247 - O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou que o estado ocupa hoje posição de destaque na aplicação de inteligência artificial (IA) na América Latina. A declaração foi feita nesta terça-feira (30), durante participação no Brasília Summit, evento promovido pelo grupo Lide e que reúne autoridades, especialistas e empresários para debater a revolução tecnológica no país e seus impactos no desenvolvimento nacional.
Segundo Caiado, o Centro de Excelência em Inteligência Artificial, criado em parceria com a Universidade Federal de Goiás em 2019, tornou-se o maior do continente. “É reconhecido pelas grandes empresas de tecnologia, aplicando inteligência artificial em parceria com grandes empresas, como também desenvolvendo áreas do nosso governo".
<h2>Investimentos e parcerias estratégicas</h2>
Desde a inauguração do centro, Goiás já investiu mais de R$ 80 milhões na área, criando um ambiente propício para inovação. O governador destacou que o hub de tecnologia do estado já acelerou mais de 160 startups. Além disso, Goiás busca cooperação internacional com países como Índia e Estados Unidos, ampliando o intercâmbio científico e tecnológico.
Caiado ressaltou que a legislação brasileira precisa avançar para não sufocar a criatividade e a inovação.&nbsp;
<h2>Educação e novas vocações</h2>
O impacto da tecnologia já se reflete na educação. O governador revelou que, no último vestibular, cursos de inteligência artificial e ciência da computação ultrapassaram medicina em número de inscrições e notas de aprovação. “Em Goiás, no Enem, as maiores notas a vida toda eram em Medicina. No último vestibular, Medicina ficou em terceiro lugar. Primeiro lugar, inteligência artificial e depois ciência da computação”, afirmou.
Segundo Caiado, a disciplina de inteligência artificial será incluída na grade curricular da rede pública de ensino.
<h2>Inovação aplicada em diferentes setores</h2>
Caiado citou exemplos de uso da inteligência artificial já em prática no estado. Na saúde, softwares desenvolvidos em parceria com a Índia auxiliam no controle de leitos, medicamentos e procedimentos cirúrgicos. Na segurança pública, startups criadas por jovens brasileiros em Goiás desenvolvem sistemas de monitoramento e combate à violência.
No agronegócio, a tecnologia permite identificar pragas em centímetros, reduzindo pulverizações e tornando o controle mais eficiente e sustentável. Já no transporte público, o estado conta com uma frota de 500 ônibus movidos a biometano, combustível limpo produzido integralmente no Brasil.
<h2>Projeção internacional e futuro da inovação</h2>
O governador defendeu que o país precisa evitar perder cérebros para o exterior, como já aconteceu em áreas ligadas à Embrapa. Para ele, o Brasil tem todas as condições de se tornar referência mundial em inteligência artificial, desde que ofereça liberdade regulatória e incentivo ao desenvolvimento.
“Governar é estar antenado e saber para onde direcionar o país. Goiás hoje é o primeiro lugar em aplicação de inteligência artificial na América Latina”, concluiu Caiado.
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Guilherme Levorato

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Mídia

Goiás lidera aplicação de inteligência artificial e aposta em educação para o futuro, diz Caiado

