Reuters - O índice acionário japonês Nikkei fechou em uma máxima recorde nesta terça-feira pela terceira sessão consecutiva, com as ações relacionadas a chips acompanhando os avanços de seus pares norte-americanos, embora o impulso inicial tenha diminuído depois que investidores realizaram lucros com a recente alta.
O Nikkei permaneceu em 47.950,88 pontos. Mais cedo na sessão, o índice chegou a avançar até 1%, atingindo um pico recorde de 48.527,33 pontos.
"Os investidores realizaram lucros na máxima do Nikkei, de modo que os avanços foram fracos, mas o impulso ainda é forte", disse Kazuaki Shimada, estrategista-chefe da IwaiCosmo Securities.
O Nikkei subiu 4,8% no pregão anterior, marcando seu maior ganho em um único dia desde o início de abril, depois que Sanae Takaichi foi praticamente confirmada como a próxima primeira-ministra do país, aumentando as expectativas de um novo estímulo fiscal e uma política monetária flexível.
A fabricante de equipamentos de teste de chips Advantest subiu 0,64%, enquanto o SoftBank Group, um investidor em empresas relacionadas à IA, avançou 1,11%, tornando-se o maior impulsionador do Nikkei.
. Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,01%, a 47.950 pontos.
. Em HONG KONG, o índice HANG SENG permaneceu fechado.
. Em XANGAI, o índice SSEC não abriu.
. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, não teve operações.
. Em SEUL, o índice KOSPI ficou fechado.
. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 1,68%, a 27.211 pontos.
. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 1,14%, a 4.472 pontos.
. Em SYDNEY o índice S&amp;P/ASX 200 recuou 0,27%, a 8.956 pontos.

Redação Brasil 247

Pessoas passam por uma tela eletrônica exibindo a média das ações Nikkei do Japão do lado de fora de uma corretora em Tóquio, Japão, em 11 de abril de 2025. REUTERS/Kim Kyung-Hoon

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Economia

Nikkei fecha em máxima recorde com ganhos em setor de chips

Reuters - O mercado acionário chinês subiu nesta quinta-feira, liderado por papéis de IA e de chips, enquanto as ações de tecnologia listadas em Hong Kong avançaram para uma semana recorde, uma vez que os investidores permaneceram concentrados nas tendências do setor antes de feriados.
No fechamento, o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 0,6%, avançando para um ganho semanal de 2%, enquanto o índice de Xangai teve variação negativa de 0,01% e deve registrar avanço de 0,9% na semana. O índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu 0,13%.
"Continuamos com nossa visão de um mercado em alta estável e gradual e mantemos nosso foco em temas de tecnologia", disseram analistas da Topsperity Securities, acrescentando que as tendências do setor continuarão a ser o fator determinante para a direção do mercado no curto prazo.
As negociações podem ser leves, dada a atual calmaria após a reunião do Federal Reserve, o telefonema dos líderes da China e dos Estados Unidos e antes dos feriados do Dia Nacional e do meio do outono na próxima semana, acrescentaram.
Os investidores também ficarão atentos às negociações técnicas desta quinta-feira entre autoridades norte-americanas e chinesas no Tesouro dos EUA, com foco em questões comerciais e econômicas, informou a Reuters.
. Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,27%, a 45.754 pontos.
. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,13%, a 26.484 pontos.
. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,01%, a 3.853 pontos.
. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,60%, a 4.593 pontos.
. Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,03%, a 3.471 pontos.
. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,66%, a 26.023 pontos.
. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,39%, a 4.273 pontos.
. Em SYDNEY o índice S&amp;P/ASX 200 avançou 0,10%, a 8.773 pontos.

