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Polícia prende dono de casa usada por suspeitos da morte de Ruy Ferraz

Ex-delegado-geral de São Paulo foi morto em emboscada com 29 tiros em Praia Grande

Ruy Ferraz Fontes (Foto: Reprodução I Prefeitura de Praia Grande)

247 - A polícia paulista prendeu, na madrugada deste domingo (21), o dono de um imóvel em Praia Grande (SP) que teria sido usado por suspeitos envolvidos no assassinato do ex-delegado-geral de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, de 64 anos. 

Segundo a Folha de S. Paulo, o suspeito, identificado como William Marques, de 36 anos, se apresentou ao Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em São Paulo, acompanhado de um advogado. Sua prisão havia sido decretada pela Justiça no sábado (20). Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), esta foi a quarta prisão realizada no caso.

Prisão em São Paulo

Marques é irmão de um policial militar, que até o momento não está sob investigação. A defesa do preso não havia sido localizada pela reportagem até a última atualização.

Imóvel usado por suspeitos

De acordo com a polícia, o imóvel de Marques teria sido usado por Dahesly Oliveira Pires, de 25 anos, presa na semana passada. Foi do local que ela retirou um fuzil usado na execução do ex-policial. Moradora de Diadema, Dahesly tem passagem por tráfico de drogas e é dependente química. Após negar conhecimento, ela admitiu ter consciência de que transportava a arma.

Foragidos e ligação com o PCC

Outros dois homens já haviam sido presos em São Vicente: Rafael Marcell Dias Simões, o Jaguar, de 42 anos, e Luiz Henrique Santos Batista, o Fofão, de 38 anos. Ambos são apontados pela polícia como parte da logística do ataque.

Três pessoas continuam foragidas: Luiz Antônio Rodrigues de Miranda, namorado de Dahesly; Felipe Avelino da Silva, conhecido como Mascherano e identificado como integrante da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC); e Flávio Henrique Ferreira de Souza, de 24 anos.

Em nota, a SSP declarou que “as forças de segurança seguem mobilizadas para identificar e prender todos os envolvidos no crime”.

A emboscada contra o ex-delegado

O ataque ocorreu na segunda-feira (15), quando o carro de Ruy Ferraz foi atingido por 29 disparos de fuzil enquanto ele deixava a Prefeitura de Praia Grande, onde trabalhava como secretário de Administração. Câmeras de segurança registraram a tentativa de fuga, seguida da colisão do veículo com dois ônibus em uma via movimentada.

Ao menos três homens encapuzados e usando coletes à prova de balas participaram da execução. O carro usado no crime foi encontrado incendiado. Duas pessoas que estavam na rua também ficaram feridas pelos tiros.

Trajetória de Ruy Ferraz

Ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo entre 2019 e 2022, na gestão de João Doria, Ferraz ocupou o posto mais alto da corporação. Também comandou o Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap). Após se aposentar, assumiu a Secretaria de Administração de Praia Grande, cargo que exercia até o dia de sua morte.

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