Polícia Civil deflagra operação contra o PCC em SP
Ação busca suspeitos pela morte de Ruy Ferraz, ex-delegado-geral, executado na Baixada Santista
247 - A Polícia Civil de São Paulo desencadeou, na manhã desta sexta-feira (26), uma operação contra a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) em diferentes pontos da capital e do interior do estado. A ofensiva tem como principal foco a captura de suspeitos ligados ao assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, de 64 anos, morto em uma emboscada em Praia Grande, no litoral paulista, no último dia 15.
De acordo com a Folha de S.Paulo, a ação é conduzida por equipes do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos), que participam da força-tarefa criada para apurar o ataque que vitimou o policial aposentado. Segundo o delegado Tom Blumer, os agentes cumprem seis mandados de busca e apreensão, além de dois de prisão.
Operação em SP tem como alvo o PCC
O objetivo da operação é avançar nas investigações sobre a execução que abalou a segurança pública do estado. O caso é tratado como prioridade máxima pela cúpula policial, que tenta identificar mandantes e executores.
Assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz
O ex-delegado-geral foi surpreendido quando deixava a prefeitura de Praia Grande. O carro em que estava foi atingido por 29 disparos de fuzil, em plena luz do dia.
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que ele tentou escapar, mas acabou colidindo com dois ônibus em uma avenida movimentada.
Execução em Praia Grande
Pelo menos três homens encapuzados, usando coletes à prova de balas, desceram de um veículo e abriram fogo contra o delegado. Após o ataque, o carro dos criminosos foi encontrado incendiado, numa tentativa de eliminar provas. Duas pessoas que estavam nas proximidades — um homem e uma mulher — também ficaram feridas após serem atingidas pelos disparos.
Trajetória do delegado na Polícia Civil
Ruy Ferraz Fontes foi delegado-geral de São Paulo entre janeiro de 2019 e abril de 2022, na gestão do então governador João Doria. Durante esse período, respondia diretamente ao chefe do Executivo estadual e ao secretário de Segurança Pública, ocupando o posto mais alto da corporação. As autoridades acreditam que a execução de Ferraz está ligada ao enfrentamento ao crime organizado, especialmente ao PCC.