Uma tela exibindo o índice de ações Hang Seng é vista no distrito Central, em Hong Kong, China.4o

Ações da China sobem com ganhos de IA

247 - O Ministério do Comércio da China anunciou neste sábado (13) a abertura de uma investigação antidumping contra determinados chips analógicos provenientes dos Estados Unidos. A informação foi publicada pela <a href="https://www.bloomberg.com/news/articles/2025-09-13/china-launches-anti-dumpinng-probe-against-some-us-chips?srnd=homepage-americas">Bloomberg</a>.&nbsp;
O anúncio veio apenas um dia depois de Washington incluir mais companhias chinesas em sua lista de entidades restritas. A escalada nas medidas restritivas ocorre em meio a uma agenda diplomática sensível: está prevista para os próximos dias uma reunião em Madri entre o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, e o vice-premiê chinês, He Lifeng, na qual serão discutidos temas ligados ao comércio e à cooperação bilateral.
A investigação da China mira chips analógicos específicos, componentes considerados fundamentais em setores estratégicos, como telecomunicações, automotivo e equipamentos industriais.&nbsp;
<h2>O que são chips analógicos</h2>
Os chips analógicos, também conhecidos como semicondutores analógicos, são componentes eletrônicos responsáveis por processar sinais do mundo real, como som, luz, temperatura, pressão e movimento. Diferentemente dos chips digitais, que trabalham apenas com dados binários (0 e 1), os analógicos conseguem interpretar e converter variações contínuas de sinais elétricos, funcionando como uma ponte entre o ambiente físico e os sistemas digitais.
Esses chips incluem uma variedade de dispositivos, como amplificadores, conversores de sinais e reguladores de energia. Eles são indispensáveis em circuitos que precisam lidar diretamente com informações captadas de sensores ou enviadas a atuadores, garantindo que os sinais sejam tratados de forma precisa e confiável.
<h2>Aplicações dos chips analógicos</h2>
Na prática, os chips analógicos estão presentes em setores estratégicos da economia. No ramo automotivo, por exemplo, são utilizados em sistemas de direção assistida, freios ABS e sensores de proximidade, garantindo segurança e eficiência. Já na área de telecomunicações, são fundamentais para a transmissão de voz, dados e sinais de rádio, sustentando redes móveis e infraestrutura de internet.
Esses componentes também têm papel central em equipamentos médicos, como monitores cardíacos e aparelhos de ressonância magnética, que dependem da interpretação fiel de sinais biológicos. Além disso, estão em eletrodomésticos, sistemas de energia renovável e dispositivos industriais que requerem precisão no controle de processos.

Guilherme Levorato

Semicondutor no centro de pesquisa Tsinghua Unigroup em Pequim, China

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China abre investigação antidumping contra chips analógicos dos EUA

247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta sexta-feira (15) que implementará novas tarifas sobre importações de chips e aço nas próximas semanas. A informação foi divulgada pela <a href="https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/08/trump-diz-que-estabelecera-tarifas-sobre-chips-e-aco-nas-proximas-semanas.shtml">Folha de S.Paulo</a>, com base em declarações dadas pelo republicano a bordo do avião presidencial Air Force One, a caminho do Alasca, onde se reunirá com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Segundo Trump, a medida terá início com taxas mais baixas para permitir que empresas instalem fábricas no país, subindo gradualmente com o passar do tempo. “Estabelecerei tarifas na semana que vem e na semana seguinte sobre o aço e sobre, eu diria, chips”, afirmou. O presidente explicou que a estratégia segue o mesmo modelo anunciado para produtos farmacêuticos: “Terei uma taxa que será menor no início — o que lhes dará a chance de entrar e construir — e muito alta após um certo período de tempo”.
Em fevereiro, o governo norte-americano já havia aumentado as tarifas sobre aço e alumínio para 25%, e, em maio, Trump anunciou que dobraria a taxa para 50%, com o objetivo de fortalecer a indústria nacional. Não está claro, porém, se o novo anúncio representa outro aumento para esses metais.
O presidente ressaltou que está confiante de que as empresas preferirão fabricar nos Estados Unidos para evitar tarifas elevadas. Sua gestão tem alterado o cenário do comércio internacional ao adotar sobretaxas mais altas sobre quase todas as exportações destinadas ao mercado americano, além de setores específicos, como o automotivo.
Na semana anterior, Trump já havia sinalizado que pretendia impor uma tarifa de 100% sobre importações de semicondutores, mas com isenção para empresas que se comprometessem a ampliar a produção dentro do país. O anúncio foi feito juntamente com a divulgação de que a Apple investirá mais de US$ 100 bilhões no mercado doméstico norte-americano.

