Aumenta o número de casos por intoxicação de metanol em SP
O estado já contabiliza 23 casos de intoxicação em bebidas. Outros 148 casos estão em investigação
247 - O governo de São Paulo registrou mais três casos de pessoas intoxicadas por metanol em bebidas alcoólicas adulteradas. O estado já contabiliza 23 casos de intoxicação em bebidas. Outros 148 casos estão em investigação.
Cinco pessoas faleceram em São Paulo. As vítimas fatais são três homens de 54, 46 e 45 anos, moradores de São Paulo; uma mulher de 30 anos de São Bernardo do Campo; e um homem de 23 anos, de Osasco.
Outras seis possíveis mortes por intoxicação de metanol estão sendo investigadas. As vítimas seriam quatro moradores da capital com idades de 33, 36, 50 e 51 anos; e dois residentes de São Bernardo do Campo, com idades de 49 e 58 anos.
Composição e formas de utilização
Conforme a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o metanol é um álcool simples, com a fórmula química CH₃OH, composta por um átomo de carbono, três de hidrogênio e uma hidroxila. À temperatura ambiente, ele se apresenta como um líquido.
Considerado um insumo essencial na indústria química, o metanol é utilizado na fabricação de uma variedade de produtos, como solventes, adesivos, revestimentos e pisos. Sua produção em grande escala é realizada, principalmente, por meio do processamento do gás natural.
Devido à sua toxicidade e ao risco de ser utilizado ilegalmente para adulteração de combustíveis como gasolina e etanol, o metanol representa sérios perigos à saúde pública e à segurança. Por isso, é regulamentado de forma rigorosa pela ANP, que exige o registro obrigatório de todas as operações de transporte e armazenamento desse composto.
Riscos para a saúde e alertas aos consumidores
No setor de bebidas, a adição de metanol é completamente proibida, pois sua ingestão pode causar graves danos à saúde humana. No entanto, pequenas quantidades de metanol podem aparecer naturalmente em algumas bebidas alcoólicas devido ao processo de fermentação de açúcares e pectinas.
O Ministério da Agricultura (Mapa) determina limites máximos para a presença de metanol nessas bebidas, estabelecendo valores extremamente baixos. Esses limites não autorizam o uso deliberado do metanol, mas reconhecem que traços residuais podem ser encontrados como consequência inevitável da produção.