247 - O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio da Secretaria de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social (Sedes), discutiu com representantes da Huawei Brasil a ampliação de iniciativas voltadas à formação de jovens em tecnologia e inovação. A reunião tratou, entre outros pontos, da operacionalização do programa Residência em Games, que vai qualificar cerca de mil estudantes para a indústria de jogos digitais. O projeto prevê um aporte de R$ 16 milhões e bolsas que variam de R$ 600, na fase inicial, a R$ 2,2 mil, durante a imersão.
O programa será inicialmente implementado nos estados da Bahia, Ceará e Paraíba, com metade das vagas reservadas a afrodescendentes e a beneficiários de programas sociais do governo federal. Estiveram presentes no encontro o secretário da Sedes, Inácio Arruda, e o vice-presidente de Relações Públicas e Comunicação da Huawei para América Latina e Caribe, Atilio Rulli.
<h2>Huawei aposta em inclusão e inovação</h2>
Durante a reunião, Rulli destacou o compromisso da empresa em ampliar a cooperação com o MCTI. “Assinamos no ano passado, com a presença da ministra Luciana Santos, um acordo de cooperação via Programa Prioritário de Informática [PPI]. Esse recurso permitirá estruturar o Residência em Games nos Institutos Federais do Nordeste, capacitando milhares de estudantes em tecnologia, com foco em games, uma demanda crescente no mercado”, afirmou.
O executivo também anunciou que a Huawei vai apresentar na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, marcada para 20 a 26 de outubro, o programa Women in Tech, voltado à valorização de lideranças femininas no setor. A iniciativa pretende atrair mais mulheres para a ciência e tecnologia, oferecendo capacitação, mentoria e oportunidades de networking para ampliar sua presença em cargos estratégicos.
<h2>O papel estratégico da Lei de TICs</h2>
O secretário Inácio Arruda reforçou que a parceria com a Huawei tem longa trajetória e lembrou a importância da Lei de TICs como instrumento de apoio à inovação. Ele destacou a atuação da empresa em projetos anteriores de capacitação e pesquisa conduzidos pelo MCTI. “O Residência em Games é um programa transformador porque forma jovens programadores e fomenta um setor que movimenta criatividade, mercado e inovação”, afirmou.
Além do debate sobre o projeto, Arruda e Rulli discutiram novas possibilidades de cooperação em inteligência artificial, especialmente em instituições federais de ensino.
<h2>Ciência, tecnologia e sustentabilidade</h2>
O secretário também confirmou o convite para que a Huawei participe da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que este ano terá como tema “Planeta Água: Cultura Oceânica para Enfrentar as Mudanças Climáticas no Meu Território”. O evento será realizado de 20 a 26 de outubro em todo o Brasil, abordando temas estratégicos tanto para o país quanto para a China, origem da empresa parceira.

Visitantes passam em frente ao logo da Huawei no Festival Mundial de Inteligência Artificial de Cannes, em Cannes, na França
10/02/2023 

Governo e Huawei firmam parceria para capacitar jovens na indústria de games

247 – O jornal Global Times destacou que a China vem transformando sua capacidade de manufatura em um motor global de inovação tecnológica, reunindo empresas de ponta, fábricas inteligentes e parcerias internacionais que reposicionam o país como líder em setores estratégicos. O movimento ficou evidente durante a World Manufacturing Convention 2025, realizada em Hefei, província de Anhui, que apresentou ao mundo lançamentos de veículos, computadores e soluções em robótica.
Um dos maiores atrativos da convenção foi o sedã premium MAEXTRO S800, desenvolvido pela JAC Motors em parceria com a Huawei. O carro de luxo combina design sofisticado, chassi digital e avançada tecnologia de condução inteligente. A produção ocorre na MAEXTRO Super Factory, uma planta totalmente digitalizada, equipada com mais de 1.800 robôs que automatizam processos de estamparia, soldagem, pintura e montagem.
“A participação da NIO na convenção ao longo dos últimos anos mostra como a manufatura chinesa evolui de forma contínua, com os veículos de nova energia puxando a transformação e gerando produtos cada vez mais qualificados”, afirmou Yu Dongming, gerente-geral da NIO em Anhui.
<h2>Robótica e fábricas inteligentes</h2>
Outro destaque foi a EFORT Intelligent Robot, fabricante chinesa de robôs industriais, que apresentou soluções em soldagem, pintura e manipulação avançada. “Podemos oferecer soluções completas de robótica inteligente para montadoras internacionais”, disse You Wei, presidente e CEO da empresa. Em 2024, a companhia vendeu mais de 16 mil robôs industriais, já reconhecidos por marcas como Maserati, BMW e Volkswagen.
As plantas da NIO e da Lenovo em Hefei também chamaram atenção. A LCFC Electronics Technology, hub de produção da Lenovo, fabrica anualmente 40 milhões de laptops — um em cada oito vendidos no mundo. Entre as inovações, foi apresentado o ThinkBook Plus Gen 6 Rollable Laptop, com tela expansível de 14 para 16,7 polegadas, que conquistou blogueiros e especialistas de tecnologia internacionais.
<h2>Energia e baterias de nova geração</h2>
No setor de energia, a Gotion High-Tech enfatizou o papel da manufatura inteligente como diferencial competitivo em suas 20 bases globais. “Com padrões unificados pela sede na China e replicados em todas as unidades, nossa capacidade de produção vem conquistando reconhecimento internacional”, destacou Chen Wei, executivo sênior da empresa.
O avanço da indústria chinesa também fortalece parcerias com multinacionais. O CEO do Grupo Volkswagen, Oliver Blume, ressaltou que as linhas altamente automatizadas de Anhui estão entre as mais avançadas do conglomerado. “Até 2030, lançaremos cerca de 50 modelos elétricos e eletrificados neste mercado. Com parcerias locais, conseguimos acelerar em 30% o ciclo de inovação. Não estamos apenas planejando, estamos entregando”, afirmou.
Já a fornecedora de autopeças Marelli apontou que a força da manufatura chinesa acelera tanto o atendimento local quanto projetos globais. “As capacidades de inovação e produção da China nos permitem oferecer soluções personalizadas e rápidas para os clientes”, disse Stefano Petrilli, chefe global de operações da Marelli Propulsion.
Segundo dados oficiais, a China já conta com mais de 35 mil fábricas-modelo básicas e 230 de excelência, consolidando-se como referência mundial em manufatura inteligente. Em 2024, o país atraiu 826,25 bilhões de yuans (cerca de US$ 116,1 bilhões) em investimentos estrangeiros diretos, sendo 11,7% destinados à indústria de alta tecnologia.
Para Zhang Xianfeng, professor da Universidade de Tecnologia de Hefei, a indústria chinesa não apenas fortalece o mercado interno, mas também se tornou “um motor vital para o crescimento global da indústria de alta qualidade”.

