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Paes busca apoio do PL para disputar governo do Rio em 2026

Prefeito do Rio, aliado de Lula, tenta costurar aliança com partido de Bolsonaro para fortalecer candidatura

Eduardo Paes (Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil)

247 - O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), iniciou articulações políticas para ampliar sua base de apoio mirando as eleições estaduais de 2026. Segundo Paulo Cappelli, do Metrópoles, Paes busca atrair o PL de Jair Bolsonaro para consolidar sua candidatura ao Palácio Guanabara.

Aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Paes já conta com petistas em cargos estratégicos na prefeitura carioca e, historicamente, o partido tem caminhado ao lado dele em disputas de segundo turno. O movimento em direção ao PL acontece após o rompimento da legenda com Rodrigo Bacellar (União Brasil), atual presidente da Assembleia Legislativa do Rio e considerado hoje o principal adversário do prefeito na corrida estadual.

Conversas com o PL e aproximação com lideranças conservadoras

Diante desse cenário, Paes intensificou diálogos com lideranças do PL. Ele já se reuniu com Altineu Côrtes, presidente estadual do partido, com quem mantém relação próxima. A aproximação também se reflete em gestos públicos: recentemente, o prefeito elogiou o pastor Silas Malafaia, voz influente no campo conservador e aliado da família Bolsonaro.

Uma possível aliança formal, contudo, dependerá de um entendimento nacional entre o PSD e o PL em torno de uma candidatura de Tarcísio de Freitas à Presidência da República em 2026. Caso essa convergência não aconteça, Paes pretende trabalhar pelo apoio informal da sigla no estado.

Estratégia para conter avanço de adversários

As negociações passam ainda por outro desafio: a permanência de Cláudio Castro (PL) no governo estadual até o fim do mandato. Isso porque, se Castro renunciar em abril para disputar o Senado, Bacellar poderia assumir interinamente o Executivo por meio de uma eleição indireta na Assembleia Legislativa, tornando-se um candidato mais competitivo.

Para evitar esse cenário, Paes acena com a promessa de indicar Castro a uma vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), caso seja eleito governador. A estratégia teria como objetivo manter o atual chefe do Executivo no cargo até 31 de dezembro do próximo ano, preservando o controle político do Palácio Guanabara e enfraquecendo a projeção de seu adversário direto.

Com o movimento, Eduardo Paes tenta consolidar uma frente ampla que una petistas, liberais e setores conservadores, redesenhando o xadrez político do Rio de Janeiro para 2026.

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