Nathalia Urban por Milenna Saraiva

Esta seção é dedicada à memória da jornalista Nathalia Urban, internacionalista e pioneira do Sul Global

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Chanceler chinês pede maior união e cooperação entre países do BRICS

Em reunião em Brasília, Wang Yi critica unilateralismo e cobra fortalecimento da cooperação multilateral no bloco

Wang Yi e Celso Amorim (Foto: MRE da China)

247 - O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou nesta quarta-feira (30) que os países do BRICS devem fortalecer a unidade e a cooperação para se consolidarem como a força mais confiável na defesa dos direitos e interesses legítimos dos países em desenvolvimento. A declaração foi feita durante a 15ª Reunião de Conselheiros e Altos Representantes de Segurança Nacional do BRICS, realizada em Brasília.

Wang participou do encontro que reuniu representantes de alto escalão dos cinco países do bloco — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A reunião foi presidida por Celso Amorim, assessor especial da Presidência da República do Brasil.

De acordo com Wang, o cenário internacional passa por mudanças de grande escala, e um número crescente de países está disposto a ouvir a voz do BRICS e demonstra interesse em se juntar ao grupo. Ele criticou o uso do comércio global como ferramenta política e práticas transacionais na diplomacia internacional, afirmando que essas ações aprofundam a crise de confiança entre as nações e ameaçam a segurança global.

O chanceler defendeu que os países do BRICS atuem de forma coordenada para proteger o direito ao desenvolvimento, promovam a união e a cooperação entre as nações e reforcem a defesa do multilateralismo. Segundo ele, o bloco deve se posicionar claramente contra o uso arbitrário do poder por parte de algumas potências e garantir o espaço de desenvolvimento dos países em desenvolvimento.

Durante o encontro, Wang também destacou três áreas em que o BRICS deve concentrar seus esforços: a defesa do direito ao desenvolvimento, a liderança na promoção da unidade e cooperação, e o compromisso com o multilateralismo, com a ONU e a OMC como instituições centrais da governança global.

Os demais representantes presentes no encontro concordaram sobre a importância de construir consensos e unir esforços para enfrentar desafios comuns, como a intimidação, o intervencionismo e o uso abusivo de tarifas. Todos defenderam a manutenção do multilateralismo, o respeito ao direito internacional e a proteção dos interesses compartilhados do Sul Global.

(Com informações da Xinhua)

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