Redação Brasil 247

Robótica é parte central da industrialização chinesa

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Global Times

China aposta em manufatura avançada para impulsionar inovação global em tecnologia

247 - Um relatório do BTG Pactual revela que Brasil e Chile possuem condições únicas para se consolidarem como polos de data centers na América do Sul. O estudo , segundo a <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/estudo-aponta-brasil-e-chile-como-paraisos-para-data-centers/">CNN Brasil</a>, destaca vantagens naturais e estruturais, mas também aponta entraves em energia e regulação que precisam ser superados para que os dois países aproveitem o crescimento da inteligência artificial.
Segundo o documento, empresas brasileiras como Eletrobras, Auren, Copel, Engie, Cemig, Equatorial, CPFL e Neoenergia podem se beneficiar diretamente dessa tendência. “Se Brasil e Chile souberem enfrentar suas respectivas ineficiências, ambos os países podem se tornar verdadeiros paraísos para data centers”, afirma o relatório.
<h2>Vantagens competitivas: energia e água em abundância</h2>
Brasil e Chile possuem ampla disponibilidade de água para resfriamento e capacidade elétrica suficiente para atender à expansão dos data centers. No entanto, o estudo alerta que, no caso brasileiro, há desperdício de mais de 20% da energia renovável no Nordeste por falta de transmissão ou excesso de oferta.
O BTG recomenda atacar esse gargalo, além de promover isenção tributária para equipamentos de data centers e garantir segurança regulatória no uso de dados.
<h2>Críticas à MP 1.307 e aos incentivos limitados</h2>
A Medida Provisória 1.307, que concede incentivos fiscais apenas a data centers instalados em Zonas de Processamento de Exportação, foi criticada pelo relatório. Para o banco, a política “não foi ideal, pois favorece geografias específicas”.
Outro ponto controverso é a exigência de que novas instalações utilizem apenas energia de “nova capacidade”, mesmo com excesso de oferta de eletricidade no Nordeste.
<h2>O cenário internacional pressiona por alternativas</h2>
Nos Estados Unidos, a demanda por data centers deve saltar de 31 GW em 2024 para 83 GW em 2030, segundo a Agência Internacional de Energia. Esse crescimento já pressiona regiões como a Virgínia e a Califórnia, onde a fila de espera para conexão pode chegar a sete anos.
Na Irlanda, onde os data centers respondem por 20% do consumo energético, novas conexões estão suspensas até 2030. Esse cenário abre espaço para a América do Sul atrair investimentos, com Brasil e Chile no centro das atenções.

