China projeta avanços decisivos em tecnologia de interface cérebro-computador até 2027
Diretrizes divulgadas por autoridades chinesas estabelecem metas ambiciosas para integrar inteligência biológica e artificial
247 – A China definiu metas ousadas para o desenvolvimento da tecnologia de interface cérebro-computador (BCI, na sigla em inglês), com a expectativa de realizar avanços tecnológicos significativos até 2027 e consolidar sua posição de liderança no setor até 2030. A informação foi divulgada pela agência estatal Xinhua em matéria publicada nesta quinta-feira (8).
Segundo as diretrizes publicadas conjuntamente por órgãos estatais como o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, o objetivo é acelerar a adoção de produtos baseados em BCI em áreas estratégicas, como manufatura industrial, saúde e consumo. A tecnologia BCI, que cria canais de comunicação diretos entre o cérebro humano e dispositivos, representa a convergência entre ciências da vida e tecnologia da informação.
“A tecnologia BCI permite a interação entre a inteligência biológica e a inteligência de máquinas”, afirmam as diretrizes, sublinhando a importância da construção de um sistema robusto de tecnologias, normas e indústrias para sustentar esse avanço.
Metas para 2027 e 2030
Até 2027, a China planeja não apenas alcançar avanços de ponta no campo, como também criar novos cenários de aplicação, modelos de negócios e formatos comerciais inovadores. Já para 2030, o país pretende consolidar um ecossistema industrial seguro e confiável, além de fomentar de duas a três empresas líderes com influência global no setor de BCI.
O documento também estabelece tarefas prioritárias, como o fortalecimento da pesquisa em hardware e software básicos, e o desenvolvimento de chips específicos para BCI. Espera-se que essas ações impulsionem a inovação e reforcem a capacidade nacional em tecnologias disruptivas.
Avanço estratégico
O plano faz parte de uma estratégia mais ampla da China para dominar áreas tecnológicas emergentes e reduzir sua dependência de soluções estrangeiras em setores de alta complexidade. A integração entre cérebro e máquina, considerada até pouco tempo um tema de ficção científica, está sendo tratada como vetor estratégico de competitividade global e soberania tecnológica.
Com a iniciativa, Pequim reforça sua aposta em uma economia cada vez mais movida pela inovação profunda, mirando aplicações que vão desde dispositivos médicos e reabilitação até o controle de equipamentos industriais com o pensamento.
A expectativa é que a China lidere o futuro da inteligência híbrida, combinando neurociência, engenharia, inteligência artificial e ciência de dados para transformar não apenas a economia, mas também as relações entre humanos e máquinas.
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