Presidente dos EUA, Donald Trump - 07/08/2025

Trump anuncia tarifas sobre chips e aço com aplicação gradual nos EUA

247 – A administração do presidente Donald Trump está em negociações com a Intel Corp. para que o governo dos Estados Unidos adquira uma participação na fabricante de semicondutores, segundo <a href="https://www.bloomberg.com/news/articles/2025-08-14/trump-administration-is-said-to-discuss-us-taking-stake-in-intel?srnd=homepage-americas&amp;embedded-checkout=true">informações da Bloomberg</a> publicadas nesta quinta-feira (14). Pessoas com conhecimento do assunto afirmaram que o objetivo é apoiar o projeto de um grande polo industrial da empresa em Ohio, que já sofreu diversos adiamentos. A companhia havia prometido transformar o local na maior fábrica de chips do mundo, mas enfrenta dificuldades financeiras.
De acordo com a reportagem, ainda não há definição sobre o tamanho da participação que o governo pretende adquirir. As conversas ocorrem poucos dias depois de Trump pedir publicamente a saída do CEO da Intel, Lip-Bu Tan, alegando que ele estaria “altamente em conflito” devido a vínculos anteriores com a China. Apesar disso, as tratativas atuais indicam que Tan continuará no comando da empresa.
<h2>Objetivo e contexto das negociações</h2>
O plano ganhou força após uma reunião, nesta semana, entre Trump e Tan. Fontes ouvidas pela Bloomberg afirmaram que a ideia é que o governo pague pela participação acionária, mas ressaltaram que as negociações ainda estão em estágio inicial e podem não resultar em um acordo.
A proposta é vista como parte de uma política industrial mais agressiva do governo, voltada a fortalecer empresas consideradas estratégicas para enfrentar a competição com a China. Geoffrey Gertz, pesquisador do Center for a New American Security, declarou à Bloomberg Television: “Nos últimos meses, vimos o governo desempenhar um papel muito mais ativo na economia, com uma política industrial mais prática nesses setores críticos”.
<h2>Histórico de intervenções econômicas</h2>
A possível entrada do governo como acionista da Intel repete estratégias recentes de Trump. Sua administração já garantiu 15% de participação em determinadas vendas de semicondutores para a China, adquiriu uma “golden share” na United States Steel Corp. e, no mês passado, o Departamento de Defesa anunciou a compra de US$ 400 milhões em ações preferenciais da produtora de minerais raros MP Materials Corp., tornando-se seu maior acionista.
Segundo a reportagem, dentro do governo há a percepção de que esse tipo de operação — combinando investimento acionário, garantias de compra, empréstimos e parcerias — transmite segurança aos investidores e fortalece projetos estratégicos sem comprometer excessivamente recursos públicos.
<h2>Impactos no mercado e reação da Intel</h2>
A notícia impulsionou as ações da Intel, que subiram até 8,9% durante o pregão e fecharam em alta de 7,4%, a US$ 23,86, elevando o valor de mercado para cerca de US$ 104,4 bilhões. Após o fechamento, os papéis continuaram a subir, chegando a registrar alta adicional de 4%.
Em comunicado, a empresa afirmou estar “profundamente comprometida em apoiar os esforços do presidente Trump para fortalecer a liderança dos Estados Unidos em tecnologia e manufatura” e declarou que continuará trabalhando com a administração para “avançar essas prioridades comuns”. No entanto, reforçou que “não vai comentar rumores ou especulações”.
Já o porta-voz da Casa Branca, Kush Desai, alertou que “discussões sobre negócios hipotéticos devem ser tratadas como especulação, a menos que sejam oficialmente anunciadas pela administração”.
<h2>Desafios da Intel e cenário político</h2>
A Intel, pioneira no setor de semicondutores, vem enfrentando perda de participação de mercado e atraso tecnológico. O megaprojeto em Ohio, apresentado pelo antecessor de Tan, Pat Gelsinger, como parte de um plano de recuperação, já foi adiado para a década de 2030. Tan, que assumiu em março, tem priorizado o ajuste financeiro da companhia.
Politicamente, o estado de Ohio é relevante para Trump: ele venceu ali em suas três eleições presidenciais, e os republicanos conquistaram uma vaga no Senado em 2024. O atual vice-presidente dos EUA, JD Vance, foi senador por Ohio, que deve voltar a ser um campo de disputa em 2026, quando o ex-senador democrata Sherrod Brown tentará recuperar o mandato.