Paulo Emilio

Economia

Brasil e Chile podem virar paraísos de data centers, aponta estudo

247 - A Albânia anunciou um passo histórico no cenário político mundial ao nomear, pela primeira vez, uma “ministra” desenvolvida por inteligência artificial. A informação foi divulgada pelo portal G1, que destacou a inovação apresentada pelo primeiro-ministro Edi Rama na última quinta-feira (11).
Segundo o chefe de governo, a nova integrante do gabinete se chama Diella — palavra que é o feminino de “sol” em albanês — e terá a função de conduzir todas as decisões relacionadas às licitações de contratação pública. O anúncio, feito em uma reunião do partido governista, é considerado um marco global no uso da tecnologia em cargos oficiais.
<h3>Iniciativa inédita contra corrupção</h3>
Edi Rama classificou a medida como um divisor de águas na administração pública.
“Diella é o primeiro membro do governo que não está fisicamente presente, mas foi criado virtualmente por inteligência artificial”, declarou o primeiro-ministro.
O líder albanês explicou que a escolha busca reduzir riscos de corrupção e garantir maior transparência nos processos de financiamento. Além de avaliar propostas, a ministra virtual terá a prerrogativa de “contratar talentos de todo o mundo”, reforçando a ideia de modernização e abertura do país.
<h3>De assistente virtual a ministra</h3>
Diella já era conhecida dos cidadãos albaneses desde janeiro, quando foi lançada como assistente digital do governo. Integrada à plataforma oficial e-Albania, ela auxiliava usuários em serviços online, como emissão de documentos e consultas administrativas. De acordo com dados oficiais, só neste período, participou da emissão de mais de 36,6 mil documentos e prestou quase mil atendimentos.
Com a nova função, sua atuação passa a ser decisiva em um setor estratégico para a administração, diretamente ligado às exigências da União Europeia. A luta contra a corrupção é uma das condições impostas para que a Albânia, que tem cerca de 2,8 milhões de habitantes, consiga avançar no processo de adesão ao bloco, previsto pelo governo até 2030.
<h3>Expectativas para o novo gabinete</h3>
Após conquistar um quarto mandato nas eleições parlamentares de maio, Rama deve apresentar em breve seu gabinete ao Parlamento. A nomeação de Diella, que já repercute internacionalmente, é vista como um movimento político ousado em um momento em que o país busca consolidar credibilidade junto às instituições europeias.
A aposta na inteligência artificial, além de inédita no mundo, sinaliza a tentativa do governo de posicionar a Albânia como referência na inovação tecnológica aplicada à gestão pública.

José Reinaldo

Diella, a "ministra" albanesa criada por IA

Mundo

Albânia nomeia primeira "ministra” criada por inteligência artificial

247 - A WEG se tornou a maior produtora mundial de motores elétricos de baixa tensão, com 16% de participação de mercado, segundo dados do relatório de 2025 da Omdia. A companhia ultrapassou a ABB, que ficou com 15,5%. Esse marco reflete a estratégia de internacionalização da WEG e sua contínua verticalização, com destaque para operações em países como China e México, que visam ampliar a produção local.
Rodrigo Fumo Fernandes, Diretor de Motores da WEG, comentou que o foco em produção local e a constante revisão do portfólio de produtos foram essenciais para alcançar a liderança. Ele ressaltou que a expansão internacional foi um dos principais motores dessa conquista. A mudança no ranking global também é atribuída ao desempenho competitivo da WEG em comparação com empresas tradicionais europeias, cujos custos de produção mais elevados limitaram seu crescimento.
Além disso, a chinesa Wolong se destacou ao conquistar 7,5% de participação de mercado, enquanto a Siemens perdeu força após vender suas operações de motores para um fundo de private equity. Mesmo com desafios, como as políticas tarifárias nos EUA, a WEG segue consolidando sua posição de liderança no setor.

