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Preço do petróleo dispara com temor de retaliação iraniana após ataques dos EUA

Mercado reage com alta de 5,7% diante do agravamento da tensão entre Washington e Teerã

Preço do petróleo dispara após entrada dos EUA na guerra contra o Irã (Foto: Pavel Mikheyev/Reuters)
José Reinaldo avatar
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247 - O preço do petróleo disparou nesta segunda-feira (23) em meio ao aumento das tensões no Oriente Médio, após os ataques dos Estados Unidos a instalações nucleares no Irã. As informações são da agência Sputnik Brasil.

Logo na abertura dos mercados, o barril do petróleo registrou alta de 5,7%, alcançando US$ 81,40, reflexo direto do temor de que o Irã retalie as ações norte-americanas e comprometa o fornecimento global de petróleo e gás. O país persa é um dos maiores produtores de energia da região, e qualquer instabilidade em seu território afeta diretamente o mercado internacional.

Os ataques, ordenados no sábado (21) pelo presidente dos EUA, Donald Trump, atingiram três instalações nucleares iranianas, alimentando o risco de uma escalada militar. Em resposta, o governo de Teerã afirmou que se reserva o direito de se defender, amparado pelo direito internacional.

"O Irã não ficará de braços cruzados diante das agressões dos Estados Unidos. Temos o direito de responder e defender nossa soberania", declarou um porta-voz do governo iraniano, reforçando o clima de incerteza no cenário global.

A preocupação dos investidores e analistas não é infundada. A semana passada já havia sido marcada por tensões, após Israel lançar ataques contra alvos iranianos. O Oriente Médio é responsável por cerca de um terço da produção mundial de petróleo, e qualquer escalada de conflitos na região provoca reações imediatas nos preços e nas cadeias de suprimento.

Além do preço do barril, as taxas de frete e as cotações futuras de contratos de petróleo e gás também dispararam, refletindo o receio de interrupções no transporte de combustíveis, principalmente pelo estratégico estreito de Ormuz, rota fundamental para o escoamento do petróleo do Golfo Pérsico.

Analistas internacionais alertam que, se o Irã optar por retaliar, a crise pode assumir proporções ainda maiores. “Qualquer interrupção significativa no fornecimento vinda do Irã ou de seus vizinhos terá impacto direto nos preços globais e na segurança energética mundial”, disse uma fonte do setor ouvida pela Sputnik.

Até o momento, Washington não descartou novos ataques e mantém tropas em prontidão no Oriente Médio. O Irã, por sua vez, tem buscado apoio de aliados regionais e promete uma resposta “proporcional e estratégica” aos bombardeios.

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