Miola acusa Eduardo Leite de dissimulação e “ódio antipetista” após governador culpar Lula pelo tarifaço dos EUA
O jornalista afirma que Leite “abraça o fascismo” para viabilizar sua candidatura presidencial em 2026
247 - O jornalista Jeferson Miola criticou duramente o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), após declarações do tucano ao Estadão nesta quarta-feira (6), em que atribui parte da responsabilidade pelo tarifaço dos Estados Unidos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em publicação nas redes sociais, Miola classificou a fala como “calhorda” e acusou Leite de tentar se projetar como representante da direita nas eleições de 2026.
A crítica se refere à entrevista em que o governador afirmou: “A responsabilidade principal pelo tarifaço é da família Bolsonaro. Mas não dá para dizer que Lula também não tenha responsabilidade. Ele contribuiu também para o ambiente de animosidade, com discursos contra o dólar.”
“Esta declaração calhorda foi feita pelo Eduardo Leite em entrevista ao Estadão [6/8]. Francamente, este rapaz que responsabiliza também Lula pelo tarifaço do Trump tem um déficit de caráter. Se Leite tivesse o mínimo de honestidade e caráter, jamais diria isso”, disse Miola.
Para o jornalista, a tentativa de vincular Lula às sanções impostas por Donald Trump – que elevaram para 50% as tarifas de importação sobre parte dos produtos brasileiros – ignora que, no decreto oficial da Casa Branca, não há qualquer menção ao presidente brasileiro. “Na carta do tarifaço e chantagem ao STF, Trump não responsabilizou Lula”, escreveu.
Miola também acusou Leite de oportunismo político e de flertar com setores extremistas para viabilizar sua candidatura à presidência: “Na obsessão de ser o representante da direita e do extremismo fascista contra Lula em 26, Leite mostra que seu bom mocismo não passa de pura dissimulação – ele nutre ódio antipetista e se abraça ao fascismo.”
O tarifaço decretado por Trump entrou em vigor nesta quarta-feira (6) e foi justificado pelo governo dos EUA como uma resposta a ações do Judiciário brasileiro, especialmente do ministro Alexandre de Moraes, que, segundo a Casa Branca, ferem a liberdade de expressão e ameaçam empresas americanas.
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