Luis Mauro Filho

Brasil

WEG se torna líder global em motores elétricos de baixa tensão

Reuters - As ações chinesas fecharam em leve alta nesta segunda-feira, com os ganhos no setor de produtos básicos de consumo ajudando a compensar as perdas em ações de inteligência artificial.
No fechamento, o índice de Xangai, teve alta de 0,4%, enquanto o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 0,2%. O índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu 0,9%.
As ações de inteligência artificial, que subiram quase 50% este ano, caíram cerca de 2%, com a fabricante de chips Cambricon Technologies caindo 5,4%.
As gigantes chinesas de módulos ópticos Zhongji Innolight Co e Eoptolink Technology caíram até 15% cada, mesmo com a inclusão das duas empresas prevista para o índice FTSE China A50 em 19 de setembro.
As ações da China registraram a maior queda semanal em cinco meses na semana passada, com uma onda de realização de lucros após o maior desfile militar da história da China e com a mídia informando que Pequim está considerando medidas para conter a especulação excessiva com ações.
As ações de produtos básicos de consumo subiram 1,9%, liderando os ganhos no mercado doméstico.
. Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 1,45%, a 43.643 pontos.
. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,85%, a 25.633 pontos.
. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,38%, a 3.826 pontos.
. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,16%, a 4.467 pontos.
. Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,45%, a 3.219 pontos.
. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,22%, a 24.547 pontos.
. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,05%, a 4.309 pontos.
. Em SYDNEY, o índice S&amp;P/ASX 200 recuou 0,24%, a 8.849 pontos.

Painéis com cotações acionárias em Xangai - 24/10/2022

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Ações da China fecham em alta, bens de consumo básico compensam queda no setor de tecnologia

247 - A China é percebida de forma mais positiva do que os Estados Unidos na produção de celulares, computadores e automóveis, além das áreas de inteligência artificial, inovação e tecnologia. É o que revela levantamento realizado pela Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados, divulgado nesta segunda-feira (1).
Segundo a pesquisa, que avaliou a opinião dos brasileiros sobre os principais produtos e serviços dos dois países, os Estados Unidos se sobressaem apenas em segmentos como a corrida espacial, a indústria têxtil e aspectos culturais.
<h2>Preferência por eletrônicos e veículos chineses</h2>
Os números mostram uma vantagem significativa dos produtos chineses. Seis em cada dez entrevistados (62%) afirmaram preferir celulares e computadores fabricados na China, contra 30% que optaram pelos americanos. Entre os jovens de 16 a 24 anos, essa preferência chega a 64%. No Nordeste, sete em cada dez destacaram os produtos chineses em detrimento dos dos EUA.
No setor automotivo, a disputa é mais equilibrada: 47% dos brasileiros disseram preferir carros chineses, enquanto 40% optaram pelos norte-americanos. No Sul do país, porém, a China aparece à frente, com 52% de aprovação.
<h2>Avanço chinês em inteligência artificial</h2>
A pesquisa também indica que a China é vista como líder em inovação e tecnologia. Para 67% dos entrevistados, o país asiático inova mais que os Estados Unidos; apenas 26% deram essa posição aos americanos. No campo da inteligência artificial, a vantagem se mantém: 59% contra 31%.
De acordo com Marcelo Tokarski, CEO da Nexus, os resultados evidenciam que a imagem da China no Brasil vai além do fator preço. “O país asiático já é visto como referência em qualidade, inovação e liderança tecnológica, especialmente em áreas como eletrônicos, veículos e inteligência artificial. Essa preferência crescente em relação aos Estados Unidos indica uma mudança relevante no imaginário do consumidor brasileiro”, afirmou.
<h2>Estados Unidos ainda lideram em espaço, moda e cultura</h2>
Apesar da vantagem chinesa em tecnologia, os Estados Unidos são apontados como superiores em outros campos. Para 59% dos entrevistados, os americanos estão mais avançados na corrida espacial, contra 28% que citaram a China. Na indústria da moda, 46% preferem roupas produzidas pelos EUA, ante 41% dos que valorizam os itens chineses.
Culturalmente, os Estados Unidos também aparecem em vantagem: 47% dos brasileiros afirmaram se identificar mais com o país, enquanto 42% destacaram a China.
<h2>Desejo de morar nos EUA</h2>
Mesmo com a percepção favorável aos produtos chineses, o levantamento mostra que, se pudessem escolher um país para morar, seis em cada dez brasileiros (61%) escolheriam os Estados Unidos. Apenas 25% optariam pela China, enquanto 14% não souberam responder.
<h2>Metodologia</h2>
A pesquisa da Nexus entrevistou 2.005 cidadãos a partir de 16 anos, em todas as 27 unidades da federação, entre os dias 15 e 19 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

