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      Reag Investimentos, alvo da megaoperação contra o PCC, teve ascensão meteórica em pouco tempo

      A empresa é uma das maiores administradoras fiduciárias, com mais de R$ 340 bilhões sob administração, apontou a Anbima

      Reag Investimentos (Foto: Divulgação)
      Leonardo Lucena avatar
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      247 - A Reag Investimentos foi alvo da megaoperação da polícia federal Carbono Oculto, que apura um esquema ilegal envolvendo o setor de combustível, a facção criminosa PCC e a Faria Lima, onde está localizado o centro financeiro da cidade de São Paulo (SP). No Brasil, a empresa, através de várias subsidiárias, é uma das maiores administradoras fiduciárias, com mais de R$ 340 bilhões sob gestão, segundo a Anbima - Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais. 

      Na Faria Lima e entre grupos de WhatsApp, a demonstração é de surpresa pela forma como a empresa cresceu tão rapidamente. A gestora era a 29º maior do mercado, com R$ 22,2 bilhões sob gestão, em 2019. Em dezembro de 2022, a empresa subiu para a 13ª posição com R$ 74,4 bilhões sob administração, conforme números da Anbima. O relato sobre a Reag foi publicado nesta quinta-feira (28) pelo Neofeed

      A empresa administra fundos como o Banco Master. Na operação da Carbono Oculto estão sendo investigados alguns, como o Reag High Yield Fundo de Investimento em Direitos Creditórios. Ao comentar a operação policial, a Reag Investimentos,  afirmou que “permanece confiante no regular funcionamento das instituições e da justiça, com a certeza de que todos os fatos serão devidamente esclarecidos”. 

      “Sobre os fatos objeto de apuração, esclarece que diversos Fundos de Investimentos mencionados na Operação nunca estiveram sob sua administração ou gestão. Quanto aos Fundos de Investimento apurados em que a empresa atuou como prestadora de serviço, informa que agiu de forma regular e diligente”, continuou. 

      De acordo com as investigações, empresas formuladoras de combustível ligadas ao PCC importaram R$ 10 bilhões em nafta, hidrocarbonetos e diesel, usando dinheiro ilegal da facção, e sonegavam R$ 8,6 bilhões em impostos. A Receita informou que cerca de 1.000 postos de combustíveis vinculados ao grupo movimentaram R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024. Grupos criminosos tentavam “blindar” ou ocultar o patrimônio, uma ilegalidade que era praticada por meio de fintechs e fundos de investimentos localizados na Faria Lima.

      “Cumpre registrar que tais fundos foram, há meses, objeto de renúncia ou liquidação", acrescentou a Reag. "Reforça, ainda, que não possui nem nunca possuiu qualquer envolvimento com as atividades econômicas ou empresariais conduzidas por esses clientes. A REAG permanece em atuação com seu rigor técnico, ética e transparência, em estrita conformidade com as normas e exigências da lei e dos reguladores do sistema financeiro”.

      Os fundos da Reag investigados são fechados, não circulam em plataformas de investimento e nem na carteira de respeitados family offices. 

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