Ministério Público de SP frustra plano do PCC para assassinar promotor em Campinas
Operação prendeu empresários e revelou articulação comandada por um dos criminosos mais procurados do Brasil
247 - Uma operação conjunta do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e da Polícia Militar desarticulou, nesta sexta-feira (29), um plano atribuído ao Primeiro Comando da Capital (PCC) para assassinar um promotor de Justiça da região de Campinas, informa o jornal O Globo. Dois empresários do setor de transportes e comércio de veículos foram presos durante a ação.
De acordo com a reportagem, as investigações apontam que o esquema teria sido articulado por Sérgio Luiz de Freitas Filho, conhecido como “Mijão”. Considerado um dos líderes da chamada “sintonia final” da facção criminosa, ele está na lista dos mais procurados do Brasil, elaborada pelo Ministério da Justiça. Foragido, acredita-se que esteja escondido na Bolívia, onde atua como negociador na compra de cocaína e pasta-base para envio ao Brasil, sendo responsável por parte da logística do tráfico.
O alvo do plano e a motivação
O promotor identificado como alvo do ataque é Amauri Silveira Filho. Ele conduz, ao lado de colegas, uma investigação que há meses mira crimes como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa armada. Dias antes da operação, a Promotoria teria recebido informações de que Mijão buscava atrapalhar o avanço das apurações, elaborando e financiando a execução de uma emboscada contra o promotor.
Segundo o MP, o plano incluía a compra de veículos e armas, além da contratação de operadores para realizar o crime. Os empresários presos foram identificados como José Ricardo Ramos e Maurício Silveira Zambaldi. Um deles foi detido no bairro Cambuí, região central de Campinas, e o outro em um condomínio de luxo, o Alphaville, na mesma cidade.
Decisão judicial e continuidade das apurações
A ação foi autorizada pelo juiz Caio Ventosa Chaves, da 4ª Vara Criminal de Campinas. Ele expediu três mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão, cumpridos no âmbito da Operação Pronta Resposta.
As autoridades destacaram que as investigações continuam, com o objetivo de identificar outros envolvidos no esquema, que vinha sendo articulado para impedir o avanço das investigações contra o PCC.