China é melhor avaliada do que os EUA na produção de celulares, computadores e carros, revela pesquisa Nexus

247 - Em entrevista ao programa Mario Vitor e Regina Zappa, da TV 247, o especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, James Görgen, afirmou que o Brasil precisa se empenhar na criação de suas próprias ferramentas digitais para alcançar a soberania digital. Segundo Görgen, a dependência das grandes empresas de tecnologia (as chamadas Big Techs) coloca o país em uma situação de vulnerabilidade e limita seu desenvolvimento tecnológico.
“O maior dano que essas empresas tecnológicas podem causar ao Brasil é dificultar o desenvolvimento de alternativas nacionais para todas as ferramentas digitais que elas oferecem”, alertou. Ele ressaltou que o país não pode continuar sendo refém dessas corporações. “Não temos que ser reféns eternos das Big Techs”, afirmou.
O especialista enfatizou que a criação de regulamentações mais rígidas é fundamental para reduzir a influência dessas gigantes da tecnologia. “Temos que criar mais regulamentações, em vez de cair nas chantagens dessas empresas, trabalhar mais fortemente para evitar que esse predomínio continue”, afirmou Görgen, sugerindo uma postura mais firme em relação à regulação digital.
O impacto das regulamentações de outros países, como China, Rússia e membros da União Europeia, foi outro ponto abordado por Görgen. Ele destacou que as reações do governo americano e das próprias Big Techs são reflexo das políticas industriais implementadas por esses países, que buscam diminuir a dependência tecnológica externa. “Aqui, por exemplo, aprovamos o ECA digital, para proteção das crianças”, lembrou, destacando as iniciativas brasileiras que podem inspirar mudanças no cenário digital nacional.
Apesar dos desafios, o especialista acredita que o Brasil tem alternativas viáveis. “Temos saída, embora possa não parecer. Temos fornecedores de data center, por exemplo, e serviços de nuvem nacionais. Além disso, podemos criar incentivos, incentivar via BNDES, e abrir linhas de crédito. Somos o décimo maior mercado de software do mundo”, afirmou. Para ele, a criação de políticas públicas eficazes para fomentar a inovação no país é essencial para a construção de um mercado digital independente.
Görgen também comentou sobre as manifestações de grandes empresas de tecnologia contra as iniciativas brasileiras. “As duas associações das grandes empresas de tecnologia se manifestaram contra o Brasil. Mas as empresas em si não se manifestam de forma tão aberta”, disse, destacando que essas empresas, ao regularem as plataformas digitais, criam um ambiente de controle que prejudica a liberdade de ação local.
Ele sugeriu que iniciativas como a do próprio programa, que poderia se tornar uma plataforma digital independente, podem ser uma alternativa. “Canais como o de vocês, por exemplo, podem virar plataformas digitais próprias, com o auxílio do governo ou de empresas que queiram agir nessa área”, propôs.
Embora reconheça que o caminho para a soberania digital seja longo, Görgen deixou uma mensagem de otimismo. “Pode levar algum tempo para ser construído, mas se não começarmos nunca vamos chegar lá”, concluiu, reforçando a urgência de ações concretas para garantir um futuro digital mais autônomo e seguro para o Brasil. Assista:&nbsp;

Dafne Ashton

Entrevistas

"O importante é alcançar a soberania digital", diz especialista sobre autonomia tecnológica do Brasil