Logo da Intel entre duas placas de informática - 06/03/2023

Governo Trump avalia compra de participação na Intel em meio à crise da fabricante de chips

247 – O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, reafirmou nesta segunda-feira (11) a posição de Pequim contra a politização e a utilização de questões comerciais e tecnológicas como instrumentos de pressão política. As declarações foram feitas em resposta a reportagens, divulgadas <a href="https://www.globaltimes.cn/page/202508/1340594.shtml">pelo Global Times</a>, segundo as quais as fabricantes norte-americanas Nvidia e AMD teriam concordado em repassar 15% da receita obtida com a venda de chips na China ao governo dos Estados Unidos, como condição para a obtenção de licenças de exportação.
Questionado sobre o assunto, Lin Jian afirmou que “a China já deixou clara mais de uma vez sua posição sobre a exportação de chips pelos Estados Unidos para a China”. Ele acrescentou que, no caso específico do controle à exportação de chips de memória de alta largura de banda (HBM), o país mantém “uma posição consistente e clara ao se opor à politização e à instrumentalização de questões de tecnologia e comércio, bem como ao bloqueio e à repressão maliciosos contra a China”.
Segundo o porta-voz, tais práticas afetam não apenas as relações comerciais bilaterais, mas também “prejudicam a estabilidade das cadeias globais de produção e abastecimento, não sendo de interesse de ninguém”. A fala reforça a linha diplomática adotada por Pequim diante das restrições impostas por Washington ao setor de semicondutores, que vêm sendo justificadas pelo governo dos EUA sob argumentos de segurança nacional, mas interpretadas pela China como medidas protecionistas e de contenção tecnológica.
A disputa pelo domínio no setor de chips de alta performance tem sido um dos principais pontos de atrito entre as duas maiores economias do mundo. A China considera que as medidas restritivas norte-americanas comprometem a inovação, a cooperação internacional e o equilíbrio do comércio global, ao passo que as autoridades dos EUA defendem a necessidade de limitar o acesso chinês a tecnologias sensíveis.
A polêmica envolvendo Nvidia e AMD, caso confirmada, poderá acirrar ainda mais o clima de tensão, pois representaria uma nova forma de restrição indireta — ao condicionar o acesso ao mercado chinês a um repasse financeiro ao governo de Washington. Para Pequim, isso simboliza uma escalada na “armamentização” da tecnologia, contrariando os princípios de livre comércio e colaboração mútua defendidos pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

Global Times

China reafirma oposição à politização da tecnologia em resposta a acordo de Nvidia e AMD com governo dos EUA

(Reuters) - As ações europeias caíram nesta quarta-feira, com o setor de chips sendo duramente atingido depois que a ASML sinalizou um impacto no crescimento de sua receita, enquanto as notícias de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está considerando demitir o chair do Federal Reserve também afetaram o sentimento.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,6%, marcando seu quarto dia consecutivo de perdas.
As ações europeias caíram acentuadamente pouco antes do fechamento depois que a Bloomberg informou que Trump deve demitir o chair do Fed, Jerome Powell. Mas Trump disse mais tarde que não está planejando fazer isso.
"Isso é algo em que o mercado vê estabilidade como uma coisa boa", disse Joe Saluzzi, sócio e cofundador da Themis Trading. "É uma situação volátil. Não creio que o mercado seja da opinião de que precisamos de um novo chair do Fed."
A empresa holandesa ASML exerceu o maior peso sobre o STOXX, caindo 11,4% - sua maior queda em nove meses - depois de alertar que talvez não consiga atingir crescimento em 2026, apesar de as receitas do segundo trimestre terem superado as expectativas.
Outras ações de chips, incluindo BE Semiconductor, ASMI e STMicroelectronics, caíram entre 2,1% e 5,2%.
Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,13%, a 8.926,55 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,21%, a 24.009,38 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,57%, a 7.722,09 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,40%, a 39.762,52 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,08%, a 13.885,70 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,17%, a 7.694,04 pontos.

