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China e Brasil: 'em um mundo marcado por incertezas e instabilidade, os mercados emergentes devem fortalecer a cooperação'

O diplomata Celso Amorim teve um encontro com o chanceler chinês, Wang Yi, no Rio

Wang Yi e Celso Amorim (Foto: Embaixada da China no Brasil)
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247 - Assessor-Chefe da Assessoria Especial da presidência da República brasileira, Celso Amorim, teve um encontro nesta quarta-feira (30) com o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, no Rio de Janeiro, onde acontecem reuniões preparativas para a Cúpula do Brics, marcada para o mês de julho no estado. A Embaixada chinesa no Brasil emitiu um comunicado sobre o encontro entre as duas lideranças.

“O chanceler Wang Yi se reuniu com o assessor especial do presidente, Celso Amorim. Wang destacou que, diante de um mundo marcado por incertezas e instabilidade, #China e #Brasil, como representantes dos países em desenvolvimento e mercados emergentes, devem fortalecer a solidariedade e a cooperação, cumprir suas responsabilidades internacionais e contribuir juntos para o desenvolvimento e a paz mundiais”, escreveu a embaixada em rede social.

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) lançou, em fevereiro, o Perfil de Comércio e Investimentos China 2025, estudo que detalha a relação econômica e as oportunidades de negócios entre os dois países. O levantamento aponta que o país asiático manteve sua posição como principal investidor asiático no Brasil, com um estoque de Investimento Estrangeiro Direto (IED) de US$ 45,3 bilhões em 2023, um crescimento de 22,1% em relação a 2022. Com o resultado, a China se posicionou como o 9º maior investidor no Brasil, conforme dados oficiais do Banco Central do Brasil.  

O país asiático foi o principal destino das exportações brasileiras em 2024, respondendo por 28% do valor total exportado e por 41,4% do superávit comercial do Brasil. O Brasil se consolidou como o maior fornecedor de soja, carne bovina, celulose, açúcar e carnes de aves para o mercado chinês. No entanto, as exportações seguem concentradas em commodities, com soja (33,4%), petróleo bruto (21,2%) e minério de ferro (21,1%) representando 75,6% do total exportado. O estudo sublinha a necessidade de diversificação e aumento do valor agregado das exportações para a China. 

A ApexBrasil identificou 400 oportunidades para ampliar as exportações brasileiras no país asiático, incluindo produtos como aço, cobre, trigo, café, máquinas, equipamentos e medicamentos. Outro estudo da Agência também aponta potencial em cidades chinesas de nível 2, menos exploradas por exportadores brasileiros. 

Em 2024, a China foi a maior fornecedora do Brasil, representando 24,2% das importações totais de bens, quatro vezes a participação registrada em 2004. Entre os produtos mais importados estão veículos elétricos e híbridos, equipamentos de telecomunicações e máquinas industriais.  

De acordo com o governo federal, a presidência brasileira no bloco tem como lema “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global por uma Governança mais Inclusiva e Sustentável”. O Planalto informou que, na gestão do Brics, o Brasil prioriza dois eixos principais: Cooperação do Sul Global e Parcerias BRICS para o Desenvolvimento Social, Econômico e Ambiental. Essas duas propostas foram divididas em seis prioridades: 

  1. Cooperação em Saúde Global 
  2. Comércio, Investimentos e Finanças 
  3. Mudança do Clima 
  4. Governança da Inteligência Artificial 
  5. Arquitetura Multilateral de Paz e Segurança
  6. Desenvolvimento Institucional do BRICS 

O bloco é formado por 11 membros plenos: 

  1. África do Sul, 
  2. Brasil 
  3. China 
  4. Egito 
  5. Emirados Árabes Unidos
  6. Etiópia
  7. Indonésia
  8. Índia
  9. Irã
  10. Rússia
  11. Arábia Saudita 

O Brics tem, ainda, 9 países parceiros: 

  1. Belarus
  2. Bolívia
  3. Cazaquistão
  4. Cuba
  5. Malásia
  6. Nigéria
  7. Tailândia
  8. Uganda
  9. Uzbequistão

*Com informações da Apex

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