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina nesta quarta-feira (27), no Palácio do Planalto, o decreto que regulamenta a TV 3.0, marcando a chegada da nova geração da televisão aberta e gratuita no Brasil.
A cerimônia contará com a presença do ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, e do ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Sidônio Palmeira. A iniciativa promete revolucionar a experiência do público, trazendo maior qualidade de imagem e som, interatividade e integração com a internet, colocando o Brasil na vanguarda mundial da radiodifusão.
De acordo com o governo, a fase preparatória será concluída em 2025 e as primeiras transmissões devem começar no primeiro semestre de 2026, inicialmente nas grandes capitais. A expansão para todo o território nacional deve levar até 15 anos. O investimento inicial para o projeto é de R$ 7,5 milhões.
A TV 3.0 permitirá ainda a entrada de novos radiodifusores, ampliando a competição no setor e favorecendo a democratização do acesso. Além disso, a integração com a internet possibilitará que o sistema seja usado como ponto de acesso a serviços públicos digitais, fortalecendo a inclusão social e ampliando as formas de participação da população.
O decreto é resultado de um longo processo de estudos e debates conduzidos pelo Ministério das Comunicações (MCom), que envolveu empresas de radiodifusão, universidades, centros de pesquisa e fabricantes de equipamentos. Entre 2023 e 2024, o Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre (SBTVD) realizou testes de campo e, após avaliação técnica e mercadológica, recomendou a adoção do padrão ATSC 3.0. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) será responsável pelo planejamento das faixas de frequência necessárias para a transição.
A TV 3.0 oferecerá transmissões em 4K e 8K, som imersivo semelhante ao de cinema, interatividade e catálogo de aplicativos que substituirá os canais numéricos tradicionais. Os conteúdos das emissoras públicas, como TV Brasil, TV Câmara, TV Senado e TV Justiça, terão espaço garantido no ícone DTV+, plataforma central do novo sistema.
Mesmo sem acesso à internet, os usuários continuarão recebendo gratuitamente a programação aberta. No entanto, com conexão, haverá recursos adicionais, como conteúdos sob demanda, jogos, programas especiais e serviços interativos. A mudança será gradual, assim como ocorreu na transição do sinal analógico para o digital, alcançando também cidades menores e áreas mais remotas do país.

Lula assina decreto que regulamenta a TV 3.0 no Brasil

247 – Os lucros da indústria de alta tecnologia da China registraram uma forte alta de 18,9% em julho de 2025, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, de acordo com dados oficiais divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS). A informação foi publicada pelo jornal Global Times nesta quarta-feira (27).
Embora o resultado geral da indústria chinesa ainda indique queda — as empresas industriais com receita anual superior a 20 milhões de yuans somaram 4,02 trilhões de yuans em lucros no acumulado de janeiro a julho, um recuo de 1,7% em relação ao ano passado —, a expansão do setor de alta tecnologia foi determinante para reduzir as perdas e sustentar o crescimento econômico.
<h2>Melhora no desempenho industrial</h2>
Em julho, os lucros das grandes empresas industriais caíram 1,5% na comparação anual, mas o recuo foi menos acentuado do que o de junho, marcando o segundo mês consecutivo de desaceleração das perdas. Segundo Yu Weining, estatístico do NBS, a produção industrial em larga escala manteve ritmo de crescimento estável, apoiada por políticas governamentais que impulsionaram a recuperação dos preços e, consequentemente, a lucratividade corporativa.
<h2>Destaque para semicondutores e aeroespacial</h2>
Um dos fatores centrais da recuperação foi o desempenho do setor aeroespacial, que viu os lucros dispararem 40,9% em julho. Ainda mais expressiva foi a expansão na indústria de semicondutores: os lucros da fabricação de circuitos integrados cresceram 176,1%, os de equipamentos específicos para semicondutores avançaram 104,5% e os de dispositivos discretos subiram 27,1%.
Desde o início de 2025, o governo chinês vem implementando programas de renovação de equipamentos e de substituição de bens de consumo duráveis, o que tem acelerado os ganhos em setores estratégicos. A aposta em inovação tecnológica e na modernização da base produtiva tem sido decisiva para o avanço da lucratividade.
<h2>Pequenas e médias empresas em recuperação</h2>
Outro ponto positivo destacado pelo NBS foi o desempenho das pequenas e médias empresas (PMEs), que apresentaram melhora significativa. Os lucros das empresas de médio porte saíram de uma queda de 7,8% em junho para um crescimento de 1,8% em julho. Já as pequenas empresas, que haviam registrado retração de 9,7%, conseguiram inverter o quadro com expansão de 0,5%. Segundo os dados, empresas privadas superaram a média nacional em lucratividade, indicando maior resiliência em meio às dificuldades econômicas globais.
Combinando o crescimento em setores de ponta, como robótica, semicondutores e aeroespacial, com os incentivos governamentais, a China mostra sinais de uma recuperação mais sólida no segundo semestre de 2025. Especialistas apontam que a continuidade da política industrial, aliada à inovação tecnológica, tende a ampliar o peso do setor de alta tecnologia na reestruturação da economia chinesa.