Bianca Penteado

Ações de chips pressionam e índice europeu recua após alerta da ASML

(Reuters) - As ações da Synopsys e da Cadence Design Systems subiram nesta quinta-feira, depois que os EUA suspenderam as restrições à exportação de software de design de chips para a China, diminuindo a incerteza quanto ao acesso a esse mercado crucial.
As restrições, anunciadas no final de maio, haviam cortado o mercado que traz mais de 10% da receita para os principais participantes do setor, prejudicando previsões e derrubando as ações.
A retomada das exportações significa que ambas as empresas perderão apenas um mês de receita no trimestre atual, disseram os analistas do Mizuho. O alívio das tensões comerciais também pode abrir caminho para a esperada aprovação chinesa da compra da empresa de software de engenharia Ansys pela Synopsys por US$35 bilhões, acrescentaram os analistas.
As ações da Synopsys , que havia retirado sua previsão em maio devido às restrições, subiram 5,5%. A empresa disse na quarta-feira que ainda está avaliando o impacto das restrições de exportação na China sobre suas finanças.
A Cadence e a Ansys subiram 6,1% e 3,5%, respectivamente, enquanto a alemã Siemens , a terceira maior empresa do setor de ferramentas de automação de projetos eletrônicos, subiu 1,5% em Frankfurt.
Sucessivas administrações dos EUA procuraram restringir o acesso da China à avançada tecnologia norte-americana de chips, alegando preocupações de que ela poderia ser usada para fortalecer as forças armadas de Pequim.
Mas as restrições à exportação também fomentaram um aumento na atividade doméstica de design de chips na China, auxiliada por generosos subsídios estatais. Elas também alimentaram temores de retaliação, com analistas alertando que Pequim poderia atrasar ou bloquear a aprovação do acordo Synopsys-Ansys em resposta.
O acordo, que recebeu autorização de fusão em todas as jurisdições, exceto na China, de acordo com as empresas, tem um prazo de 15 de julho para seu fechamento, com uma opção de extensão até janeiro do próximo ano.
(Reportagem de Medha Singh, em Bengaluru, e Arsheeya Bajwa)

Leonardo Sobreira

Chips semicondutores são vistos em uma placa de circuito impresso nesta ilustração tirada em 17 de fevereiro de 2023

Mundo

EUA suspendem restrições a exportações de chips à China

247 - A Intel, gigante dos semicondutores sediada na Califórnia, está sob nova liderança. Em março de 2025, Lip-Bu Tan assumiu o cargo de CEO com a missão de reverter anos de perda de relevância tecnológica e dificuldades financeiras.&nbsp;
Segundo reportagem da Bloomberg, Tan optou por manter a estratégia vigente, priorizando uma execução mais eficaz. “A estratégia é a estratégia — temos que executar melhor”, afirmou o diretor financeiro da <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Intel">Intel</a>, David Zinsner, durante conferência do JPMorgan Chase &amp; Co.&nbsp;
A nomeação de Tan ocorre após a saída de Pat Gelsinger, cujo plano de reestruturação não trouxe os resultados esperados. Tan, conhecido por sua experiência na indústria de semicondutores, já iniciou mudanças organizacionais, eliminando burocracias que, segundo ele, dificultavam a comunicação direta com a liderança. “Removemos camadas de gestão que impediam uma visão clara do que estava acontecendo”, disse Zinsner.
No campo da inteligência artificial, a Intel busca recuperar terreno perdido para concorrentes como a <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Nvidia">Nvidia</a>. Tan anunciou uma abordagem interna para o desenvolvimento de produtos de IA, após aquisições anteriores, como as das startups Nervana e Habana Labs, não alcançarem os resultados esperados. “Estamos adotando uma abordagem holística para redefinir nosso portfólio e otimizar nossos produtos para novas cargas de trabalho de IA”, afirmou Tan.&nbsp;
Apesar dos esforços, a divisão de fundição da Intel enfrenta desafios. Zinsner revelou que os compromissos de clientes externos para as tecnologias de fabricação mais recentes, como 18A e 14A, ainda são limitados. “Recebemos chips de teste, mas alguns clientes desistem após os testes... Portanto, o volume comprometido não é significativo no momento”, explicou.&nbsp;
A Intel continua a investir em sua capacidade de fabricação, com a expectativa de que a divisão de fundição atinja o ponto de equilíbrio até 2027. No primeiro trimestre, a divisão registrou US$ 4,7 bilhões em vendas, embora a maior parte desse valor provenha da produção interna.&nbsp;

