moscou, no dia 9 de maio. A declaração, segundo a <a href="https://noticiabrasil.net.br/20250503/covarde-traidor-colaboracionista-zakharova-responde-as-ameacas-de-zelenski-sobre-o-9-de-maio-39378898.html">Sputnik</a>, foi feita após Zelensky rejeitar a proposta de trégua de Vladimir Putin, que sugeriu um cessar-fogo entre 8 e 10 de maio, em comemoração ao 80º aniversário do Dia da Vitória.
Segundo Zakharova, Zelensky insistiu em um cessar-fogo de 30 dias e afirmou que a Ucrânia não poderia garantir a segurança dos líderes estrangeiros que estivessem presentes na capital russa para o evento. "Trata-se da clássica ameaça de um terrorista de proporções internacionais [...] Tudo o que Zelensky disse durante sua interação com a imprensa demonstra, mais uma vez, a natureza neonazista do regime de Kiev, que se tornou uma célula terrorista", escreveu Zakharova em seu canal no Telegram.
A diplomata russa ainda acusou Zelensky de "trair seu próprio avô-veterano" e enganar o povo ucraniano, além de afirmar que ele agora tenta "eliminar os testemunhos de sua vergonha" ao "destruir até o último ucraniano". Para Zakharova, o presidente ucraniano é um "covarde traidor colaboracionista, zigzagueando em direção aos nazistas".
A Rússia espera a chegada de líderes de mais de 20 países para o desfile de 9 de maio, incluindo o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que confirmou sua presença no evento. A operação militar especial da Rússia na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022, continua com o objetivo de proteger a população do que Moscou considera um genocídio por parte do governo de Kiev, além de combater os riscos à segurança nacional representados pela expansão da OTAN para o leste. Moscou também reafirmou sua disposição para iniciar negociações de paz de forma direta e sem condições prévias.

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Kiev - 13/03/2025 

Rússia critica Zelensky por ameaça à segurança de líderes estrangeiros no Dia da Vitória: 'covarde traidor colaboracionista'

247 – As novas tarifas comerciais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, repercutiram de forma contundente na diplomacia internacional. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, criticou as medidas nesta quarta-feira (9), afirmando que elas representam um “choque” para muitos países, embora sejam, segundo ela, o “modo tradicional de fazer negócios” dos EUA. A declaração foi feita em seu canal oficial no Telegram e divulgada originalmente pela rede RT.
“As tarifas americanas e as de retaliação voltaram a subir em um único dia. Isso é uma negociação séria. Para os Estados Unidos, é uma forma tradicional de fazer negócios. Para muitos países, é um choque”, escreveu Zakharova. A diplomata acompanhou o comentário com um vídeo satírico de um leilão norte-americano, ironizando o ritmo acelerado e agressivo das decisões econômicas da Casa Branca. A Rússia foi excluída da nova rodada de sanções comerciais por já estar sob restrições econômicas anteriores, que, segundo o governo americano, “tornam qualquer comércio significativo inviável”.
Desde que tomou posse para seu segundo mandato em janeiro de 2025, o presidente Trump intensificou sua política tarifária. No caso da China, as tarifas sobre importações já acumulam 104%, após sucessivas elevações — de 10% em fevereiro, 20% em março e 54% no início de abril — e uma retaliação de 34% por parte de Pequim. Em resposta, Trump impôs mais 50 pontos percentuais.
Outros países também foram atingidos por medidas específicas: a União Europeia enfrenta tarifas de 20%, o Japão 24%, a Coreia do Sul 25%, a Índia 26% e o Vietnã 46%. Isso se soma a uma tarifa universal de 10% sobre todas as importações, que entrou em vigor no último dia 5. Representantes da União Europeia classificaram o pacote como um “golpe significativo para a economia global”.
Apesar das reações internacionais negativas, Trump defendeu as medidas durante um discurso na Casa Branca. Segundo ele, os Estados Unidos estariam arrecadando “2 bilhões de dólares por dia” com as tarifas, e mais de 70 países estariam negociando acesso ao mercado americano. “Vamos ficar muito ricos novamente, muito em breve”, declarou o presidente.
A comunidade econômica, no entanto, alerta para possíveis consequências negativas. Especialistas afirmam que os aumentos tarifários podem provocar inflação nos Estados Unidos, dificultar o consumo interno e agravar tensões no comércio internacional. No Senado, o líder democrata Chuck Schumer acusou Trump de “preparar o terreno para uma recessão nacional” e cobrou que o Congresso aprove uma lei exigindo aprovação legislativa prévia para novas tarifas. Trump, por sua vez, já avisou que vetará qualquer proposta nesse sentido.
Com o recrudescimento das disputas tarifárias, analistas apontam para o risco de uma nova guerra comercial com impacto global, num momento em que o mundo ainda lida com os efeitos econômicos de crises anteriores e da reorganização das cadeias de produção.

Zakharova diz que as tarifas são o novo modo de fazer negócios dos Estados Unidos

247 – A Rússia reconhece progressos nas relações bilaterais com os Estados Unidos e observa tentativas de Washington de reaproximar os canais diplomáticos entre os dois países. A declaração foi feita nesta terça-feira (18) pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, em entrevista ao ex-agente de inteligência norte-americano Scott Ritter. A informação foi divulgada pelo Sputnik Brasil.
"Registramos, sem dúvida, certos avanços no âmbito bilateral, isso é evidente", afirmou Zakharova. Segundo ela, os EUA estão tentando "reconstruir do zero os contatos entre diplomatas russos e norte-americanos, que foram destruídos pela administração anterior". No entanto, a diplomata russa ressaltou que Moscou se guia por "ações concretas, sem depender apenas de palavras".
A fala de Zakharova ocorreu em meio a um novo contato entre os presidentes Vladimir Putin e Donald Trump. Essa foi a segunda ligação entre os dois desde que Trump retornou à Casa Branca, em 20 de janeiro. De acordo com o serviço de imprensa do Kremlin, ambos os líderes discutiram a crise na Ucrânia e expressaram interesse mútuo na normalização das relações bilaterais.
O Kremlin destacou que Putin e Trump reconheceram a "responsabilidade compartilhada" de Rússia e Estados Unidos na segurança e estabilidade global. Além disso, os dois presidentes debateram propostas para aprofundar a cooperação nos setores econômico e energético.
Zakharova frisou que há um movimento dos EUA para desescalar a crise ucraniana, mas ponderou que Moscou observa essas tentativas com cautela. "A Rússia leva em consideração todas as iniciativas de melhoria nas relações, mas não se baseia apenas em promessas", enfatizou a diplomata.
A reaproximação entre Rússia e EUA acontece após um longo período de deterioração das relações bilaterais, agravadas pela guerra na Ucrânia e por sucessivas sanções impostas por Washington contra Moscou. Agora, com a volta de Trump ao poder, a administração norte-americana parece buscar uma abordagem mais pragmática, tentando retomar o diálogo diplomático que havia sido cortado em anos anteriores.
Apesar desses primeiros passos, o governo russo adota uma postura de prudência e segue avaliando a evolução das ações concretas de Washington antes de qualquer reaproximação definitiva.

Rússia vê avanço na relação com os EUA, mas cobra ações concretas de Washington

Reuters - A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse nesta quinta-feira que a Rússia considerará inaceitável o envio de tropas estrangeiras para a Ucrânia ou a construção de bases militares estrangeiras no país.
Tal atividade significaria o envolvimento direto de países estrangeiros em um conflito com a Rússia, disse Zakharova, acrescentando que a Rússia tomaria o que ela chamou de medidas apropriadas se qualquer país tentar enviar suas tropas para a Ucrânia.

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