Lucros da indústria de alta tecnologia chinesa sobem 18,9% em julho

247 – A China registrou avanços significativos em sua tecnologia de lançamento eletromagnético, alcançando progressos considerados sistêmicos em diversos setores estratégicos. A informação foi divulgada pela CCTV News, a partir de um fórum nacional realizado recentemente em Wuhan, na província de Hubei, conforme noticiado pelo Global Times.
Segundo especialistas presentes no encontro, essa tecnologia, já empregada no porta-aviões Fujian, tem potencial de aplicação em áreas como lançamentos espaciais, transporte e defesa nacional. O país estaria passando da fase de “perseguidor” para uma posição de “competição lado a lado” e até de liderança em alguns segmentos.
<h2>Fórum reuniu especialistas militares e civis</h2>
O fórum contou com a participação de cerca de 120 especialistas e acadêmicos, que apresentaram mais de dez temas de pesquisa relacionados à tecnologia de lançamento eletromagnético. Foram discutidos tópicos como novos materiais, armazenamento de energia, condicionamento de potência, design de sistemas e aplicações em armamentos.
Imagens exibidas pela CCTV mostraram não apenas o porta-aviões Fujian, mas também o navio de assalto anfíbio Sichuan (do tipo 076) e o desenvolvimento de canhões eletromagnéticos, evidenciando o grau de experimentação e avanço tecnológico em andamento.
<h2>Porta-aviões Fujian e navio Sichuan marcam nova era</h2>
O Fujian, terceiro porta-aviões chinês e o primeiro construído integralmente no país com sistema de catapultas, desloca mais de 80 mil toneladas e está equipado com catapultas e dispositivos de parada eletromagnéticos. Lançado em junho de 2022, o navio já realizou testes marítimos, sendo considerado peça-chave da modernização naval chinesa.
Dois anos e meio depois, em dezembro de 2024, a China lançou o Sichuan, navio de assalto anfíbio de nova geração, com mais de 40 mil toneladas e uma superestrutura de duplo convés. O modelo também incorpora catapultas eletromagnéticas e foi projetado para transportar caças, helicópteros e equipamentos anfíbios.
O especialista militar Fu Qianshao declarou ao Global Times que “o Fujian e o Sichuan provavelmente compartilham tecnologias de catapultas e dispositivos de parada eletromagnéticos”. Segundo ele, os testes bem-sucedidos no Fujian podem servir de experiência para a operação do novo navio.
<h2>Potencial além da defesa</h2>
A tecnologia, embora impulsionada por necessidades militares, também abre caminho para usos civis. O professor Lu Junyong, da Universidade de Engenharia Naval do Exército Popular de Libertação, afirmou em entrevista à CCTV:
<blockquote>&nbsp;“Persistimos na exploração do campo da tecnologia de lançamento eletromagnético. Grandes avanços foram alcançados em pesquisa fundamental, tecnologias-chave e aplicações de engenharia, como design de lançamento, armazenamento de energia pulsada, condicionamento de potência e propulsão linear.”</blockquote>
Ele acrescentou que essas inovações possuem grande potencial de aplicação em transporte ferroviário de alta velocidade, lançamentos aeroespaciais civis e equipamentos estratégicos de defesa nacional.

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