Luis Mauro Filho

Novo CEO da Intel aposta em "execução eficiente" para recuperar liderança no setor de chips

247 – A visita recente de Jensen Huang, CEO da Nvidia, à China, apenas três meses após sua última passagem pelo país, ganhou destaque na imprensa internacional por simbolizar uma postura de resistência frente às políticas comerciais agressivas dos Estados Unidos. Em editorial publicado pelo jornal Global Times, a reafirmação de Huang de que a Nvidia continuará a “servir inabalavelmente o mercado chinês” foi interpretada como um sinal claro de que, mesmo sob pressões e restrições impostas por Washington, há um movimento consistente entre empresas norte-americanas em favor da cooperação com a China.
Durante sua viagem, Huang não apenas enfatizou a importância estratégica da China para a Nvidia — definindo o país como “um mercado muito importante” — como também ressaltou que a trajetória de crescimento da empresa se deu em sintonia com o desenvolvimento do mercado chinês. “A Nvidia cresceu junto com o mercado chinês e alcançou o sucesso mútuo”, declarou o executivo. Essa afirmação ganha ainda mais peso diante das proibições do governo norte-americano à exportação de chips da série H20 para a China, além da nova rodada de tarifas contra produtos chineses.
Segundo o Global Times, essa postura sinaliza uma oposição indireta, mas significativa, de setores empresariais dos EUA à escalada protecionista liderada pela Casa Branca. Muitos empresários norte-americanos vêm demonstrando preocupação com o custo econômico e social das medidas adotadas por Washington. “Não precisamos pegar carona com o governo dos EUA; precisamos que ele nos abra caminho”, comentou, anteriormente, um líder empresarial dos EUA, citado no editorial.
O texto também destaca o impacto positivo da cooperação sino-americana no setor tecnológico. Huang afirmou que a colaboração com empresas chinesas fortaleceu a competitividade internacional da Nvidia. Para o editorial, isso reflete uma percepção crescente entre executivos: a China representa uma oportunidade, e não uma ameaça.
A crítica à política de confrontação dos EUA se estende a diversos setores da sociedade. Dados recentes do Pew Research Center apontam para uma mudança de percepção da população norte-americana em relação à China. Segundo a pesquisa, caiu significativamente o número de cidadãos que veem o país asiático como inimigo. A Bloomberg classificou o dado como “surpreendente”, observando que essa tendência contraria a retórica predominante sobre tarifas e contenção.
Além disso, plataformas como TikTok têm sido palco de uma inesperada valorização dos produtos chineses por parte dos consumidores norte-americanos, que vêm descobrindo a qualidade e os preços competitivos de produtos adquiridos diretamente de sites da China. Influenciadores digitais têm divulgado vídeos de “unboxing” com entusiasmo, impulsionando uma nova onda de popularidade do “Made in China”.
Apesar do discurso de confrontação vindo de Washington, a realidade econômica e social dos dois países aponta para um cenário de interdependência. “As políticas de tarifa abusiva ignoram o alto grau de complementaridade econômica entre China e EUA”, destaca o Global Times, argumentando que tais medidas têm gerado incertezas para os mercados e consumidores de ambos os países.
Exemplo disso é a recente decisão do governador da Califórnia, Gavin Newsom, de mover uma ação judicial contra o governo federal por conta do uso excessivo de tarifas comerciais. “Estamos defendendo as famílias americanas, que não podem mais conviver com esse caos”, afirmou Newsom.
A matéria ainda menciona uma pesquisa conduzida pelo Global Times Institute, revelando que cerca de 90% dos entrevistados, tanto nos EUA quanto na China, demonstram preocupação com a deterioração das relações bilaterais. A maioria manifesta apoio à intensificação dos laços comerciais, da cooperação climática e das trocas culturais. Para o editorial, esse sentimento popular, expresso também nas redes sociais, é um contraponto à retórica hostil e simplista propagada por certos setores da política norte-americana.
Ao final, o texto adverte que uma eventual insistência de Washington em promover o “desacoplamento” com a China pode se tornar politicamente insustentável. “A oposição crescente dos eleitores pode se tornar uma realidade política que Washington não poderá mais ignorar”, conclui o Global Times.

