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PF considera precoce ligar intoxicação por metanol a crime organizado

Diretor-geral da PF e ministro da Justiça afirmam que nenhuma hipótese está descartada nas investigações sobre bebidas adulteradas

Diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, durante entrevista coletiva em Brasília (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

247 - O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta quarta-feira (8) que ainda não há elementos suficientes para confirmar se o crime organizado está por trás da recente onda de intoxicações provocadas por bebidas alcoólicas adulteradas com metanol. Para ele, é cedo para apontar responsabilidades diretas.A declaração foi dada em entrevista coletiva e repercutida pelo jornal O Globo

Rodrigues destacou que todas as possibilidades seguem sendo analisadas. “Nós não descartamos nenhuma hipótese nesse momento. Muito prematuro dizer se há organização criminosa ou não. O que eu disse é que existe uma possibilidade de conexão com a operação anterior pelo fato de o porto de Paranaguá ser a porta de entrada do metanol”, afirmou.

Operação Tank e possível ligação com o caso

O chefe da PF fazia referência à Operação Tank, deflagrada no Paraná no fim de agosto, que mirou um esquema de adulteração de combustíveis envolvendo integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Naquela ocasião, as investigações identificaram que metanol vinha sendo misturado a gasolina e etanol.

Nesta terça-feira (7), o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, também comentou a investigação, lembrando da ação contra a fraude em combustíveis. “Todos sabem que recentemente tivemos uma enorme ação de combate na área de combustíveis. E muitos caminhões foram abandonados depois desta operação e essa é uma hipótese que está sendo estudada, trilhada, acalentada pela Polícia Federal”, disse após reunião com representantes do setor de bebidas alcoólicas.

Avanço da perícia e análise laboratorial

A Polícia Federal já começou a receber amostras de bebidas suspeitas contendo metanol. A análise isotópica, chamada de “DNA do metanol”, busca identificar se a substância tem origem vegetal ou fóssil, o que pode indicar a sua rota de produção e circulação.

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