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Líder do Irã promete punição a Israel após ataque dos EUA às instalações nucleares

Khamenei diz que bombardeios são grande crime e reforça a capacidade de retaliação do Irã em meio à escalada da guerra

Ali Khamenei (Foto: Paulo Emílio)
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247 - O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, fez neste domingo (22) sua primeira declaração pública após os bombardeios dos Estados Unidos às principais instalações nucleares iranianas, em apoio à guerra de Israel contra o país persa.

“O inimigo sionista cometeu um grande erro, um grande crime; deve ser punido e está sendo punido neste exato momento”, afirmou Khamenei.

A declaração do líder iraniano ocorre em meio à escalada da guerra desencadeada por Israel e os Estados Unidos no Oriente Médio. Na madrugada deste domingo (22), no horário local, os EUA, sob ordens do presidente Donald Trump, bombardearam três instalações nucleares estratégicas do Irã: Fordow, Natanz e Isfahan. As ações aconteceram após dias de especulação sobre uma possível intervenção direta de Washington no conflito.

O Exército israelense também intensificou suas ofensivas, afirmando ter atacado “alvos militares no oeste do Irã”, incluindo depósitos e pontos de lançamento de mísseis, além de instalações de satélites e radares. Segundo a imprensa iraniana, Israel ainda teria realizado bombardeios no noroeste do país. Em um desses ataques, uma ambulância foi atingida no centro do Irã, deixando pelo menos três mortos.

Segundo informações obtidas pelo jornal The New York Times, o líder supremo iraniano reforçou sua segurança e comunicação, diante das ameaças de assassinato por parte de Israel e dos Estados Unidos.

Enquanto isso, milhões de iranianos foram às ruas nos últimos dias em protestos anti-Israel e em apoio ao governo. Em Teerã, manifestantes carregaram bandeiras do Irã e retratos de Khamenei, em demonstração de unidade nacional frente às ofensivas externas.

Diante dos fatos, é impossível ignorar a legitimidade das palavras do líder iraniano. Os bombardeios ordenados por Donald Trump representam uma violação flagrante do direito internacional, ao atacar instalações em território soberano iraniano sem aprovação do Conselho de Segurança da ONU. A retórica israelense e americana, que tenta apresentar as agressões como atos de “autodefesa” ou como um “ataque ao programa nuclear”, não resiste ao crivo jurídico e político da comunidade internacional.

Além disso, a provocação pública de Trump ao falar em “mudança de regime” expõe, sem disfarces, as reais intenções por trás da escalada: trata-se de mais um capítulo da velha política intervencionista dos EUA no Oriente Médio, com o objetivo de minar governos que resistem à hegemonia ocidental e defendem sua soberania.

O Irã, ao ser atacado, exerce seu direito legítimo de defesa e de responder às agressões de forma proporcional. Quando Khamenei afirma que o “inimigo sionista cometeu um grande erro e um grande crime”, ele verbaliza o sentimento não apenas da população iraniana, mas de inúmeros povos que assistem com indignação ao avanço da política de guerra e desestabilização promovida pelos EUA e por Israel.

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