Mídia

Nvidia desafia tarifas dos EUA e reafirma compromisso com o mercado chinês

Reuters - O governo dos Estados Unidos está realizando investigações sobre as importações de produtos farmacêuticos e semicondutores como parte de uma tentativa de impor tarifas em ambos os setores, alegando que a dependência extensiva da produção estrangeira de medicamentos e chips é uma ameaça à segurança nacional, conforme demonstraram documentos do Federal Register na segunda-feira.
Os registros anunciam períodos de 21 dias para consultas públicas e marcam o mais recente uso pelo presidente Donald Trump da Seção 232 da Lei de Expansão do Comércio de 1962 como justificativa para as chamadas tarifas setoriais destinadas a impulsionar a produção doméstica de bens que ele diz serem essenciais para a segurança nacional.
Usando a cláusula 232, o governo Trump iniciou investigações sobre as importações de cobre e madeira, e as investigações concluídas durante o primeiro mandato de Trump formaram a base para as tarifas de 25% adotadas desde seu retorno à Casa Branca em janeiro sobre aço e alumínio e sobre a indústria automobilística.
Os registros, que indicam que o governo iniciou as investigações em 1º de abril, seguem as exclusões reveladas no fim de semana para smartphones, computadores e outros produtos eletrônicos importados em grande parte da China das tarifas recíprocas de 125% impostas por Trump. As autoridades de Trump haviam dito que esses produtos logo estarão sujeitos às tarifas da Seção 232.
As investigações da Seção 232 precisam ser concluídas em até 270 dias após seu início.
Trump fez do uso de tarifas um elemento central das políticas econômicas e de segurança nacional de seu governo, lançando uma série de taxas agressivas contra parceiros comerciais que, segundo estimativas dos economistas, elevaram a taxa média de importação de apenas 2,5% para cerca de 25% em questão de meses.
Os anúncios agitaram os mercados financeiros, com a maioria dos índices acionários dos EUA agora com queda de 10% ou mais em relação aos recordes atingidos após a vitória de Trump nas eleições de novembro. Uma série de economistas também rebaixou suas perspectivas para a economia norte-americana, muitos prevendo maior desemprego e inflação na esteira das tarifas de Trump.
Um autoridade de alto escalão do Federal Reserve - o diretor Christopher Waller - chamou a política tarifária de Trump de "um dos maiores choques a afetar a economia dos EUA em muitas décadas".

EUA intensificam investigações sobre importações de farmacêuticos e chips e prepara terreno para tarifas

247 - Em meio à intensificação da guerra comercial entre Estados Unidos e China, empresas chinesas do setor de semicondutores afirmam que as novas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump terão impacto limitado em suas operações. A informação foi divulgada pelo South China Morning Post.​
A <a href="https://www.brasil247.com/search?term=China">China </a>elevou para 125% as tarifas sobre produtos americanos, em resposta às medidas tarifárias "recíprocas" adotadas por Trump. Apesar disso, diversas companhias chinesas de chips asseguram que suas atividades não serão significativamente afetadas.​
A Cambricon Technologies, desenvolvedora de processadores de inteligência artificial listada em Xangai, declarou que sua receita proveniente do exterior representou menos de 1% do total nos anos de 2023 e 2024. A empresa já enfrentava restrições substanciais desde sua inclusão na lista de entidades dos <a href="https://www.brasil247.com/search?term=EUA+">EUA </a>em 2022. "O recente aumento das tarifas não terá impacto substancial em nossas operações", afirmou a Cambricon.​
De forma semelhante, a Loongson Technology, especializada no design de chips, comunicou que as novas tarifas "não têm impacto negativo sobre a empresa". A companhia enfatizou seu compromisso com a pesquisa e desenvolvimento independentes de chips, sistemas de software e cadeias de suprimentos autossuficientes, além de destacar que não possui receita baseada nos Estados Unidos.​
Essas declarações refletem a resiliência das empresas chinesas de semicondutores diante das recentes tensões comerciais, indicando que medidas anteriores já as prepararam para enfrentar desafios no mercado internacional.​

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